segunda-feira, 3 de julho de 2023

Angola - História & Guerra Colonial - ‘LUTEM ATÉ ALCANÇAREM A LIBERDADE’, de José Manuel da Silveira Lopes - Lisboa 2021 - RARO;






Angola - História & Guerra Colonial - Esta obra é um estudo inédito dos meandros, meios, nacionalistas envolvidos e objectivos que levaram a efeito os ataques de 4 de Fevereiro de 1961, contra a administração colonial portuguesa em Luanda e quem é porquê os acontecimentos foram reivindicados por MPLA e a UPA


‘LUTEM ATÉ ALCANÇAREM A LIBERDADE’ 
Uma leitura do ‘4 de Fevereiro’ de 1962 em Luanda 
De José Manuel da Silveira Lopes 
Prefácio de Helder Adegar Fonseca 
Edição VEGA 
Lisboa 2021 


Livro com 390 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização.
RARO.


Da contracapa: 
“O 4 de Fevereiro de 1961 ainda hoje é motivo de grande controvérsia historiográfica e política. Ocorrido na cidade de Luanda, há quem o considere o início da luta armada em Angola em prol da sua independência e reclame a sua paternidade, celebrando-o anualmente, como o MPLA, e há quem o considere apena o prenúncio dessa luta e o atribua a um outro agrupamento político, designado por UPA, que tinha o apoio do cónego Manuel das Neves.
José Manuel da Silveira Lopes, que no seu livro anterior já tinha aflorado essa figura e esse acontecimento, vem agora dar-nos, numa investigação histórica Maia aprofundada e pormenorizada, com sustentação em documentos irrefutáveis colhidos em importantes arquivos, uma visão mais ampla e pormenorizada do que foi esse movimento de rebelião, da participação que nele tiveram o clero católico nativo e as missões protestantes, e da expressão que ele teve nas acções contestatárias ao sistema colonial português. Como ele refere, essa rebelião ganhou mais notoriedade não só por via da ideia independentista que a animou, mas também por ser fruto de um facto mediático, a presença de vários jornalistas estrangeiros, que vindos a Angola em busca da chegada dos assaltantes do ‘Santa Maria’, acabaram por noticiar essa primeira revolta urbana de nativos, dando-lhe destaque internacional. Um livro de inquestionável interesse para um melhor conhecimento da história de Angola e do colonialismo português.“ 


Da badana: 
“A análise historiográfica do período que medeia entre meados dos anos 50 e os levantamentos de Fevereiro de 1961, que poderíamos caracterizar como de afirmação do protanacionalismo angolano - pelo menos no que respeita à actividade política expressa na cidade de Luanda -, revela que as manifestações políticas, as acções contestatárias do regime colonial são dominadas, obsessivamente, pela ambição da independência. É a ideia da independência, através do combate à supremacia branca, que nos permite consagrar esse nacionalismo como a chama que acalentará os ânimos dos muitos que enfrentaram a violência repressiva do regime na prisão, no exílio ou na clandestinidade, sujeitando-se à reclusão, à tortura ou até à morte. Mesmo, quando em Fevereiro de 1961 se procura libertar os presos ou assaltar os quartéis, o objectivo que se persegue é o da obtenção da independência, aspiração que já animara o movimento planfetário, que, ao longos dos anos 50, preenchera a acção política de diversas organizações, que a polícia procurara, em vão, liquidar com o chamado ‘Processo dos 50’. Para além de eventuais diferenças ‘ideológicas’, há um singular propósito comum que sobrevive a sucessivas investidas policiais, talvez porque a expressão quantitativa e sociológica do separatismo estivesse para além das capacidades do regime em o aniquilar ou estancar. ‘Lutem para alcançar a liberdade’, para além de uma consigna planfetária, é a voz que comanda o separatismo militante que procurámos retratar.“ 
Do capítulo CONCLUSÕES 


O Autor: 
“JOSÉ MANUEL DA SILVEIRA LOPES licenciou-se em História, pela Faculdade de Letras de Lisboa, em 1969. Elaborou e apresentou então, sob a orientação do Prof. Jorge Borges de Macedo, uma dissertação sobre história medieval de Portugal. 
Esteve ligado a projectos de investigação, em colaboração com os Professores A. H. Oliveira Marques e Vitorino Magalhães Godinho. 
Recentemente, dedicou-se ao estudo e divulgação de temas da história de Angola, mormente no que diz respeito aos acontecimentos independentistas em que participaram o clero católico nativo e as missões protestantes. É o caso do presente livro e do anterior, ‘O Cónego Manuel das Neves – Um Nacionalista Angolano (Ensaio de Biografia Política)’ - (Vega, 2017).“ 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO, por Helder Adegar Fonseca 
- Angola: presentes instáveis, passados imprevisíveis 
1. Presentes instáveis 
2. Passados imprevisíveis 

INTRODUÇÃO 
- A leitura histórica dos acontecimentos 
- Visões do regime 
- Recordar ou compreender o passado 
- As fontes 
- Agradecimentos 


Capítulo I - SISTEMA REPRESSIVO 
- Procedimentos 
- Dificuldades 
- Métodos coercivos 

Capítulo II - AS ORGANIZAÇÕES NACIONALISTAS 
- Partidos comunistas 
O PCA de 1955 e o PLUA (A) 
O PCA de 1958/9 e o PCP 
- O MPLA em Luanda 
- A presença da UPA 
- ‘Movimentos’ pela independência 
MIA (ou MPLA) - Movimento para a Independência de Angola 
MLN - Movimento de Libertação Nacional; MLNA - Movimento de Libertação Nacional de Angola 
ELA - Exército de Libertação de Angola; MLA - Movimento de Libertação de Angola; Grupo de Enfermeiros 
MINA - Movimento dr Independência Nacional Angola Angolana 
FULA - Frente Unida para a Libertação de Angola 
Outros grupos 

Capítulo III - AS IGREJAS E O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO 
-  O Clero católico e as elites africanas 
Catolicismo e colonialismo 
Perseguição dos sacerdotes africanos: 
Pe. Joaquim da Rocha Pinto de Andrade 
Cónego Manuel Franklin da Costa 
Pe. Alexandre do Nascimento 
Pe. Vicente José Rafael 
Cónego Manuel Joaquim Mendes das Neves 
Pe. Lino Alves Guimarães 
Pe. Alfredo Osório Gaspar 
Pe. Martinho Samba (ou Manuel Martinho Campos) 
Pe. Domingos António Gaspar 
Um clero vigiado: 
O Arcebispo Moysés Alves de Pinho 
Uma Associação de ex-seminaristas 
A coabitação de brancos e pretos no Seminário 
- ‘Africanizar’ ou Portugalizar’ 
Influência das Missões Protestantes: 
Desconfiança e repressão 
O American comittee on Africa em Luanda 
Apoio ao separatismo 

Capítulo IV - UMA ‘TENTATIVA DE SUBLEVAÇÃO’ 
- A questão da autoria 
A narrativa do MPLA 
A narrativa da UPA 
- Angola na rota do ‘Santa Maria’ 
- Os ataques 
A premeditação de um golpe 
A organização dos ataques 
Motivações diretas 
A execução dos ataques 
Explicações e impactos 
A ‘Preparação Mágica’ 
Participantes 
- Os ‘acontecimentos de Luanda’ 
As narrativas do regime 
O registo dos militares 

CONCLUSÕES 
Fontes 
Bibliografia 
Lista de Abreviaturas 
ANEXO: 
Participantes na preparação e execução dos assaltos 


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

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