quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Portugal - Guerra Colonial & Política - ‘PRESIDIÁRIOS - Heróis ou vilões’, de António Manuel Morais - Lisboa 1999 - Raro;







Portugal & Política - O autor analisa o drama dos portugueses que, após o cumprimento do serviço militar na guerra do Ultramar nas antigas províncias ultramarinas portuguesas, não conseguiram inserir-se na sociedade perante a falta de apoios oficias da sociedade 


‘PRESIDIÁRIOS - Heróis ou vilões’ 
De António Manuel Morais 
Edição Hugin 
Lisboa 1999 

Livro com sobrecapa, de 174 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


Da contracapa: 
“Após a crise académica de 1968, alguns universitários foram cumprir o serviço militar obrigatório, interrompendo os seus cursos, ao mesmo tempo que milhares de jovens de todas as origens e espécies os acompanhavam. Entre estes salientavam-se normalmente alguns com cadastro criminal, os quais muitas vezes, pela sua própria natureza se distinguiram em combate, sobretudo se eram aproveitados para as chamadas tropas especiais.
Chegados à Pátria, muitos deles não encontraram condições para seguir uma vida normal, muitas vezes por falta de apoio da própria sociedade que, de heróis, num ápice os transformava em vilões. Acabavam nos tribunais criminais, onde encontravam por vezes os oficiais companheiros na guerra colonial, agora investidos nas funções de Advogados, Delegados do Ministério Público ou Magistrados Judiciais. O ambiente nas cadeias era deplorável, tanto para homens como para mulheres e a promiscuidade grassava por falta de condições nas clausuras, o que gerava levantamentos e protestos, ou novos julgamentos, onde por vezes a Justiça não era representada da melhor maneira. 
De 1968 a 1980, período a que se refere a obra, a corrupção galgou terreno, atingindo tudo e todos, em especial a classe política. As figuras irreais que dão vida à obra representam tão-somente algumas espécies de criminosos comuns, o ladrão que chega a figura pública, o proxeneta do Cais do Sodré, o contrabandista, o falsário, o traficante de droga, o homicida, o advogado de cambão, o juiz degenerado, os corruptos e, todos juntos, num gesto magnânimo, acabam por homenagear Tony, o rato de automóveis, erigindo-lhe uma estátua na Praça de Espanha, em Lisboa, ao mesmo tempo que Tomix, o rei dos chulos, se ri da sociedade portuguesa.“ 


Da Dedicatória: 
“Aos Rangers e Comandos que tudo deram à 
Pátria quando esta os chamou.
Sobretudo àqueles que até hoje nada 
receberam da nação portuguesa.“ 


O Autor: 
“ANTÓNIO MANUEL MORAIS nasceu em Torres Vedras a 9 de Janeiro de 1947. Tem a profissão de Advogado e dedicou-se desde muito novo às letras e às artes.
Historiador, poeta e conferencista, cumpriu o serviço militar no norte de Moçambique, como oficial miliciano, após ter tirado a especialidade de Ranger (Operações Especiais) no C.I.O.E. de Lamego.
É autor de livros dedicados à história do desporto, como ‘BENFICA - 90 anos de Glória’, tem escrito artigos de opinião em jornais como o ‘Expresso’ e o ‘Diário de Notícias’, sendo autor da enciclopédia tauromáquica ‘A Praça de Toiros de Lisboa - Campo Pequeno’, editada em 1992.
É colaborador da revista ‘Caça & Pesca’ e ‘Diana’, onde tem apresentado artigos sobre caça grossa em África. Colaborou em várias revistas tauromáquicas.
Está prestes a discutir a tese de Doutoramento em Direito Privado, Social e Económico, na U.A. de Madrid, sobre sociedades desportivas, em Direito Comparado. 
Prepara neste momento um romance intitulado ‘Regresso a Segóvia’, uma história de amor surgida entre uma portuguesa e um espanhol, por altura da Guerra Civil de Espanha, nos finais dos anos 30. Encontra-se para publicação ‘O Júri no Tribunal’, de sua memória.“ 


Preço: 32,50€; 

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