Guiné - Guerra Colonial & PAIGC - Uma obra que resulta das reportagens dos autores juntos da guerrilha guineense, que desde 1964 mantinham um combate contra a presença da administração colonial nesta antiga província ultramarina portuguesa do golfo africano
‘GUINEA BISSAU - UNA RIVOLUZIONE AFRICANA’
De Bruno Crimi e Uliano Lucas
Edição de Vangelista Editore
Milão, Itália 1970
Livro com 200 páginas, bilíngue (italiano e francês), muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
SINOPSE:
“Dois jornalistas italianos, especialistas em assuntos africanos e fotógrafo de renome, passaram três meses nas zonas libertadas da Guiné-Bissau, que já abrangem dois terços do país. Viajaram com os guerrilheiros, conversaram com professores, médicos, mulheres e jovens que reconstruíram aldeias na floresta que haviam sido bombardeadas com napalme pelos portugueses, construindo juntos uma nova ordem social. A reportagem termina com uma entrevista ao dirigente Amilcar Cabral. Portugal tinha dado à Guiné a lei do trabalho forçado, 99,7% de analfabetismo: o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) deu-lhe - a par da libertação progressiva - a cartilha, a primeira de sempre em crioulo, e também a primeiro livro publicado por este partido que lidera a luta pela independência e democracia popular desde 1963.”
OS AUTORES:
“O fotojornalista ULIANO LUCAS (nascido em 1942) cresce em Milão, onde estuda nos colégios da ‘Rinascita’ e, desde muito jovem, frequenta o ambiente de artistas e intelectuais do bairro de Brera. Nas suas primeiras fotografias, o protagonista é a cidade de Milão, em particular a vida artística (de escritores, músicos, pintores) entre os anos ‘60 e ‘70. O ano de 1968 será fundamental para o fotojornalista italiano, pois emerge a importância do compromisso político que ele nunca abandonará, compromisso que se reflete nas reportagens que retratam os problemas e as realidades daqueles anos, como os protestos estudantis e operários. Os anos seguintes são marcados por reportagens sobre os movimentos de libertação: o fotógrafo parte frequentemente, por iniciativa própria, para o continente africano e os seus trabalhos são publicados em revistas alemãs e francesas, já que em Itália – com algumas exceções, como ‘L’Espresso’ ou ‘Vie Nuove’ – nenhum jornal estava particularmente interessado em publicar imagens desse tipo: fotos certamente políticas, que retratam a guerrilha, o quotidiano na floresta, a luta pela liberdade, o nascimento de novas democracias. Será exatamente neste período, e mais precisamente no verão de 1969, que Uliano Lucas, juntamente com o jornalista Bruno Crimi (1939-2006), empreende uma viagem às zonas libertadas da Guiné-Bissau. A reportagem realizada nesta experiência será publicada em diferentes jornais (salienta-se, nomeadamente, a publicação no semanário ‘Vie nuove’) e no livro, publicado em 1970, intitulado ‘GUINEA BISSAU: UNA RIVOLUZIONE AFRICANA’, pela editora ‘Vangelista’ de Milão – com textos de Bruno Crimi e fotos de Uliano Lucas.
Nesses mesmos anos e posteriormente, Uliano Lucas viajará extensivamente pelo continente africano, pela Argélia, Tunísia, Tanzânia, Congo, Moçambique, Zâmbia, Etiópia, Eritreia… acompanhando os processos de descolonização e, depois, os problemas, as realidades e as transformações destes países. Abordará também a violência em instituições psiquiátricas em Itália, denunciando a situação, bem como os problemas sociais relacionados com o fenómeno migratório no norte da Europa.
A partir da década de 1990, para além das reportagens sobre países em guerra – um caso exemplar é a reportagem durante o conflito na Jugoslávia –, o fotógrafo italiano documenta as transformações sociais na vida quotidiana e no mundo do trabalho em grandes cidades italianas como Turim, Milão e Génova e em algumas regiões em particular (como Puglia, Abruzzo e Veneto), para depois se dedicar, até hoje, às questões relacionadas com a emigração e imigração.”
Preço: 97,50€;
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