sábado, 31 de maio de 2025

Moçambique - FRELIMO & História - ‘THE MORALITY OF REVOLUTION’, by Benedito Luís Machava - EUA, Ohio 2024 - Raro;




Moçambique - FRELIMO & História - O retrato de Moçambique marxista-leninista sob a ditadura do Movimento de Libertação - Partido único, a imposição do estado socialista misto stalinista e maoista, a repressão brutal sobre os dissidentes, a oposição política e na generalidade a população não aderente, com SNASP e os campos de concentração, ditos de reeducação, para a criação do ‘Homem Novo’….


‘THE MORALITY OF REVOLUTION’ 
Reeducation Camps And The Politics Of Punishment In Socialist Mozambique, 1968 - 1990 
‘A MORALIDADE DA REVOLUÇÃO’
Campos de Reeducação e a Política de Castigo em Moçambique Socialista, 1968 - 1990 
By Benedito Luís Machava 
Edition Ohio University Press 
EUA, Ohio 2024 


Livro com 352 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização. 
Raro. 


SINOPSE:
“A Moralidade da Revolução oferece o primeiro exame histórico de campanhas de limpeza urbana e campos de reeducação em Moçambique socialista. O livro apresenta os campos como modelo para a sociedade punitiva independente de Moçambique sob a Frelimo. Indivíduos que transgrediram a lei e os códigos de comportamento normativos socialistas foram alvo do partido revolucionário, que obsessivamente perseguiu malfeitores putativos num esforço para construir uma nova sociedade a partir das ruínas do colonialismo português. Benedito Luís Machava argumenta que a experiência socialista, embora inaugurando uma era de desenvolvimento económico e progresso social, procurou também refazer o tecido moral da sociedade moçambicana. Em jogo estava a combinação contraditória de aspirações modernistas, socialistas e ansiedades conservadoras enraizadas numa leitura moralista da sociedade.

Desde o seu início em 1974 até o seu fim no final dos anos 80, o programa de reeducação foi uma empresa faça você mesmo. O governo da Frelimo, incapaz de financiar e apoiar o regime carceral, esperava que os seus agentes e os detidos realizassem o ambicioso projeto sozinhos. Sem recursos materiais e humanos para dirigir o programa, as autoridades do estado obrigaram os detidos a construir suas próprias instalações de detenção; a cultivar seus próprios alimentos; a impor sua própria educação política; e, de muitas maneiras, a supervisionar seu próprio encarceramento. A incapacidade do estado para traduzir as ideias salvacionistas de reeducação em ações planejadas - uma característica geral da experiência socialista em Moçambique - produziu espaços de negligência e castigação social que afetaram negativamente tanto os reclusos como o pessoal encarregado de discipliná-los e reeducá-los.” 


“ ‘A MORALIDADE DA REVOLUÇÃO’ é uma exploração matizada, cuidadosa e apaixonada da história pouco conhecida dos campos de reeducação de Moçambique. É elegantemente escrito e argumentado de forma convincente. Possivelmente o livro mais importante sobre a história moçambicana escrito nas últimas duas décadas, este estudo será de interesse para estudiosos da violência revolucionária e dos campos de reeducação em todo o mundo.”
Paolo Israel, autor de ‘Em sintonia com os tempos: Mapiko Masquerades of Mozambique’

“Benedito Luís Machava nos oferece muito mais do que uma história dos campos de reeducação da Frelimo, um capítulo essencial e quase desconhecido da história de Moçambique na época da independência. A Moralidade da Revolução oferece uma análise incisiva da construção da nação em meio à revolução socialista, um exemplo claro de como o esforço para construir uma nova sociedade inevitavelmente envolveu uma disputa sobre a direção futura do sistema político.”
Eric Allina, autor de ‘Escravidão por Qualquer Outro Nome: A Vida Africana sob o Domínio das Companhias na Moçambique Colonial’

“Esta história dos campos de reeducação ‘faça você mesmo’ de Moçambique é um relato fascinante de desconfiança em massa, encarceramento em massa e, em seguida, abandono em massa em meio a uma das revoluções socialistas mais radicais da África. Como os ‘antissociais’ urbanos sobreviveram em lixões rurais remotos? Para contar a história, Benedito Luís Machava encontra fontes que a maioria dos acadêmicos jamais imaginaria encontrar.”
David Morton, autor de ‘A Era do Concreto: Habitação e a Forma da Aspiração na Capital de Moçambique’

“ ‘A MORALIDADE DA REVOLUÇÃO’ de Benedito Machava, é meticulosamente pesquisado e cuidadosamente argumentado. É uma história da descolonização que demonstra que a Frelimo buscou formar a espinha dorsal moral do corpo político nacional para manifestar a revolução. Machava encontra os primórdios das práticas e punições morais no período colonial e na luta de libertação, demonstrando que a independência não era um recomeço. A Frelimo inovou e reinventou, muitas vezes com fins bastante destrutivos.”
Marissa J. Moorman, autora de ‘Frequências Poderosas: Rádio, Poder do Estado e a Guerra Fria em Angola, 1931–2002’


O Autor: 
“BENEDITO LUÍS MACHAVA é professor assistente de história africana na Universidade de Yale, onde seus interesses de ensino e pesquisa incluem a África colonial e pós-colonial, a África lusófona, as lutas de libertação, a descolonização, a construção do Estado-nação e o socialismo na África.”



Do ÍNDICE: 

Lista de Ilustrações

Agradecimentos 
Abreviaturas 

INTRODUÇÃO 

Capítulo 1 
Moralidade Revolucionária e a Luta por Moçambique, 1968 - 1974 
Capítulo 2 
Transição Política e o Nascimento do Gasoduto de Reeducação, 1974 - 1976 
Capítulo 3 
“Estes Desertores Morais Devem Ser Reeducados”: Consolidação Política, Desenvolvimento e o Estado Punitivo, 1977 - 1983 
Capítulo 4 
Cidadania Vigilante e a Política de Denúncia, 1974 - 1984 
Capítulo 5 
Campos de Reeducação, Austeridade e o Regime Carcerário: Um Retrato do Niassa  
Capítulo 6 
Abandono e Vida Quotidiana nos Campos de Reeducação, 1974 - 1982 
Capítulo 7 
Miséria e Sobrevivência durante a Operação Produção e a Guerra Civil, 1983 - 1989 

EPÍLOGO 

Notas 
Bibliografia 


Preço: 92,50€; 

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