Portugal & Guerra do Ultramar - O autor, profundo conhecedor da vasta e interminável produção mais ou menos literária sobre os conflitos nas antigas províncias ultramarinas portuguesas africanas (Angola, Guiné e Moçambique), analisa minuciosamente alguns dos títulos tidos por exemplares e importantes na denúncia do que o Estado Novo e a hierarquia militar fizeram da guerra que decorreu entre 1961 e 1974, além de revelar o currículo e a acção militar-heróica de alguns dos seus autores, de forma crua e mordaz, fundamentando as suas críticas com passagens das próprias obras…
‘A GUERRA E A LITERATURA’
De Rui de Azevedo Teixeira
Edição Vega
Lisboa 2001
Livro com 164 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Da contracapa:
“O grande ensaio de referência sobre romances que tematizam a nossa última guerra - ‘A GUERRA COLONIAL E O ROMANCE PORTUGUÊS’, de Rui de Azevedo Teixeira - foi qualificado de ‘cruel, inteligente, subtil’ por Lídia Jorge. Por seu turno, referindo-se à mesma obra, Eugénio Lisboa disse ser a escrita de Rui de Azevedo Teixeira ‘enérgica e eminentemente sedutora’, ‘apertada, viva’ e de uma ‘erudição substancial e sempre agilmente manipulada’.
Em ‘A GUERRA E A LITERATURA’, todas essas características - e ainda a tensão, a frontalidade e o humor áspero - estão presentes, confirmando assim uma poderosa nova voz ensaística nacional. Nos sete textos que compõe este livro, Rui de Azevedo Teixeira analisa a literária ‘pena de Marte’, visitando autores nacionais e estrangeiros. Escorado na sua experiência de antigo combatente; atento aos teóricos da violência e da guerra, incluindo os mais recentes como Martin van Creveld ou CoraStephan; sem pactuar com lugares-comuns intelectuais sobre ‘a mãe de todas as coisas’, Rui de Azevedo Teixeira percorre, entre outros espaços literários, o Velho Testamento, o território homérico, os romances de cavalaria, Cervantes, Shakespeare e Camões, Herculano, Tolstoi, Jünger, Drieu la Rochelle, Céline, Hemingway, Edith Wharton, Borges, Ford Madox, Lobo Antunes, Manuel Alegre, Lídia Jorge, João de Melo e Carlos Vale Ferraz.“
Do ÍNDICE:
A GUERRA E A LITERATURA
- A Violência
- A Guerra
- A Guerra na Literatura
- A Agonia da Guerra Clássica e da Literatura de Guerra
LITERATURA DA GUERRA COLONIAL: ORGULHO, CULPA E NOSTALGIA
A GUERRA COLONIAL E A IRONIA FEMININA: ‘A COSTA DOS MURMÚRIOS’, DE LÍDIA JORGE
- Um Romance de Memória
- Um Narrador-Anotador é uma Protagonista que Narra e Teoriza a Narração. Tempo de Maturidade e Apaziguamento
- ‘Sabidúria’ e linguagem Irónica
- Mulheres de Guerreiros e Espaços Fechados
- Uma Guerra de Segunda Categoria
CARLOS VALE FERRAZ: A GUERRA, A LITERATURA E O HOMEM
- O Soldado de Eleição e o Revolucionário Falhado
- ‘NÓ CEGO’: Romance de Aventuras e ‘Selo’ do Marcelismo
- ‘ASP’, ‘Soldadó’ e ‘Os Lobos não usam Coleira’: A Revolução, O Cómico e o Crime
- O Universo Misógino do Guerreiro
‘AUTÓPSIA DE UM MAR DE RUÍNAS’, DE JOÃO DE MELO: UM ROMANCE DE TESE
1. - Uma precisa estrutura contrapontística
2. - Narração dupla e pestilencial tempo de decomposição
3. - Uma pletora de registos
4. - Personagens convenientes e espaços adequados
5. - O Tema da guerra: militares viciosos e guerrilheiros virtuosos
A GUERRA COLONIAL: REALIDADE E FICÇÃO
- Realidade
- Ficção
HEMINGWAY: DE OINBONES A MR. PAPA OU A GUERRA CONTÍNUA
- Oinbones e Stein, a inocência inquieta e o sabor do terror
- The importance of being Ernest
- El Campeon ou o homem ‘cuja vida faz parecer morta a dos outros’
- Scrooby
- Mr. PAPA: a glória e o fim
ORIGEM DOS TEXTOS PUBLICADOS ANTERIORMENTE
Preço: 32,50€;
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