segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Portugal & 25 de Abril de 1974 - ‘PRISIONEIROS DE CAXIAS’, de Nuno Alves Caetano - Lisboa 2014 - Raro;





 




Portugal & 25 de Abril de 1974 - Uma obra que revela os abusos de autoridade e violação das leis, com as detenções por tempo indeterminado de inúmeros cidadãos com base em meras suspeitas e sem culpa formada, ao abrigo da abusiva ‘legalidade revolucionária’ e com base em ‘Mandatos’ assinados em branco...


‘PRISIONEIROS DE CAXIAS’
(28 de Setembro de 1974) 
De Nuno Alves Caetano 
Edição Chiado Editora 
Lisboa 2014 


Livro com 286 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


O autor, sobrinho directo do Prof. Marcelo Caetano, último primeiro-ministro do regime derrubado em 25 de Abril de 1974, foi detido e encarcerado em Caxias durante 53 dias, simplesmente por ser familiar daquele dirigente político, relata na segunda parte da obra, a sua experiência num diário em que revela os acontecimentos e o seu estado de espírito. 


Da Abertura: 
“Este livro é dedicado a todas as vítimas do PREC. 

Um abraço a todos os presos do 28 de Setembro e em particular aos meus companheiros de entrada na sala 1 - 2. Direito, Reduto Norte, Caxias: 
- Álvaro Pimenta da Gama 
- Bordalo (Major) 
- Élio Grevi Pereira 
- Fernando Bobone 
- Figueirôa Rego (Dr) 
- Joaquim Dores (Coronel) 
- José Tuñon Correia 
- Luís Filipe Moura de Oliveira 
- Manuel Boto 
- Manuel Maria Múrias 
- Walter Ventura 
e a todos quantos por lá passaram durante a minha permanência. 

Uma palavra especial de solidariedade para os refugiados do Ultramar, que ainda hoje sofrem a traição de que foram vítimas, e para todos os que foram obrigados ao exílio.“ 


Da contracapa: 
“Aos 17 anos, acusado de ser ‘sinistra personagem que assumira altas funções no regime fascista’ e ‘notório fascista’ sou preso, simulam o meu fuzilamento, levam-me para Caxias onde permaneci 53 dias. 

Tinha cometido o hediondo crime de ser sobrinho do Prof. Marcello Caetano, último Presidente do Conselho do Estado Novo. 

Como consequência a ‘comissão de estudantes’ marxista proíbe o meu ingresso na Universidade.“ 
Nuno Alves Caetano

“...Mas este ‘Mandato’ está em branco ! 
- É um ‘Mandato’ e tem que nos acompanhar - responde o oficial...
Se o cão continua a ladrar, leva um balázio!”
Cenas ocorridas durante a detenção de Artur Agostinho 

“Quando o meu pai pegou no auscultador do telefone para fazer a chamada, um dos homens fardados que estava por detrás do civil, retirou uma arma e apontou-lha. O meu pai pousou o auscultador e disse com um ar muito calmo e um sorriso.
- Sim senhor, o senhor convenceu-me e agora posso ir vestir-me?...“ 
Aquando da prisão do Dr. César Moreira Baptista (ex-Ministro do Interior) 

“...Fui até ao meu quarto vestir-me (sempre devidamente escoltado) e enquanto o fazia, um dos soldados encostou a G3 à parede, tendo esta resvalado e caído no chão. Voltei-me para ele e disse: 
- Tenha cuidado que isso pode disparar-se e ainda mata alguém.
Responde o energúmeno.
- Se matar alguém, não tem importância...”
Episódio ocorrido durante a prisão de D. Diogo Passanha 

“- Desde quando ē que um capitão e um alferes vêm prender um general?
Responde o capitão: 
- Desde que existe a ‘legalidade revolucionária’!...”
No momento da prisão do general Kaúlza de Arriaga 


O AUTOR: 
“NUNO ALVES CAETANO nasceu em Lisboa no mês de Dezembro de 1956. 

‘Ressuscitou’ no Funchal em Abril de 1957 em consequência de uma bronquite contraída em Porto Santo que o colocou às ‘portas da morte’. 

Formado em gestão, tem exercido cargos de Direcção e Administração em várias empresas, sendo actualmente Director Geral de uma empresa do ramo imobiliário.

É co-autor do mais famoso livro de cozinha editado em Portugal, ‘O LIVRO DE PANTAGRUEL’, sendo neto da sua fundadora, Bertha Rosa-Limpo. 

É igualmente co-autor do livro ‘PANTAGRUEL DE GARFO E FACA À VOLTA DO MUNDO’, editado em 2012 com sua mãe, Maria Manuela Caetano, e sua irmã Maria João Caetano. 

É autor de ‘artigos de opinião’ publicados em jornais como ‘O DIA’, ‘Independente’, ‘EXPRESSO’, ‘Diário de Notícias’ e ‘O Diabo’, entre outros.

Foi vencedor de um prémio de poesia em 1969, ganho num concurso realizado pelo Liceu Nacional Padre António Vieira. 

É pai de dois filhos (Inês e Nuno) e avô de uma neta (Beatriz).“ 



Do ÍNDICE: 

Nota do Autor 
Dedicatória 
PREFÁCIO - ‘Um certo Setembro’ 
Por Nuno Rogeiro 


PARTE I 
DEPOIMENTOS: 
- Álvaro Pimenta da Gama 
- Artur Agostinho 
- César Moreira Baptista 
- Dom Diogo Passanha 
- Fernando Andresen Guimarães 
- Francisco Hipólito Raposo (Quito) 
- João Aragão Teixeira 
- Júlio Cayolla Bnneville 
- Kaúlza de Arriaga (general) 
- Luís Cordovil 
- Manuel Maris Múrias 

PARTE II 

Capítulo I 
Capítulo II 
Capítulo III 


Post-Scriptum 
Apêndice 
Anexos 
Documentos 
Imagens 
Notas 


Preço: 37,50€; 

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