Portugal - Ultramar & Estado Novo - Uma obra sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, localizado em Cabo, na ilha de Santiago, em Chão Bom, que inicialmente serviu para encarcerar os presos políticos do regime Maia tarde, em finais dos anos sessenta, presos políticos oriundos das ex-colónias africanas
‘TARRAFAL - Memória do Campo de Concentração’
AAVV - Coordenador David Santos
Edição da Fundação Mário Soares, Museu do Neo-Realismo
e Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Lisboa 2010
Livro com capa cartonada, sobrecapa, com 156 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
O livro esmiuça em termos históricos e cronológicos o Campo de Concentração do Tarrafal, como surgiu, por ordens de quem, quais os seus objectivos, o encerramento após a II Grande Guerra e a sua reabertura em finais dos anos sessenta, destinado então a isolar e encarcerar militantes e simpatizantes dos movimentos de libertação das províncias ultramarinas portuguesas, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Guiné. Nesta obra, são inseridos documentos oficiais do regime, dos presos políticos, de organizações de resistência ao Estado Novo e ao Colonialismo e inúmeras fotografias dos detidos, das instalações e muitos outros documentos.
Da contracapa:
“A 8 de Outubro de 1935, Salazar determinou a instalação do Campo de Concentração do Tarrafal para presos políticos e sociais, instituído formalmente a 23 de Abril de 1936, pelo Decreto-Lei n. 25.539.
Seis meses depois, a 29 de Outubro de 1936, chegaram os primeiros 151 deportados, a que se virão juntar, no ano seguinte, outros 57 presos políticos.
O Campo de Concentração do Tarrafal, por onde passaram 357 deportados, na sua maioria portugueses, só deixou de funcionar como colónia penal para criminosos políticos em Janeiro de 1953, tendo nele morrido 32 anti-fascistas.
A 17 de Junho de 1961, pela Portaria n. 18.539, foi reaberto o Tarrafal, agora com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom. Em fevereiro do ano seguinte, chegam os primeiros 31 presos políticos angolanos a que, mais tarde, outros se juntarão e, em Setembro, desembarcam mais 100 nacionalistas guineenses.
Entre 1958 e 1971, são também ali encarcerados 20 presos políticos caboverdianos, sendo entretanto construídas muralhas e torres de vigia em redor do campo. No total, ali estiveram aprisionados 227 nacionalistas das ex-colónias de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, tendo 4 deles falecido.
No dia 1 de Maio de 1974, a população libertou o Campo de Concentração do Tarrafal, pondo fim a mais de 30 anos de funcionamento do Campo da Morte Lenta.“
Do ÍNDICE:
APRESENTAÇÃO
Por Mário Soares (Presidente da Fundação Mário Soares)
Evocar a memória do ‘CAMPO DA MORTE LENTA’
Por Maria da Luz Rosinha (Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira)
UMA PARCERIA PELA MEMÓRIA HISTÓRICA E POLÍTICA
Por David Santos (Coordenador do Museu do Neo-Realismo)
PALAVRAS PRÉVIAS
- Desterros do império
- Um regime fundado sobre a violência
- Resistência e ascensão do nazi-fascismo
- Foi Salazar quem mandou construir o Tarrafal
- Projectos de campos de concentração
- Tomás & Tenreiro
- Os presos do Tarrafal
- Castigos e trabalhos forçados
- O silêncio da censura
- Os carcereiros
- A morte no Campo de Concentração
- A vida no campo
- Resistência, Organizações Prisionais
- Solidariedade
- Encerramento provisório do Tarrafal
- A África levanta-se
- O ano de 1961
- Os ventos da História
- Orgulhosamente sós
- Reabre o Tarrafal
- Regulamento do Campo de Concentração
- Os presos angolanos
- Os presos guineenses
- Os presos caboverdianos
- Iguais e diferentes …
- Campo muralhado
- O dia-a-dia no Campo e a Cruz Vermelha
- Sempre o mar ou a ilusão do mar à volta
- Habeas Corpus
- Protestos e castigos
- Solidariedade
- 1.* de Maio de 1974 - A libertação
Homenagem aos companheiros mortos no Campo de Concentração do Tarrafal
Lista dos presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal
Breve roteiro de fontes para a história do Campo do Tarrafal
Bibliografia
Preço: 67,50€;
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