terça-feira, 29 de junho de 2021

Portugal & Ultramar - PREC & Descolonização - ‘O PUTO - Autópsia dos ventos da liberdade’, de Ricardo de Saavedra - Lisboa 2014 - RARO;














Portugal & Ultramar - PREC & Descolonização - Uma vida atribulada e não menos aventureira, do 7 de Setembro em Lourenço Marques, a prisioneiro da FRELIMO recambiado para Nachingwea junto com Joana Simeão, do Sul de Angola enquadrado no Esquadrão Chipenda ao PREC em Lisboa, com atentados bombistas e fugas espectaculares das prisões portuguesas... 


‘O PUTO - Autópsia dos ventos da liberdade’ 
De Ricardo de Saavedra 
Edição Quetzal 
Lisboa 2014 


Livro com 508 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


Na capa: 
“Nos anos da revolução, este homem participou em atentados que puseram o país a ferro e fogo. A voz do comandante Paulo, o ‘Puto’, ouve-se agora pela primeira vez. E conta tudo.“ 


SOBRE O LIVRO A TEMÁTICA E O AUTOR: 
“Os dias do fim de Portugal em África e os primeiros tempos da descolonização portuguesa preenchem a maior parte da obra literária de Ricardo de Saavedra. Sejam reportagem, conto, romance ou poesia, alguns dos seus livros tiveram várias edições, e poemas seus constam de antologias organizadas sobre o tema. Mas o documentário que enforma ‘O PUTO’ pode considerar-se o corolário da carreira do jornalista que viveu em Moçambique, África do Sul e Portugal. Em todas as páginas se respira a persistência do repórter inquisitivo, cimentada pela experiência do veterano editor e director que foi de jornais e revistas.
Com a chancela da Quetzal, Ricardo de Saavedra publicou, em 2012, a biografia de António Manuel Couto Viana intitulada ‘MEMORIAL DO CORAÇÃO - Conversa a quatro mãos’.“ 


Da contracapa: 
“Aos 17 anos foi bater à porta da tropa para ser comando e o lendário capitão Jaime Neves chamou-lhe ‘Puto’. E ‘Puto’ ficou. Depois participou no 7 de Setembro de 1974, naquele que ficou conhecido pelo ‘último grito de portugalidade’ em África. O grito marcou-o de tal forma que nunca mais sossegou. Prenderam-no, e evadiu-se da penitenciária. Voltaram a prendê-lo, e fugiu da Tanzânia antes de ser fuzilado. De refugiado na África do Sul seguiu para Angola com um grupo. Assaltaram quartéis para obter armas, formaram um esquadrão chamado Chipenda, conquistaram cidades após cidades para a FNLA. Aí deixou de ser ‘Puto’ para ser Paulo, comandante Paulo. Porque ‘Puto’ era o nome carinhoso que os angolanos davam à Metrópole. Colaborou na evacuação de Moçâmedes e ia morrendo à sede no deserto. A seguir, o ‘Puto’ e os outros vieram para o Puto. Queriam apresentar a factura. E foi a altura dos atentados bombistas, uns atrás dos outros, até voltar a ser preso e condenado, primeiro a 16 e no final a 34 anos de cadeia. Mas nem o ‘Puto’ nem o Paulo eram de ficar presos. Cavaram um túnel na segunda mais segura cadeia da Europa, em Alcoentre, e dali escaparam 131 prisioneiros, na maior fuga de que no Ocidente há notícia.“ 

“Ricardo de Saavedra entrevistou o Paulo, em Joanesburgo, em 1979, e escondeu as cassetes. Agora, apagou a perguntas, apurou o texto e dá-nos um relato impressionante, mais vivo que qualquer romance, onde a realidade ultrapassa a mais incrível das ficções. Onde a realidade dói e a leitura é imparável.” 



Do ÍNDICE: 

UMA HISTÓRIA NO TEMPO CERTO 
Por Óscar Mascarenhas 
PREÂMBULO - O Contrato 


I. - ASSIM NASCEU O PUTO 
- marginalia a) O soldado que perdeu as botas 
II. - PRESO À MALPATA DO 10B 
- marginalia b) A conversa explicada 
III. - NO CAMPO DE MORTE DE NACHINGWEA 

IV. - VÊ DE VICENTE E DE VINGANÇA 
- marginalia c) Sentenciados depois de mortos 
V. - ÀS ARMAS 

VI. - UM ESQUADRÃO CHAMADO CHIPENDA 
- marginalia d) O que foi comprar cigarros 
VII. - MATADOURO VIRA FORTALEZA 

VIII. - O IMPOSSÍVEL POR PRÉMIO 
- marginalia e) Quanto tempo ficarão? 
IX. - LEVAR A ESPERANÇA A MOÇÂMEDES 
- marginalia f) Viragem na guerra civil 
X. - ALGUÉM LIXOU A GUERRA 
- marginalia g) Milhares fazem-se ao mar 
XI. - A GRANDE MARCHA NO DESERTO 

XII. - GATOS SELVAGENS AMESTRADOS 

XIII. - DESTINO: A PÁTRIA MADRASTA 
- marginalia h) O desmoronar de todas as frentes 
XIV. - TERRORISMO URBANO POR FACTURA 
- marginalia i) Onde está o mistério? 
XV. - PRISIONEIRO QUASE À SOLTA 
- marginalia j) Propostas para calar Oneto 
XVI. - TRÊS BOMBAS PARA SER LIVRE 

XVII. - MOTIM DE CUSTÓIAS PEDE JUSTIÇA 
- marginalia l) Pinto apresenta a factura 
XVIII. - 101 DIAS DE SEGREDO 

XIX. - O TÚNEL DA LIBERDADE 

XX. - DIÁRIO PARA OS DIAS DE AMANHà
- marginalia m) Volta, ‘Puto’, estás perdoado 

Agradecimentos 
Siglas, estrangeirismos e calão 


Preço: 47,50€; 

África & História - ‘PURGA EM ANGOLA - O 27 DE MAIO DE 1977’, de Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus (1.a Edição) - Lisboa 2009 - Raro;




 








África & História - Uma profunda análise aos acontecimentos de 27 de Maio de 1977 em Angola, quando o MPLA se dividiu entre si e os seus aliados russos e cubanos também, numa purga que ceifou a vida de milhares de membros e simpatizantes daquele movimento 


‘PURGA EM ANGOLA - O 27 DE MAIO DE 1977’ - (1.a Edição) 
(Nito Alves - Sita Valles - José Van Dunem) 
De Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus 
Edição Texto 
Lisboa 2009 


Livro com 230 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


SOBRE O LIVRO E O ASSUNTO: 
“Alguns se interrogarão. Mas como foi possível, 30 anos depois dos acontecimentos, longe de Angola e sem acesso a ficheiros angolanos (que possivelmente não existem ou se existiram foram destruídos) analisar o que aconteceu? 

Comecei pelas entrevistas, gravadas e transcritas. 

Ouvi antigos presos do 27 de Maio, na sua maioria jovens angolanos que hoje são cidadãos portugueses, mas continuam a sonhar com a terra que os viu nascer e crescer. E ouvi, também, uma assessora é amiga do então Presidente de Angola e um militar de Abril que colaborava com o poder instituído, também eles presos e torturados.

Depois, ouvindo a outra parte, escutei responsáveis da polícia política angolana (DISA), assim como o secretário-geral do MPLA e um velho dirigente do Movimento. 

Finalmente, entrevistei o então Presidente da República portuguesa, o embaixador de Portugal em Angola, dirigentes políticos e militares, amigos e familiares dos presos. 

(...) 

A informação recolhida foi cruzada entre si e com o que íamos lendo em dezenas de jornais e revistas, assim como em documentos, angolanos e portugueses. E para tentar compreender os acontecimentos que tinham ocorrido, fizemos uma incursão na história da luta de libertação nacional conduzida pelo MPLA, sobretudo a partir de trabalho PS académicos e de informações recolhidas nos arquivos da PIDE e de Salazar na Torre do Tombo.“ 
Dalila Cabrita Mateus 


Da contracapa: 
“ ‘PURGA EM ANGOLA’ aborda os acontecimentos ocorridos no dia 27 de Maio de 1977, portanto há 30 anos. Militantes e simpatizantes, amigos e familiares dos ‘purgados’, dezenas de milhares de pessoas, homens e mulheres, velhos e novos, passaram por cadeias e campos de concentração. E muitos foram mortos após aterradores interrogatórios ou em fuzilamentos sumários, sem nunca terem sido julgados e sem se saber sequer onde repousam as suas ossadas. Por estranho que possa parecer, as atrocidades cometidas no Chile de Pinochet assumem modestas proporções, se comparadas com o que se passou na Angola de 1977. 

Mas não é possível compreender os acontecimentos do 27 de Maio sem recordar a história do próprio MPLA - uma frente que, organizada como um partido leninista, com muito centralismo e bem pouca democracia, convivendo mal com os pontos de vista diferentes - ganhou o hábito de eliminar os dissidentes, sob a persistência de Agostinho Neto. E a existência de um ‘outro MPLA’, praticamente sem contactos e sem apoios da direcção oficial, formado por núcleos guerrilheiros constituídos logo após o 4 de Fevereiro de 1961 e alimentado pelas redes clandestinas de Luanda, que, desmanteladas pela polícia, logo voltam a ressurgir. Este ‘outro MPLA’ conseguiu resistir a 13 anos de ofensiva do adversário. Mas acabou aniquilado pela sua própria família política. 

Se não é possível compreender os acontecimentos do 27 de Maio de 1977 sem reconstituir a história do MPLA, também não é possível compreender Angola do presente sem recordar a purga que se seguiu à tal data. Com efeito, a Angola de hoje, com a máxima centralização do poder, com a incapacidade para dialogar, com a procura desenfreada do lucro fácil e a enorme corrupção, com a injustificada riqueza de uns tantos e a miséria atroz das grandes massas, é uma herança daquilo que efectivamente foi o 27 de Maio de 1977.“ 


OS AUTORES: 
“DALILA CABRITA MATEUS 
É licenciada em história, diplomada de Estudos Superiores em Administração Escolar, Mestra em História Social Contemporânea e doutora em História Moderna e Contemporânea na especialidade de História Política e Institucional do período Contemporâneo. É também investigadora do Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa (ISCTE). 
Tem participado em conferências e colóquios, nacionais e internacionais, sobre a problemática das lutas de libertação nacional. E leccionou em Moçambique, no início da década de 80, na Escola Central da FRELIMO. 
Publicou os livros seguintes: 
- ‘A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA’ - Edição Inquérito (1999); 
- ‘A PIDE/DGS NA GUERRA COLONIAL’ - Edição Terramar (2004); 
- ‘MEMÓRIAS DO COLONIALISMO’ - Edição ASA (2006); 

ÁLVARO MATEUS 
Foi quadro político, jornalista e locutor, publicista e tradutor, advogado e professor. 
Nos primeiros anos da guerra colonial, promoveu e coordenou um jornal clandestino consagrado à denúncia do colonialismo e da guerra, assim como ao apoio às lutas de libertação nacional.
No início da década de 70, foi o único jornalista português que esteve com o PAIGC nas regiões Libertados da Guiné-Bissau.
Na primeira metade da década de 80, leccionou na Escola Central da FRELIMO e Universidade Eduardo Mondlane, no Maputo.” 



Do ÍNDICE: 

APRESENTAÇÃO 

1. - HERÓIS DE ANGOLA 
- João Jacob Caetano (Monstro Imortal) 
- Eduardo Artur Santana Valente (Juca Valentim) 
- Bernardo Alves Baptista (Nito Alves) 
- José Jacinto da Silva Vieira Dias Van Dunem 
- Heróis vivos, heróis mortos 
2. - OS DOIS MPLA 
- Nascimento do MPLA 
- O MPLA oficial 
- A concentração do poder 
- Conversações com as autoridades coloniais 
- As dissidências 
- Situação militar 
- O outro MPLA 
- A 1.a Região Político-Militar 
- As redes clandestinas 
- O encontro dos dois MPLA 
3. - ANTECEDENTES DO 27 DE MAIO DE 1977 
- A delegação do MPLA ao XXV Congresso do PCUS 
- O anúncio de um golpe militar 
- O caso da ‘Revolta Activa’ 
- A luta contra o fraccionismo 
- As ‘Treze Teses em Minha Defesa’ 
- A corrupção 
- A primeira prisão do historiador Carlos Pacheco 
- O desmantelar da organização do MPLA e do Poder Popular 
- Intrigas, calúnias e provocações 
- Expulsões, prisões e ameaças 
- A 5.a reunião plenária do Comité Central 
- A Assembleia na Cidadela 
- “Não respondo pela vossa integridade” 
4. - INSURREIÇÃO DESARMADA DE MASSAS 
- Primeiras acções: o assalto à Cadeia de S. Paulo 
- A tomada da rádio e a manifestação 
- O assalto ao Quartel da 9.a Brigada 
- Mortos queimados numa ambulância 
- Papel dos cubanos 
- A neutralidade dos soviéticos 
- A natureza do 27 de Maio 
- Intervenção de Agostinho Neto 
5. - O TERROR 
- Os dias seguintes 
- Motivos para ser preso 
- Interrogatórios e torturas 
- Comissão das Lágrimas 
- Torturas 
- Tortura e morte 
- Cadeias e Campos de Concentração 
- A Cadeia de S. Paulo 
- Campo de Concentração de Quibala 
- Campo de Concentração de Calunda 
- Casos de presos 
- Felisberto Lemos 
- José Costa Martins 
- Maria da Luz Veloso 
- João Van Dunem 
- Ademar Valles 
- Sita Valles 
- As proporções da repressão 
- Purga do MPLA 
- Milhares de mortos 
- Termo da repressão 
- A 16.a Conferência da OUA 
- As Comissões de Inquérito 
- Culpas 
- Listas de fuzilados 
- O caso de Félito 
- Responsabilidades de Agostinho Neto 
- Mandantes, executantes e cúmplices 
- E desculpas 
6. - PARA A COMPREENSÃO DO 27 DE MAIO E DO TERROR 
- As acusações da direcção do MPLA 
- Golpe de esquerda 
- Golpe de direita 
- Golpe racista 
- Golpe ideologicamente radical 
- As razões do 27 de Maio e da repressão 
- A luta pelo poder 
- Ainda a luta pelo poder: a tentativa de conquista da neutralidade dos Estados Unidos e das potências ocidentais 
- Sempre a luta pelo poder: a procura de apoios 
7. - ECOS E REPERCUSSÕES DO 27 DE MAIO 
- Ecos do 27 de Maio em Portugal 
- Posição das autoridades portuguesas 
- Partido Comunista Português (PCP) 
- Outras forças políticas 
- A imprensa portuguesa e o 27 de Maio 
- Repercussões do 27 de Maio em Moçambique 
8. - A HERANÇA DO 27 DE MAIO DE 1977 

SIGLAS 

FONTES 
- Entrevistas e declarações 
- IAN/TT - Arquivos da PIDE/DGS 
- IAN/TT - Arquivos de Oliveira Salazar 
- IAN/TT - Arquivos do Conselho da Revolução 
- Arquivo Histórico-Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros 
- Cartas 
- Documentos 
- Filmes 
- Internet 

BIBLIOGRAFIA 
- Livros 
- Jornais e revistas 


Preço: 45,00€; 

Portugal & Guerra do Ultramar - ‘ANGOLA - Chave de África’, de Mugur Valahu (2 edições) - Lisboa 1968 e Paris 1966 - Muito Raros;


 






























Portugal & Guerra do Ultramar - Uma análise profunda de Angola na década de sessenta, do seu desenvolvimento, integração racial na sociedade local e o conflito iniciado no norte em 1961, por um jornalista romeno e correspondente da imprensa europeia e americana 


‘ANGOLA - Chave de África’, de Mugur Valahu (2 edições) 
Lisboa 1968 e Paris 1966 

1. - ‘ANGOLA - Chave de África’ - (42,50€;) 
De Mugur Valahu 
Edição Parceria A. M. Pereira, Lda 
Lisboa 1968

Livro com 256 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.

O AUTOR: 
“MUGUR VALAHU - Nascido em Bucareste, em 1920, doutorou-se em Direito nas universidades de Paris e Bucareste. Como tenente reservista do exército romeno recebeu grave ferimento na frente russa, tendo sido condecorado com várias ordens  militares. Membro do Foro de Bucareste, dirige, ao mesmo tempo, o hebdomadário artístico ‘Cortina’ até este ser suprimido pelo governo romeno em 1946. No ano seguinte, evade-se da Roménia e instala-se em Paris, tornando-se redactor e locutor da Rádio Francaise, na BBC e na Rádio Free Europe. Secretário-geral da Union des Journalistes Libres de l’Europe Centrale e também da Associação dos Jornalistas Romenos no Exílio, colabora igualmente em diversos jornais europeus, como o ‘Figaro’ e o ‘Paris Presse’. De 1951 a 1954 trabalha como redactor na organização ‘Paz e Liberdade’, dirigida por Jean-Paul David. Contratado pela Agence de Presse Intercontinental Research Forum e pela revista ‘Free World Fórum’, de Washington DC, é enviado para a Grécia, como correspondente. Em 1957, tomou a cidadania americana. Na Universidade de Georgetown especializou-se em política norte-americana. Em 1961 está no Katanga, como correspondente do ‘Free World Fórum’ e do ‘Foreign News Service’. Em 1964 publicou um livro  em francês ‘AQUI JAZ O KATANGA’ (em língua inglesa, ‘THE KATANGA CIRCUS’). Publicou igualmente um estudo sobre as actividades da ONU no Congo, num trabalho intitulado ‘A FEBRE AFRICANA’, editado em 1965 em Nova Iorque por John Day Company.“ 


Do ÍNDICE: 

INTRODUÇÃO 
Capítulo I - OS PORTUGUESES DESEMBARCARAM EM ÁFRICA 
- Comércio, espionagem e evangelização 
- Alguns aspectos geográficos 
- Configuração demográfica 
Capítulo II - COSTUMES E MENTALIDADE BANTOS 
- Poligamia 
- Deus, o espírito dos mortos e os feiticeiros 
- Confronto entre a moral cristã e a moral banto 
- Os negros e o trabalho 
Capítulo III - DOS TEMPOS DA ESCRAVATURA ATÉ AOS NOSSOS DIAS 
- Jingas: os Canibais e a cumplicidade dos Sobas 
- O triângulo: Brasil-Angola-Portugal 
- O fim da ignomínia 
- Os primeiros passos da colonização 
- A cobiça das grandes potências 
- Os missionários em acção 
- Ocupação e pacificação 
Capítulo IV - A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS EM ÁFRICA 
- Os tiranos marxistas armam em libertadores 
- O mundo livre perde a cabeça 
- Angola em face do marasmo 
- O Kibanguismo, o Kituala e o Tocoismo 
Capítulo V - A EXPLOSÃO TERRORISTA EM 1961 
- Competição entre negros e mestiços 
- Sonolência e confiança 
- As fases do massacre 
- Salazar envia tropas 
- As razões da resistência portuguesa 
Capítulo VI - DOIS ANOS DE INCERTEZA 
- A coalizão anti-portuguesa 
- Reformas que subsistem o empirismo 
- A actual administração 
- Cicatrizam as feridas causadas pelo ódio 
- Vantagens do terrorismo 
- Guerra ao analfabetismo 
- O trabalho sob contrato 
Capítulo VII - VOLTA A CALMA 
- O exército português em Acção 
- Divergências entre os colonos e soldados 
- O singularismo português 
- Um povo sem complexo racial 
Capítulo VIII - AS RIQUEZAS 
- Quando o café dita leis 
- O subsolo 
- Os transportes 
- Comércio externo e problemas financeiros 
Capítulo IX - AS MISÉRIAS 
- Um país e duas moedas
- O malabarismo das transferências 
- O labirinto dos investimentos 
- Um país sem estrangeiros 
- Um povo de comerciantes 
- Salários medíocres para uma vida cara 
Capítulo X - O SOLDADO PORTUGUÊS EM ANGOLA 
- Um exército constituído à pressa 
- Um comunicado militar por semana 
- Por que continua o terrorismo? 
- As despesas de uma guerra de desgaste 
Capítulo XI - NACIONALISMO OU BANDITISMO 
- U.P.A., M.P.L.A. & Companhia 
- Os lobos em família 
- Um governo com vários gabinetes 
- Os cúmplices de Holden Roberto 
- Um plano para a subversão da África 
Capítulo XII - ANGOLA E OS SEUS VIZINHOS 
- A Liga das Nações pré-fabricadas 
- A letargia do ocidente 
- Por detrás da fachada da unidade africana 
- Angola e os seus aliados africanos 
Capítulo XIII - OS ESTADOS UNIDOS E A ÁFRICA 
- Hipocrisia ou ingenuidade 
- Equívocos e excesso de valorização 
- Pecados do leader mundial 
Capítulo XIV - AS CHAVES DO FUTURO 
- As bases da política portuguesa 
- Unidade de opinião contra o derrotismo e a traição 
- Os três caminhos de Angola 
- O problema da emigração 
- Se os negros ganhassem a partida 
CONCLUSÃO 



2. - ‘ANGOLA - Clé de l’Afrique’ - (35,00€;) 
De Mugur Valahu 
Nouvelles Éditions Latines 
Paris 1966 

Livro com 318 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
Em língua francesa. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


TABLE DES MATIERES:  

INTRODUCTION 
I. - LES PORTUGAIS DÉBARQUENT EN AFRIQUE 
- Espionnage, commerce et évangélisation 
- Quelques aspects géographiques 
- Configuration démographique 
II - COUTUMES ET MENTALITÉ BANTOUES 
- La polygamie 
- Dieu, l’esprit des morts et les sorciers 
- Confrontation entre morales chrétienne et bantoue 
- Les noirs et le travail 
III - DE L’ESCLAVAGE À NOS JOURS 
- Jingas: les cannibales et la complicité des Sobas 
- Le triangle: Brésil - Angola - Portugal 
- La fin de la honte 
- Les premiers pas de la colonisation 
- La convoitise des grandes puissances 
- Les missionnaires à l’oeuvre 
- Occupation et pacification 
IV - LA DEUXIĖME GUERRE MONDIALE ET SES SUITES EN AFRIQUE 
- Les tyrans marxistes s’érigent en libérateuts 
- Le monde libre perd la tête 
- L’Angola face au marasme 
- Le Kibanguisme, le Kitwala et le tocoïme 
V - L’EXPLOSION TERRORISTE DE 1961 
- Compétition entre noirs et métis 
- Somnolence et confiance 
- Les phases du massacre 
- Salazar envoie des troupes 
- Les raisons de la résistance portugaise 
VI - DEUX ANNÉES D’INCERTITUDE 
- La coalition antiportugaise 
- Les réformes chassent l’empirisme 
- L’administration actuelle 
- Les plaies de la haine se cicatrisent 
- Les avantages du terrorisme 
- La guerre contre l’analphabétisme 
- Le travail sous contrat 
VII - LA CALME REVIENT 
- L’armée portugaise en action 
- Divergences entre colons et soldats 
- Le singularisme portugais 
- Un peuple sans complexe racial 
VIII - LES RICHESES 
- Lorsque le café fait la loi 
- Le sous-sol 
- Commerce extērieur et problèmes financiers 
IX - LES MISÈRES 
- Un pays et deux monnaies 
- La jonglerie des transferts 
- Les dédales des investissements 
- Un pays sans étrangers 
- Un peuple de commerçants 
- Des salaires mēdiocres pour une vie chère 
X - LE SOLDAT PORTUGAIS EN ANGOLA 
- Une Armée bâtie à la hâle 
- Un communiqué militaire par semaine 
- Pourqoi le terrorisme continue 
- Les dépenses d’une guerre d’usure 
XI - NATIONALISME OU BANDITISME 
- ‘U.P.A.’, ‘M.P.L.A.’ & Co. 
- Les loups entre eux 
- Un gouvernement avec plusieurs... gabinets 
- Les complices de Holden Roberto 
- Un plan pour la subversion de l’Afrique 
XII - L’ANGOLA ET SES VOISINS 
- La ligue des nations préfabriquées 
- La léthargie de l’Occident 
- Derrière la façade de l’unité africaine 
- L’Angola et ses alliés africains 
XIII - LES ETATS-UNIS ET L’AFRIQUE 
- Hypocrisie ou naïveté 
- Surenchère et équivoque 
- Les péchés du leader mondial 
XIV. - LES CLEFS DE L’AVENIR 
- Les bases de la politique portugaise 
- Unité de vues contre le défaitisme et la trahison 
- Les trois voies de L’Angola 
- Le problème de l’immigration 
- Si les noirs gagnaient la partie 
CONCLUSION 



Preço: 77,50€; (LOTE DOS 2 LIVROS)
Para venda isolada ver os valores a seguir aos títulos. 

Guerra Colonial & Ultramar - ‘SINAIS DE VIDA - Cartas da guerra 1961-1974’, de Joana Pontes - Lisboa 2019;





Guerra Colonial & Ultramar - Análise da componente da correspondência pessoal entre os militares portugueses mobilizados para as frentes de guerra em África (Angola, Guiné e Moçambique), e a sua importância e meios disponibilizados 


‘SINAIS DE VIDA - Cartas da guerra 1961-1974’ 
De Joana Pontes 
Prefácio de Aniceto Afonso 
Edição Tinta da China 
Lisboa 2019 


Livro com 408 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 


Da contracapa: 
“A GUERRA COLONIAL ATRAVÉS DA CORRESPONDÊNCIA DE QUEM A VIVEU 

Em 13 anos de guerra colonial, de Angola para Portugal, de Portugal para Moçambique, de Moçambique para a Guiné, entre namorados, país e filhos, amigos e camaradas de armas, circularam milhares de cartas, com o correio entre as colónias e a metrópole chegando a atingir dez toneladas por dia. 
 
Estas missivas emprestam perspectivas e sensibilidades pessoais a um conflito de carácter global, composto também por episódios privados de ciúme, saudade, medo, aborrecimento, racismo, resignação ou revolta crescente. Aqui representadas por 16 acervos, com cerca de 4.400 cartas e aerogramas, estas são as histórias dentro da História, neste caso escrita por quem a viveu.“ 


ALGUNS EXEMPLOS DAS MISSIVAS
Da badana: 
“Como a vossa falta me faz passar horas amargas o meu maior conforto é ver fotografias e escrever não é o muito que tenho para te dizer mas a escrever-te é o mesmo para mim que estou a falar contigo e com a nossa tão querida filha.” 

“Entrámos com o pé direito, pois matámos quatro turras e três dos quais foram mortos pelo meu grupo, por conseguinte para recompensa  já tive de entrar com duas grades de cerveja para a rapaziada.“ 

“Nós aqui longe sentimo-nos completamente deslocados, sós, de tudo e de todos, é por isso que eu quero sair, andar na mata, ter fome, sede, frio, medo, para esquecer isto tudo.“  

“Batemo-nos em três frentes, contra povos que há séculos subjugamos e mantemos na mais estrita miséria, numa luta sem glória e de resultados duvidosos. Vi tombar homens ao meu lado e não pude falar esta palpitante interrogação: quem lucra com estas mortes, qual a utilidade de mais uma vida perdida? 
Quantas vezes cerrei os dentes de raiva, continuei em frente, mas mesmo assim sem convicção...” 



A AUTORA: 
“JOANA PONTES licenciou-se em Psicolgia pela Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade de Lisboa, fez estudos em cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, e em televisão na RTP e na BBC. Em 2003 concluiu o programa avançado de jornalismo político no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa. Em 2018, doutorou-se em História na especialidade de Impérios, Colonialismo e pós-Colonialismo, pelo ISCTE-IUL. De 2004 a 2008 foi assessora da Direcção de Programas da RTP para a área do documentário.“ 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 
Por Aniceto Afonso 

Nota de Abertura 
- Sobre ‘As palavras escritas no papel e em alma’ 
- A vida por uma mensagem 
- Viver a guerra 
- EPÍLOGO 

NOTAS 
Fontes e bibliografia 
Agradecimentos 


Preço: 27,50€; 

Guerra Colonial & Ultramar - ‘ANGOLA - PROCESSOS POLÍTICOS DA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA’, de Maria do Carmo Medina - Coimbra 2013 - Muito Raro;





Angola - Guerra Colonial & Descolonização - Uma obra fundamental sobre os processos políticos que levaram os nacionalistas angolanos a enfrentar a administração colonial portuguesa na sua luta pela independência 


‘ANGOLA - PROCESSOS POLÍTICOS DA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA’ 
De Maria do Carmo Medina 
Edição Almedina 
Coimbra 2013 


Livro com 518 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro. 


Sinopse:
“No fundo, o que pretendemos é desenterrar do fundo do lodo da história e trazer à superfície, todo o sistema legal que então vigorava e que fazia funcionara máquina repressiva, matéria que poderá ser melhor compreendida pelo jurista e que talvez só tenha um interesse meramente escatológico para um terceiro observador. Acrescentámos porém o relato de factos de que tivemos conhecimento directo, porque entendemos ser de interesse que para a memória desses acontecimentos eles fiquem devidamente registados. E isto porque o jurídico e o narrativo se imbricam um no outro e na enumeração despretensiosa desses factos procuramos lançar as pontas a serem retomadas para aqueles que venham a mergulhar numa investigação mais profunda e completa. 
Procurámos evidenciar como foi criada pelo estado ditatorial e fascista a cobertura legal concedida à Pide, como ela actuava como força toda-poderosa, intimidando tudo e todos, como as demais estruturas judiciais e administrativas vinham solicitas colaborar ou pelo menos não criar problemas, na grande maioria das vezes em que eram chamadas a intervir. O que nos parece da maior relevância em todo o processo é a articulação concertada e permanente entre as cúpulas do regime fascista o governo central por via do ministro do ultramar, o governo da colónia por via do governador geral e seus secretários gerais e provinciais, e a todo poderosa polícia política.” 



A AUTORA:
“MARIA DO CARMO MEDINA
(n. 1925, Lisboa) Viveu parte da sua infância no Porto e em Macau e mais tarde em Lisboa onde completou os estudos liceais e universitários em Direito. Fez parte dos movimentos estudantis de luta pela democracia, e do MUD -Juvenil. 

Em 1950 partiu para Angola devido a dificuldades de ordem política com o regime ditatorial português tendo aí iniciado a sua atividade em Luanda, Angola, primeiro como professora no Liceu Salvador Correia e ainda nesse ano como advogada no então Tribunal da Relação de Luanda tendo sido a primeira mulher a abrir escritório de advogada em Angola. 

Em 1976 adotou a nacionalidade angolana e foi nomeada Secretária para os Assuntos Jurídicos da Presidência da República tendo um ano mais tarde ingressado na Magistratura sendo nomeada Juiz do Tribunal Cível de Luanda. 

Em 1980 foi nomeada Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Luanda, mantendo colaboração com o Ministério da Justiça, no estudo e preparação de diversos projetos de lei e regulamentos, e atividade de docência tendo sido promovida a Professora Titular da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto pelo Senado Universitário em 1989. 

Em 1990 foi nomeada Vice -Presidente do recém instituído Tribunal Supremo tendo-se jubilado em 1997. Foi também Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Juristas Angolanos e a Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Angolana de Mulheres Juristas e participou na elaboração de diversos projetos de lei e é autora e coautora de diversos livros e outros trabalhos científicos em Direito.” 



Do ÍNDICE: 

Nota introdutória 
Breve introdução histórica 

Capítulo I 
- A TRAMA LEGAL 
Capítulo II 
- AS PRIMEIRAS PRISÕES DA PIDE 
Capítulo III 
- O ‘SEGUNDO’ PROCESSO 
Capítulo IV 
- O ‘TERCEIRO’ PROCESSO 
Capítulo V 
- A VIRAGEM 
Capítulo VI 
- CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO 
Capítulo VII 
- CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE S. NICOLAU 
Capítulo VIII 
- CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DO TARRAFAL 

Anexo documental 

Documentos: 
ANEXOS 
Anexo 1 - Querela definitiva no primeiro Processo 
Anexo 2 - Alegações de recurso 
Anexo 3 - Relatório para a Conferência de Accra 
Anexo 4 - Exposição de habitantes de Luanda 
Anexo 5 - Audiência de julgamento do primeiro Processo no Tribunal Militar 
Anexo 6 - Contestação de Fernando Pascoal da Costa e outros 
Anexo 7 - Contestação de Florêncio Gamaliel Gaspar 
Anexo 8 - Industrialização de Angola 
Anexos 9,10, 11, 12, 13, 14 e 15 - Panfletos apreendidos no segundo Processo 
Anexo 16 - Despacho de pronúncia no segundo Processo 
Anexos 17 e 18 - Requerimento de Ilídio Machado e outros e despacho de indeferimento 
Anexo 19, 20, 21 e 22 - Panfletos apreendidos no terceiro Processo 
Anexo 23 - Protesto da Sociedade Cultural de Angola 
Anexo 24 - Despacho de pronúncia no terceiro Processo 
Anexo 25 e 26 - Notícias na Imprensa 
Anexo 27 - Reclamação de Maria Julieta Gandra e outros 
Anexo 28 - Decreto N.º 23 241 
Anexo 29 - Residência fixa para o clero católico angolano 
Anexos 30 e 31 - Presos do campo de concentração do Missombo e encerramento do campo de concentração do Missombo 
Anexo 32 - Relação de presos do campo de concentração de S. Nicolau 
Anexo 33 e 34 - Prisão de 495 mulheres no campo de concentração de S. Nicolau 
Anexo 35 - Deportação de Eduardo Jonatão Chingunji e outros para o campo de concentração do Tarrafal 
Anexo 36 - Deportação de Alberto Correia Neto e outros para o campo de concentração do Tarrafal


Preço:   35,00€;