Guerra Colonial & Ultramar - Análise da componente da correspondência pessoal entre os militares portugueses mobilizados para as frentes de guerra em África (Angola, Guiné e Moçambique), e a sua importância e meios disponibilizados
‘SINAIS DE VIDA - Cartas da guerra 1961-1974’
De Joana Pontes
Prefácio de Aniceto Afonso
Edição Tinta da China
Lisboa 2019
Livro com 408 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
Da contracapa:
“A GUERRA COLONIAL ATRAVÉS DA CORRESPONDÊNCIA DE QUEM A VIVEU
Em 13 anos de guerra colonial, de Angola para Portugal, de Portugal para Moçambique, de Moçambique para a Guiné, entre namorados, país e filhos, amigos e camaradas de armas, circularam milhares de cartas, com o correio entre as colónias e a metrópole chegando a atingir dez toneladas por dia.
Estas missivas emprestam perspectivas e sensibilidades pessoais a um conflito de carácter global, composto também por episódios privados de ciúme, saudade, medo, aborrecimento, racismo, resignação ou revolta crescente. Aqui representadas por 16 acervos, com cerca de 4.400 cartas e aerogramas, estas são as histórias dentro da História, neste caso escrita por quem a viveu.“
ALGUNS EXEMPLOS DAS MISSIVAS
Da badana:
“Como a vossa falta me faz passar horas amargas o meu maior conforto é ver fotografias e escrever não é o muito que tenho para te dizer mas a escrever-te é o mesmo para mim que estou a falar contigo e com a nossa tão querida filha.”
“Entrámos com o pé direito, pois matámos quatro turras e três dos quais foram mortos pelo meu grupo, por conseguinte para recompensa já tive de entrar com duas grades de cerveja para a rapaziada.“
“Nós aqui longe sentimo-nos completamente deslocados, sós, de tudo e de todos, é por isso que eu quero sair, andar na mata, ter fome, sede, frio, medo, para esquecer isto tudo.“
“Batemo-nos em três frentes, contra povos que há séculos subjugamos e mantemos na mais estrita miséria, numa luta sem glória e de resultados duvidosos. Vi tombar homens ao meu lado e não pude falar esta palpitante interrogação: quem lucra com estas mortes, qual a utilidade de mais uma vida perdida?
Quantas vezes cerrei os dentes de raiva, continuei em frente, mas mesmo assim sem convicção...”
A AUTORA:
“JOANA PONTES licenciou-se em Psicolgia pela Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade de Lisboa, fez estudos em cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, e em televisão na RTP e na BBC. Em 2003 concluiu o programa avançado de jornalismo político no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa. Em 2018, doutorou-se em História na especialidade de Impérios, Colonialismo e pós-Colonialismo, pelo ISCTE-IUL. De 2004 a 2008 foi assessora da Direcção de Programas da RTP para a área do documentário.“
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO
Por Aniceto Afonso
Nota de Abertura
- Sobre ‘As palavras escritas no papel e em alma’
- A vida por uma mensagem
- Viver a guerra
- EPÍLOGO
NOTAS
Fontes e bibliografia
Agradecimentos
Preço: 27,50€;
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