Moçambique & Arte - Um excelente catálogo da exposição conjunta destes dois artistas moçambicanos que decorreu na Galeria Perve em Alfama, de 27 de Agosto a 21 de Setembro de 2013
ERNESTO SHIKHANI & REINATA SADIMBA
Catálogo de Exposição de 2 Artistas Moçambicanos
Curadoria e Textos - Carlos Cabral Nunes
Edição Perve Galeria - Alfama
Lisboa 2013
Catálogo com 32 páginas, muito ilustrado (reprodução das respectivas obras) e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Os Artistas:
“ERNESTO SHIKHANI nasceu no dia 16 de Abril de 1934, na região de Muvesha, distrito de Marracuene, em Moçambique. Filho de camponeses, foi pastor até aos 16 anos. Faleceu em Maputo em 2010.
Começou por dedicar-se à escultura, a partir de 1969, no Núcleo de Arte, tendo como mestre o escultor português Lobo Fernandes. Em 1963 torna-se assistente do professor Silva Pinto, escultor na Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque.
A primeira exposição em que participa data de 1968, em Matalana. A partir de 1970, começa a dedicar-se à pintura. Recebe, em 1973, bolsa da Fundação Gulbenkian para realizar, em Portugal, uma primeira exposição individual.
A partir de 1976 radica-se na Beira, onde permanece vários anos. Aí, até 1979, orienta aulas de Desenho no Auditório-Galeria. Em 1982, recebe uma bolsa de estudo, para expor na antiga URSS. No início da década de 1990, regressa a Maputo, aí se fixando até ao final da sua vida.
Realizou vários murais em baixo relevo na cidade da Beira e em Maputo.
Participou em inúmeras exposições individuais e colectivas, maioritariamente em Moçambique e nos países vizinhos, em Portugal e muitos outros países.“
“REINATA SADIMBA nasceu em 1945, na aldeia de Nemu (Planalto de Mueda, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique). Filha de camponeses, recebeu educação tradicional maconde, que incluía o fabrico de objectos utilitários em barro (pratos, cântaros e afins).
Em 1972, durante a luta armada, ingressa na FRELIMO. Em 1975, é abandonada pelo pai dos seus filhos o que força a ter de garantir, sozinha, o sustento da família.
Começa então a ser procurada, em Cabo Delgado, por alguns estrangeiros que ouviram falar dessa mulher que produzia esculturas com ‘formas estranhas’. Em 1978, passa à reserva da FRELIMO.
Devido à guerra civil e à ostracização a que é votada pela generalidade dos Macondes (por se dedicar, precisamente, à produção de esculturas artísticas, algo só permitido, à época, aos homens - que trabalhavam as suas obras, exclusivamente, em pau-preto), emigra para a Tanzânia, em 1980, onde permanece até 1992. Durante esse período, a sua obra obtém vasto reconhecimento internacional, por intermédio de um marchand de arte suíço que lhe comprara centenas de obras e as exibe em vários países.
A partir de 1993, fixa residência em Maputo, onde ainda vive e trabalha. Em 1998 realizou aí uma muito aclamada semana de ensino sobre cerâmica escultórica.
Participou em inúmeras exposições individuais e colectivas, por Moçambique, países vizinhos e em Portugal.“
Preço: 27,50€;


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