quinta-feira, 31 de março de 2016
Ultramar & Angola - 'NOS CAMINHOS DE ÁFRICA (Serventia e Posse - Angola século XIX)', de Maria Emília Madeira Santos - Lisboa 1998 - Muito raro
Ultramar & Angola - A colonização e ocupação portuguesa do território angolano do sul e sudeste no século XIX
'NOS CAMINHOS DE ÁFRICA (Serventia e Posse - Angola século XIX)'
De Maria Emília Madeira Santos
Edição do Instituto de Investigação Científica Tropical
Lisboa 1998
Livro com 606 páginas, muito ilustrado com fotografias da época, ilustrações e mapas. em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
Muito raro.
Esta obra é um longo e profundo estudo académico sobre a relação estabelecida entre as culturas europeia e africanas, no séc. XIX, com a colonização e ocupação portuguesa do interior de Angola e a interacção exercida através dos circuitos comerciais sertanejos do sul e sudeste desta antiga colónia.
Da editora:
"A primeira intenção do livro foi a de reeditar os textos antigos tal qual tinham sido escritos, mas, em alguns casos, a tentação de introduzir pequenas alterações foi irreprimível.Mantiveram-se, no entanto, temas recorrentes que, ao longo dos textos, se foram esclarecendo, através de novos dados e, principalmente, devido a associações de ideias que originaram novas hipóteses.
Enquanto a África foi dona e senhora dos seus caminhos, verificaram-se transformações na economia e alteraram-se relações sociais. No entanto, o poder político e a cultura das populações foram preservados contra a pressão que se exercia a partir do litoral e percorria os trilhos consentidos.
O problema tratado no livro, agora organizado, foi-se definindo ao longo dos anos e exigindo uma existência própria.
Só os Africanos poderão saber se estas experiências de resultados desiguais têm hoje algum significado para fazer valer os seus próprios objectivos ao assumirem a liderança nas relações com o mundo exterior.
O leitor encontrará, aqui e além, notas remissivas, mais a título de exemplo do que como guia para um itinerário de leitura."
DEDICATÓRIA:
"A
SILVA PORTO (O Sertanejo);
GUILHERME JOSÉ GONÇALVES (Sertanejo);
ISABEL GONÇALVES FERREIRA (Afilhada e filha dos ditos);
JOÃO DA SILVA (Sertanejo africano);
DOMINGOS CHACAHANGA (Pombeiro);
HENRIQUE DE CARVALHO (Explorador da Luanda);
JAMBA E HEMINA (Soba Njambayamina do bié);
BORROLO (Mpololo, aristocrata macorrolo);
MUENE GAMBO (Matriarca luchaze);
MÃE ROSA ('Dona de casa' de Belmonte);
NACATOLO (Rainha Luena);"
MARIA EMÍLIA MADEIRA SANTOS
"A autora é directora do Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga e do Departamento de Ciências Históricas Económicas e Sociológicas do Instituto de Investigação Científica Tropical.
É membro da Academia Portuguesa de História, Academia de Marinha, Sociedade de Geografia de Lisboa e Laboratoire du Centre National de Recherches Cientifique.
Há cerca de 30 anos que se vem dedicando ao estudo da História de África."
Do ÍNDICE:
- Dedicatória;
- NOTA PRELIMINAR - J. a. Cruz e Silva;
- PREFÁCIO;
- agradecimentos;
I. - PERSPECTIVA DO COMÉRCIO SERTANEJO DO BIÉ NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
Introdução;
1. - Os sertanejos isolados;
2. - Os sertanejos do Bié e o comércio de longa distância;
3. - Como avançavam as caravanas sertanejas;
3.1 - Participantes;
3.2 - Disciplina;
3.3 - Armamento;
4. - Regras de confronto e colaboração;
5. - O desgaste das relações;
6. - Limites da solução sertaneja;
Bibliografia;
Manuscritos;
Palavras-chave / Key words;
II. - TRAJECTÓRIA DO COMÉRCIO DO BIÉ;
1. - O marfim e o comércio sertanejo no Bié (1845-1874);
1.1 - Antecedentes: comércio de longa distância e escravatura;
1.1.1 - No Bié - os sertanejos; 1.1.2 - No litoral - os armadores; 1.1.3 - Nos caminhos - a selecção dos itinerários;
1.2 - A reconversão do comércio sertanejo: do escravo ao marfim;
1.2.1 - A rede comercial, 1.2.2 - O entreposto do Bié; 1.2.3 - Outros mecanismo económicos;
1.3 - O eldorado do marfim;
1.3.1 - O acesso privilegiado; 1.3.2 - O aparecimento da concorrência;
1.4 - Os esforçados anos 60;
1.4.1 - A diversificação do mercado; 1.4.2 - Variantes da participação; 1.4.3 - O desgaste do mecanismo;
2. - Firmas, sertanejos e Ovimbundu;
2.1 - A autonomia do comércio dos Ovimbundu;
2.1.1 - Borracha e crédito comercial; 2.1.2 - Novos participantes;
2.2 - A sobrevivência do comércio sertanejo;
2.2.1 - O declinar da 'segunda plêiade'; 2.2.2 - O fim de um compromisso; 2.2.3 - Anos 80. A quebra das estruturas;
Quadros;
Bibliografia;
Manuscritos;
Cartografia;
Palavras-chave / Key words;
III. - TECNOLOGIAS EM PRESENÇA: MANUFRACTURAS EUROPEIAS E ARTEFACTOS AFRICANOS (1850-1880)
Bibliografia;
Palavras-chave / Key words;
IV. - RITUAIS E COMERCIO A LONGA DISTANCIA EM ANGOLA (Segunda metade do século XIX)
Bibliografia;
Manuscritos;
Palavras-chave / Key words;
V. - OS LOZI E O ZAMBEZE: A ÁGUA E A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
1. - Organização do espaço em função do caudal do rio;
2. - O ritmo sazonal da vida;
3. - O espaço protector sagrado;
Bibliografia;
Manuscritos;
Palavras-chave / Key words;
VI. - O ESTUDO DA HIDROGRAFIA NUMA REGIÃO DE CIVILIZAÇÕES DE TERRA, A ÁFRICA AUSTRAL
Bibliografia;
Palavras-chave / Key words;
VII. - TRAVESSIAS CIENTÍFICAS DA ÁFRICA: RECURSOS E DEPENDÊNCIAS
Bibliografia;
Palavras-chave / Key words;
VIII. - DAS TRAVESSIAS CIENTÍFICAS À EXPLORAÇÃO REGIONAL EM ÁFRICA: UMA OPÇÃO DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA
Bibliografia;
Palavras-chave / Key words;
IX. - ULTIMATO, ESPAÇOS COLONIAIS E FORMAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS
1. - Espaço colonial português na África austral entre 1880 e 1885;
1.1 - Geoestratégia oficial;
1.2 - Iniciativa particular;
2. - 'Espaços económicos pré-coloniais' na África central;
2.1 - Fronteiras flexíveis e concorrências comercial;
2.2 - Fronteiras flutuantes e formações políticas africanas;
3. - Características dos espaços coloniais e impacto na África central à época do Ultimato;
3.1 - Evolução da geoestratégia portuguesa;
3.2 - Relação entre potências coloniais e formações políticas africanas;
Bibliografia;
Palavras-chave / Key words;
X. - A RELAÇÃO LITORAL-INTERIOR NA DINÂMICA DA ABERTURA DA ÁFRICA AO MUNDO EXTERIOR (Angola século XIX)
1. - Acções militares e comércio de escravos nos movimentos de 'fronteira flexível';
2. - O novo colonialismo das matérias-primas (1845-1850). Espaços económicos exógenos e formações políticas africana sem contacto;
3. - Troca de técnicas, práticas e saberes;
4. - O início da entrada da África na modernidade segundo regras estabelecidas pelos africanos;
5. - O movimento geográfico moderno e a ultrapassagem do conhecimento empírico;
6. - O impacto do colonialismo sistemático e a alienação dos caminhos;
Bibliografia;
Manuscritos;
Cartografia;
Iconografia;
Palavras-chave / Key words;
Pós-escrito;
Siglas;
Índice;
Índice de gravuras;
Índice geral;
Preço: 0,00€; (Indisponível)
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