Tomar & Fotografia - Um portfólio com imagens do espólio do mais notável fotógrafo tomarense do século XIX, que deixou um riquíssimo património todo ele dedicado a Tomar e às suas gentes, hoje na posse da autarquia por doação dos seus descendentes
‘N’essas sombras subtraídas à natureza’
120 ANOS DA MORTE DE SILVA MAGALHÃES
Arquivo Fotográfico Silva Magalhães
Edição da Câmara Municipal de Tomar
Tomar 2017
Conjunto de 9 imagens do vasto espólio fotográfico de Silva Magalhães. Novo. Excelentes.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Da Abertura:
“António da Silva Magalhães nasceu em Tomar, no dia 19 de Junho de 1834, vindo de uma família já com longa tradição nesta cidade. Casou com D. Maria da Piedade Rodrigues Faria e Silva, com quem teve 9 filhos, dois rapazes e sete raparigas.
Silva Magalhães foi o introdutor da fotografia em Tomar, instalando um atelier na então Rua Direita da Várzea Pequena, e que hoje tem o seu nome.
Contemporâneo de Carlos Relvas (1838 – 1894), iniciou a atividade comercial como fotógrafo em 1862, ano em que é fundada a ‘Typographia Photographia Silva Magalhães’; a atividade seria continuada por quatro dos seus nove filhos: Mário, Eurico, Gabriela e Ludovina.
Personalidade de relevo na sociedade tomarense, destacou-se pelas várias atividades a que se dedicou extremosamente. Não se conhecem dados sobre a sua formação académica, pressupondo-se que fosse um autodidata, no entanto, pela qualidade das iniciativas a que se dedicou, necessitaria de uma intensa preparação cultural.
Em 1880 fundou o jornal ‘A Verdade’, do qual foi proprietário, editor e jornalista, até à data de sua morte. Sendo um dos periódicos mais antigos da cidade de Tomar foi impresso na sua própria tipografia, a imprensa ‘La Merveille’. Esta imprensa foi responsável pela execução gráfica de muitos jornais da época, entre os quais ‘A Emancipação’, primeiro periódico tomarense.
Em paralelo exerceu a fotografia, profissão da qual se intitulava frequentemente. No jornal ‘A Verdade’, aparecem diversas vezes anúncios mencionando António da Silva Magalhães como fotógrafo da cidade de Tomar.
Dedicou-se também, tal como seu pai, às artes dramáticas. Foi empresário teatral, encenador e presidente do Grupo Dramático Musical Silva Magalhães, fundado em 1894. Com ideais republicanos, fazia parte do Clube Escolar Democrático Tomarense. Ocupou o cargo de vereador da Câmara Municipal de Tomar por vários anos, demonstrando grande vontade de modernizar a sua cidade.
É também de realçar a preocupação que nutria pelos bens patrimoniais, levando-o a criar e organizar um museu, onde colecionava peças arqueológicas, de cariz numismático e regionalista. Exerceu ainda atividade na área da agricultura e indústria e foi o introdutor do primeiro automóvel em Tomar.
António da Silva Magalhães morreu aos 63 anos de idade, no dia 3 de Março de 1897, devido a problemas cardiopáticos.”
A colecção Silva Magalhães:
“A coleção que dá o nome ao Arquivo Fotográfico municipal chegou à Câmara nos finais dos anos 80 do século passado pelas mãos dos seus descendentes – o neto José António de Magalhães Soares e o cunhado deste, Jaime de Oliveira. Compõem-na 5250 espécimes, entre as quais 3800 negativos em vidro e 1500 provas originais executadas em diferentes técnicas fotográficas – albumina, papel direto de colódio ou gelatina e outros processos fotográficos históricos mais recentes, provas em papel de gelatina e prata, na sua maioria reproduzidas a partir dos originais fotográficos por Lopes Cardoso, nos anos 80 do séc. XX.
Os exemplares mais antigos de negativos em colódio húmido e provas em papel de albumina, atribuídos a António da Silva Magalhães, representam monumentos, pormenores pitorescos e gentes da cidade de Tomar, no final do século XIX. Os filhos de António da Silva Magalhães também se dedicaram à fotografia. Por isso, Mário Nery de Magalhães é, provavelmente, o autor da maioria dos trabalhos do espólio. Predominam os retratos de estúdio – individuais ou de grupo – que constituem um dos traços mais ricos da coleção, testemunhando trajes da época, fardas, associações populares, profissões, entre outras temáticas.”
LISTAGEM DAS IMAGENS (1870 a 1890):
1. - Thomar, Fábrica das Moagens
2. - Thomar, Açude junto à ponte
3. - Thomar, Mercado na Praça D. Manuel
4. - Thomar, margens do rio (à Várzea Pequena)
5. - Thomar, parte da cidade
6. - Thomar, ponte (lado sul)
7. - Thomar, ponte (lado norte)
8. - Thomar, margens do rio
9. - Thomar, ponte (lado norte)
Preço: 37,50€;
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