Angola - História & Guerra Colonial - Esta obra é um estudo inédito dos meandros, meios, nacionalistas envolvidos e objectivos que levaram a efeito os ataques de 4 de Fevereiro de 1961, contra a administração colonial portuguesa em Luanda e quem é porquê os acontecimentos foram reivindicados por MPLA e a UPA
‘LUTEM ATÉ ALCANÇAREM A LIBERDADE’
Uma leitura do ‘4 de Fevereiro’ de 1962 em Luanda
De José Manuel da Silveira Lopes
Prefácio de Helder Adegar Fonseca
Edição VEGA
Lisboa 2021
Livro com 390 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
Da contracapa:
“O 4 de Fevereiro de 1961 ainda hoje é motivo de grande controvérsia historiográfica e política. Ocorrido na cidade de Luanda, há quem o considere o início da luta armada em Angola em prol da sua independência e reclame a sua paternidade, celebrando-o anualmente, como o MPLA, e há quem o considere apena o prenúncio dessa luta e o atribua a um outro agrupamento político, designado por UPA, que tinha o apoio do cónego Manuel das Neves.
José Manuel da Silveira Lopes, que no seu livro anterior já tinha aflorado essa figura e esse acontecimento, vem agora dar-nos, numa investigação histórica Maia aprofundada e pormenorizada, com sustentação em documentos irrefutáveis colhidos em importantes arquivos, uma visão mais ampla e pormenorizada do que foi esse movimento de rebelião, da participação que nele tiveram o clero católico nativo e as missões protestantes, e da expressão que ele teve nas acções contestatárias ao sistema colonial português. Como ele refere, essa rebelião ganhou mais notoriedade não só por via da ideia independentista que a animou, mas também por ser fruto de um facto mediático, a presença de vários jornalistas estrangeiros, que vindos a Angola em busca da chegada dos assaltantes do ‘Santa Maria’, acabaram por noticiar essa primeira revolta urbana de nativos, dando-lhe destaque internacional. Um livro de inquestionável interesse para um melhor conhecimento da história de Angola e do colonialismo português.“
Da badana:
“A análise historiográfica do período que medeia entre meados dos anos 50 e os levantamentos de Fevereiro de 1961, que poderíamos caracterizar como de afirmação do protanacionalismo angolano - pelo menos no que respeita à actividade política expressa na cidade de Luanda -, revela que as manifestações políticas, as acções contestatárias do regime colonial são dominadas, obsessivamente, pela ambição da independência. É a ideia da independência, através do combate à supremacia branca, que nos permite consagrar esse nacionalismo como a chama que acalentará os ânimos dos muitos que enfrentaram a violência repressiva do regime na prisão, no exílio ou na clandestinidade, sujeitando-se à reclusão, à tortura ou até à morte. Mesmo, quando em Fevereiro de 1961 se procura libertar os presos ou assaltar os quartéis, o objectivo que se persegue é o da obtenção da independência, aspiração que já animara o movimento planfetário, que, ao longos dos anos 50, preenchera a acção política de diversas organizações, que a polícia procurara, em vão, liquidar com o chamado ‘Processo dos 50’. Para além de eventuais diferenças ‘ideológicas’, há um singular propósito comum que sobrevive a sucessivas investidas policiais, talvez porque a expressão quantitativa e sociológica do separatismo estivesse para além das capacidades do regime em o aniquilar ou estancar. ‘Lutem para alcançar a liberdade’, para além de uma consigna planfetária, é a voz que comanda o separatismo militante que procurámos retratar.“
Do capítulo CONCLUSÕES
O Autor:
“JOSÉ MANUEL DA SILVEIRA LOPES licenciou-se em História, pela Faculdade de Letras de Lisboa, em 1969. Elaborou e apresentou então, sob a orientação do Prof. Jorge Borges de Macedo, uma dissertação sobre história medieval de Portugal.
Esteve ligado a projectos de investigação, em colaboração com os Professores A. H. Oliveira Marques e Vitorino Magalhães Godinho.
Recentemente, dedicou-se ao estudo e divulgação de temas da história de Angola, mormente no que diz respeito aos acontecimentos independentistas em que participaram o clero católico nativo e as missões protestantes. É o caso do presente livro e do anterior, ‘O Cónego Manuel das Neves – Um Nacionalista Angolano (Ensaio de Biografia Política)’ - (Vega, 2017).“
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO, por Helder Adegar Fonseca
- Angola: presentes instáveis, passados imprevisíveis
1. Presentes instáveis
2. Passados imprevisíveis
INTRODUÇÃO
- A leitura histórica dos acontecimentos
- Visões do regime
- Recordar ou compreender o passado
- As fontes
- Agradecimentos
Capítulo I - SISTEMA REPRESSIVO
- Procedimentos
- Dificuldades
- Métodos coercivos
Capítulo II - AS ORGANIZAÇÕES NACIONALISTAS
- Partidos comunistas
O PCA de 1955 e o PLUA (A)
O PCA de 1958/9 e o PCP
- O MPLA em Luanda
- A presença da UPA
- ‘Movimentos’ pela independência
MIA (ou MPLA) - Movimento para a Independência de Angola
MLN - Movimento de Libertação Nacional; MLNA - Movimento de Libertação Nacional de Angola
ELA - Exército de Libertação de Angola; MLA - Movimento de Libertação de Angola; Grupo de Enfermeiros
MINA - Movimento dr Independência Nacional Angola Angolana
FULA - Frente Unida para a Libertação de Angola
Outros grupos
Capítulo III - AS IGREJAS E O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO
- O Clero católico e as elites africanas
Catolicismo e colonialismo
Perseguição dos sacerdotes africanos:
Pe. Joaquim da Rocha Pinto de Andrade
Cónego Manuel Franklin da Costa
Pe. Alexandre do Nascimento
Pe. Vicente José Rafael
Cónego Manuel Joaquim Mendes das Neves
Pe. Lino Alves Guimarães
Pe. Alfredo Osório Gaspar
Pe. Martinho Samba (ou Manuel Martinho Campos)
Pe. Domingos António Gaspar
Um clero vigiado:
O Arcebispo Moysés Alves de Pinho
Uma Associação de ex-seminaristas
A coabitação de brancos e pretos no Seminário
- ‘Africanizar’ ou Portugalizar’
Influência das Missões Protestantes:
Desconfiança e repressão
O American comittee on Africa em Luanda
Apoio ao separatismo
Capítulo IV - UMA ‘TENTATIVA DE SUBLEVAÇÃO’
- A questão da autoria
A narrativa do MPLA
A narrativa da UPA
- Angola na rota do ‘Santa Maria’
- Os ataques
A premeditação de um golpe
A organização dos ataques
Motivações diretas
A execução dos ataques
Explicações e impactos
A ‘Preparação Mágica’
Participantes
- Os ‘acontecimentos de Luanda’
As narrativas do regime
O registo dos militares
CONCLUSÕES
Fontes
Bibliografia
Lista de Abreviaturas
ANEXO:
Participantes na preparação e execução dos assaltos
Preço: 0,00€; (Indisponível)
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