sexta-feira, 30 de julho de 2021

Ultramar - Moçambique & Literatura - ‘ZAMBEZIANA - Cenas da vida colonial’, de Emílio de San Bruno - Maputo 1999 - Muito Raro;





Ultramar - Moçambique & Literatura - Uma obra originalmente editada em 1927 e das mais significativas da literatura colonial portuguesa 


‘ZAMBEZIANA - Cenas da vida colonial’ 
De Emílio de San Bruno 
Introdução histórica de José Capela 
Comentário crítico de Fátima Mendonça 
Edição Arquivo Histórico de Moçambique 
Maputo 1999 


Livro com 308 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


O AUTOR: 
“EMÍLIO DE SAN BRUNO 
Filipe Emílio de Paiva nasceu na freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, a 6 de Outubro de 1871. Assentou praça na Marinha a 5 de Novembro de 1888. 

Segundo tenente. 27 de Dezembro de 1893, primeiro tenente em 28 de Março de 1901 e capitão-tenente a 23 de Março de 1915. Destacado para a Divisão Naval do Índico embarcou a 29 de Novembro de 1899 no transporte ‘África’ para Moçambique onde chegou a 11 de Janeiro do ano seguinte. De Lourenço Marques seguiu para a Esquadrilha do Zambeze em 27 de Outubro de 1900. Na ‘ZAMBEZIANA’ estão as impressões que a Beira e o Chinde deixaram ao autor na sua viagem a caminho de Quelimane. Apresentou-se como guia da esquadrilha do Zambeze na canhoeira ‘Rio Lima’. Da ‘Rio Lima’ foi destacado para o navio depósito ‘Índia’, em tratamento, a 28 de Outubro de 1900, e aí ficou até 7 de Novembro, data em que regressou à ‘Rio Lima’. 

Partiu para Lisboa em 3 de Março do ano seguinte. Faleceu a 8 de Junho de 1954. 

Com o pseudónimo de Emílio de San Bruno, além de ‘ZAMBEZIANA’, publicou ‘GADIR E MAURITÂNIA’, ‘A VELHA MAGRA DA ILHA DE LUANDA’ e ‘O CASO DA RUA VA-LONG, N. 7’, em Macau.“ 


EMÍLIO DE SAN BRUNO - Obras do autor:
1. - 'ZAMBEZIANA - Cenas da vida colonial' (Moçambique) Lisboa 1927; 
Esta obra venceu o 2. Prémio do Concurso Literário da Agência Geral das Colónias de 1927;
2. - 'O CASO DA RUA VOLONG' (Macau) Lisboa 1928; 
3. - 'A VELHA MAGRA DA ILHA DE LUANDA - Cenas da vida colonial' (Angola) Lisboa 1929; 
4. - 'GADIR E MAURITÂNIA' (Norte de África) Lisboa 1930; 
5. - 'ISABEL CÁ-NHÓ-BÁ' (Cabo Verde) Lisboa 1932 



Do ÍNDICE: 

INTRODUÇÃO HISTÓRICA 
De José Capela 

‘ZAMBEZIANA’ OU O DISCURSO EXÓTICO A VÁRIAS VOZES: COMENTÁRIO CRÍTICO 
Por Fátima Mendonça 


ZABEZIANA - CENAS DA VIDA COLONIAL 

PRÓLOGO 

Capítulo I 
Capítulo II 
Capítulo III 
Capítulo IV 
Capítulo V 
Capítulo VI 
Capítulo VII 
Capítulo VIII 
Capítulo IX 
Capítulo X 
Capítulo XI 
Capítulo XII 
Capítulo XIII 
Capítulo XIV 
Capítulo XV 
Capítulo XVI 
Capítulo XVII 
Capítulo XVIII 
Capítulo XIX 
Capítulo XX 
Capítulo XXI 
Capítulo XXII 


Preço: 77,50€; 

Portugal - Estado Novo & Ultramar - ‘MARCELO CAETANO - O Homem que perdeu a fé’, de Manuela Goucha Soares - Lisboa 2009 - Raro;






 

 




Portugal - Estado Novo & Ultramar - Uma biografia pormenorizada com informações importantes e inéditas par melhor conhecer Marcelo Caetano, sucessor de Oliveira Salazar na condução do país nos seus últimos anos de vigência 


‘MARCELO CAETANO - O Homem que perdeu a fé’ 
De Manuela Goucha Soares 
Edição Esfera dos Livros 
Lisboa 2009 


Livro de capas duras e sobrecapa, com 294 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro. 


Da contracapa: 
“Quando António de Oliveira Salazar caiu da cadeira, Marcelo Caetano, há muito apontado como o delfim do regime, não hesitou. Chegara a sua hora de assumir o cargo de presidente do Conselho, e sair definitivamente da sombra de Salazar, um homem de quem muita vezes discordara. Ao longo de três décadas, Salazar afastara-o repetidamente do caminho do poder, mas, apesar disso Marcelo nunca o confrontou nem tentou derrubá-lo. 

Marcelo Caetano era um homem em tudo diferente de Salazar. Gostava de conhecer o mundo e as pessoas e houve quem, durante algum tempo, respirasse a sua ‘Primavera’, na esperança de que novos ventos soprassem em Portugal. Mas era tarde de mais. A 25 de Abril de 1974, o sonho do último presidente do Conselho caiu por terra. 

A jornalista Manuela Goucha Soares, numa investigação cuidada, com base em documentos, fotografias e depoimentos nunca antes tornados públicos, traça um retrato único desta figura fundamental da segunda metade do século XX português. Um homem recheado de tensões e contradições. Desde as suas origens modestas, católicas e monárquicas, passando pela sua brilhante carreira académica, onde ficou conhecido como o ‘pai’ do Direito Administrativo português, até à sua família e ao amor incondicional pela mulher, Teresa, doente de foro psiquiátrico que se tornou numa autêntica cobaia nas mãos dos médico e que Marcelo acompanhou até aos últimos dias de vida. 

Aos 67 anos, Marcelo Caetano partiu para o Brasil, o seu destino de exílio. Morreu aos 74, no Rio de Janeiro, agnóstico e desiludido com a vida e com o país que deixará do outro lado do Atlântico. Era um homem que tinha perdido definitivamente a fé.“ 


A AUTORA: 
“MANUELA GOUCHA SOARES é autora da ‘FOTOBIOGRAFIA DE RAMALHO EANES’ e do livro ‘PRIMEIRAS-DAMAS DO PÓS 25 DE ABRIL’, ambos editados pelo Museu da Presidência da República.

Jornalista do ‘EXPRESSO’ desde 1988, licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, frequentou um curso intensivo na Graduate School of Journalism da Columbia University, em Nova Iorque, com uma bolsa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. 

Entre Dezembro de 2000 e Janeiro de 2003, foi assessora de imprensa do Ministro da Administração Interna e, depois, da Presidência Portuguesa da OSCE. 

Em 1985 publicou o seu primeiro livro para crianças, ‘A AVESTRUZ COM RODAS’, a que se seguiram ‘SEGREDOS DO DINHEIRO DE PAPEL’ e ‘HISTÓRIAS E SEGREDOS DO EXPRESSO’.“




Do ÍNDICE: 

INTRODUÇÃO 

I - Mudar de vida aos 67 anos 
II - Filho da Monarquia, genro da república 
III - Jornalista na juventude 
IV - O encontro com Salazar 
V - Viagens com roteiro ideológico 
VI - Finalmente, ministro das colónias 
VII - O MUD juvenil na própria casa 
VIII - Revolução a preto e branco 
IX - Magnífico professor 
X - O drama de Teresa 
XI - Primavera marcelista 
XII - O Brasil que acolheu Mercelo 

EPÍLOGO 
ANEXOS - Depoimentos 
- Depoimento de Jorge Sampaio 
- Depoimento de Rui Patrício 
Notas 
Bibliografia 


Preço: 37,50€; 

África & Política - ‘CABO VERDE - GUINÉ-BISSAU, da democracia revolucionária à democracia liberal’, de Fafali Koudawo - Bissau 2001 - MUITO RARO;






África & Política - Os processos de transição dos regimes ditatoriais de cariz marxista em Cabo Verde e na Guiné, para as democracias pluralistas 


‘CABO VERDE - GUINÉ-BISSAU, da democracia revolucionária à democracia liberal’ 
De Fafali Koudawo 
Edição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa 
Bissau 2001 


Livro com 232 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização.
MUITO RARO.


Da contracapa: 
“A 13 de Janeiro de 1991 o PAICV, no poder desde 1975, organizava as primeiras eleições legislativas pluralistas em Cabo Verde e perdia-as. Em 3 de Julho de 1994 o PAIGC, no poder desde 1974, submeteu-se, por sua vez às primeiras eleições pluralistas não Guiné-Bissau e obteve uma maioria absoluta no parlamento. Dois percursos de liberalização política, dois desfechos radicalmente diferentes, analisados no presente livro mediante uma dupla abordagem diacrónica e temática que sustenta um minucioso estudo comparativo da passagem da democracia revolucionária à democracia liberal nestes dois países ligadas entre si tanto quanto o podem ser dois gémeos autênticos, mas verdadeiramente dissemelhantes como podem ser dois falsos gémeos. 

Com um erudito e elucidativo Prefácio de Jorge Carlos Fonseca, protagonista e testemunha da evolução política em Cabo Verde desde os primórdios da independência.“ 


O AUTOR: 
“Doutorado em Ciências Política pelo Institut De Haute Etudes Internationales de Genève, Fafali Koudawo é actualmente director de pesquisa no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) de Bissau, e publicou nomeadamente: ‘LA FORMATION DES CADRES AFRICAINS EN EUROPE DE L’EST DEPUIS 1918’ (Paris, 1992): ‘ELEIÇÕES E LIÇÕES’ (Bissau, 1994): ‘PLURALISMO POLÍTICO NA GUINÉ-BISSAU: UMA TRANSIÇÃO EM CURSO’ (Coordenação, Bissau, 1996).“ 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 
Por Jorge Carlos Fonseca (Praia, 2001) 
Notas 

OS CONTEXTOS DO TEXTO 

INTRODUÇÃO 
I. CABO VERDE: A ABERTURA COMO FIM DO MONOLITISMO 
Um processo curto e denso 
Motivos e características da abertura política 
- A necessidade de um ajustamento político 
- A confiança e o balanço 
- A antecipação e as suas duas fases: o pragmatismo e o maquiavelismo 
As causas de uma alternância histórica 
- O desgaste do poder 
- As contradições internas 
- O ‘libertador’ mal integrado 
- O papel da Igreja Católica 
- O paradoxo de Tocqueville 
- Desconhecimento, ingenuidade e lealdade 
II. GUINÉ-BISSAU: O PAÍS DA DUPLA TRANSIÇÃO 
Nas origens da primeira transição política 
As etapas da primeira transição 
Nas origens da segunda transição política 
- Uma violência de raízes múltiplas 
- Uma crise nacional de dimensões regionais 
- Legalidade republicana versus legitimidade popular 
- A redistribuição de cartas de Maio de 1999: a segunda transição 
III. TEMPO E TRAÇOS GERAIS DAS TRANSIÇÕES CABO-VERDIANA E GUINEENSE 
Um processo inédito 
Liberalizações imbricadas 
Dois tempos e dois contextos de transição 
Duas atitudes, dois resultados 
A semelhança das formas 
O subjectivo e o imponderável 
Apostas institucionais, jogos pessoais e violência colectiva 
Fuga em frente e olhares sobre o passado
O papel dos emigrantes 
A influência da Igreja Católica 
Militares e civis face ao poder político 

EPÍLOGO 
Bibliografia 


Preço: 37,50€; 

Portugal & Combatentes - ‘MONUMENTO AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR (1961-1974)’, de General Altino Magalhães - Lisboa 2007 - RARO;











Portugal & Combatentes - Resenha histórica das razões e forma como surgiu a ideia e a construção do Monumento aos Combatentes do Ultramar localizado em Belém, no Forte do Bom Sucesso 


‘MONUMENTO AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR (1961-1974)’ 
De General Altino Magalhães 
Edição Europress L.da 
Lisboa 2007 


Livro com 128 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


O AUTOR: 
“ALTINO DE MAGALHÃES nasceu em Ribabouga, Carrazeda de Ansiães, em 8 de Maio de 1922; assentou praça em 12 de Agosto de 1940; fez o Curso de Infantaria da Escola do Exército; foi promovido ao posto de General em 26 de Agosto de 1978. 

Do seu curriculum podem ser retirados os seguintes eventos: 
- Como oficial subalterno prestou serviço nos Açores e em Angola incorporado em batalhões operacionais da sua Arma; 
- No posto de capitão serviu em Macau, como Adjunto do Comando de um Batalhão destacado de Angola; 
- Fez os Cursos Geral e Complementar de Estado-Maior e participou nas manobras da 3.a Divisão (NATO) como oficial de operações de um dos 3 regimentos de infantaria; 
- Como oficial superior foi professor do IAEM; 
- Comandante do Batalhão de Infantaria da Madeira; 
- Adido Militar Naval e Aeronáutico junto da nossa embaixada no Brasil; 
- Chefe do Estado-Maior da Região Militar de Angola; 
- Promovido a General comandou o sector Militar do Uíge, acumulando estas funções com as de governador do distrito do mesmo nome; 
- Depois do 25 de Abril foi nomeado Comandante Militar de Angola, com acumulação das funções de Adjunto do Comando-Chefe e de membro da Junta Governativa de Angola; 
- Nomeado Comandante-Chefe dos Açores, veio também a acumular estas funções com as de Presidente d Junta Regional dos Açores antecessora do actual governo Regional; 
- Regressado a Lisboa foi Director Geral de Instrução do Exército e, depois, Vice-Chefe do EME, Vice-Chefe do EMGFA e Director do Instituto de Defesa Nacional. 

Na situação de Reserva foi Presidente da Liga dos Combatentes e da Comissão Executiva do Monumento aos Combatentes do Ultramar.“ 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 


I - INTRODUÇÃO 
- Razões da construção do Monumento 

II - ORGANIZAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DO MONUMENTO 
- Acções preliminares 
- Comissão Executiva do Monumento 
- Comissão Técnica 
- Comissão de Honra 

III - TIPIFICAÇÃO DO MONUMENTO 

IV - LOCAL DE CONSTRUÇÃO DO MONUMENTO 

V - ELABORAÇÃO DO PROJECTO 
- Activação da Comissão Técnica 
- Regulamentação do Concurso Público 
- Realização do Concurso 

VI - EXPOSIÇÃO DE MAQUETES 

VII - CONSTRUÇÃO DO MONUMENTO 
- Concurso Público para a Construção 
- Realização dos trabalhos 

VIII - MEIOS FINANCEIROS 
- Origens das receitas 
- Receitas recebidas 
- Despesas 

IX - INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO 
- Planeamento da cerimónia 
- Realização da inauguração 
- Discursos proferidos na Cerimónia 
- Outras considerações 

X - NOTAS FINAIS 
- Placas com os nomes dos Mortos 
- Extinção da Comissão Executiva do Monumento 
- Consideração Final 

DIAGRAMA 
ADENDA - Placas com os nomes dos mortos 
ANEXOS 
A - Museu do Combatente 
B - Contributos Financeiros 
C - Discursos de Inauguração 
FOTOGRAFIAS 


Preço: 32,50€; 

Angola & Guerra do Ultramar - ‘A ARMA’, de Alexandre Marta - Lisboa 1999 - Muito Raro;






Angola & Guerra do Ultramar - A experiência de um militar dos comandos no conflito militar nesta antiga província ultramarina portuguesa 


‘A ARMA’ 
De Alexandre Marta 
Roma Editora 
Lisboa 1999 


Livro com 128 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


O AUTOR: 
“ALEXANDRE MARTA MONTEIRO PINHEIRO nasceu a 8 de Agosto de 1950 em Miuzela, Almeida.

Fez uma comissão em Angola, como Alferes miliciano (1971-1973), servindo na 33.a Companhia de Comandos. É capitão do exército na situação de reforma. 

Licenciou-se em Educação Física pelo Instituto Superior de Educação Física de Lisboa. Foi professor no Instituto Militar dos Pupilos do Exército (1978-1983).

É professor no Colégio Campo de Flores (Almada) desde 1985.“ 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
PREFÁCIO 
Por A. Neves (Major ‘CMD’) 

- Vazio 
- Despedida 
- Metamorfose 
- A partida 
- África 
- E agora? 
- Pesadelo 
- A dor 
- A dúvida 
- A raiva 
- A indiferença 
- A amante 
- O prazer 
- O desafio do silêncio / Esquecer 
- A arma 


Preço: 17,50€; 

Política Internacional - ‘AMBUSH - The war between the SAS and the IRA’, by James Adams - London 1988 - Raro;






Política Internacional - O conflito militar sangrento na Irlanda do Norte que durou décadas 


‘AMBUSH - The war between the SAS and the IRA’ 
By James Adams, Robin Morgan & Anthony Bambridge 
Edition Pan Books 
London 1988 


Livro com 200 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro. 



CONTENTS: 

PREFACE 


PART ONE 
Chapter 1 - ‘Matters will be resolved...’ 
Chapter 2 - The sixty-niners 
Chapter 3 - Deployment 
Chapter 4 - The Regiment 
Chapter 5 - Early days 
Chapter 6 - Mavericks 

PART TWO 
Chapter 7 - Loughgall 
Chapter 8 - Stopping the rot 
Chapter 9 - Revenge 
Chapter 10 - Gibraltar 
Chapter 11 - Fall-out 
Chapter 12 - The way ahead 

APPENDICES 
Index 


Preço: 15,00€; 

Descolonização & Poesia - ‘TIMOR-POVO-TIMOR’, de António Oliveira Cruz - Lisboa 1997;





Descolonização & Poesia - A poesia da solidariedade para com o povo timorense e as suas angústias da trágica invasão Indonésia 


‘TIMOR-POVO-TIMOR’ 
De António Oliveira Cruz 
Edição Instituto Piaget 
Lisboa 1997 


Livro com 44 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 



Do ÍNDICE: 

I - Dedicatória 

II - De Díli ao Tejo 
- A voz de um povo 
- Quando a vida sente 
- De Díli ao Tejo 

III - Timor-Povo 
- Erga-se um rosto 
- Vias várias 
- Timor-Povo 
- A cavalo louco 
- Gusmão e Xanana 

IV - Seguir sempre em frente 
- Deixar-se nunca 
- Agarrar-se aos pés 
- Seguir sempre em frente 
- O futuro soa 
- Ser História 


Preço: 22,50€; 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Guerra do Ultramar & Moçambique - ‘IRMÃOS DE ARMAS’, de António Brito - Lisboa 2016 - Raro;






Guerra do Ultramar & Moçambique - A guerra transformou-os em matilha de caçadores, ninguém os treinou para viver em paz.....


‘IRMÃOS DE ARMAS’ 
De António Brito 
Edição Clube do autor
Lisboa 2016 


Livro com 388 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização.
Raro.


Sinopse: 
“Um grupo de rapazes de origens humildes, com vidas duras durante a infância e a juventude, alistam-se nos pára-quedistas durante a guerra do Ultramar. São mobilizados para Moçambique e, mais tarde, selecionados e enviados para o DONDO, perto da Beira, onde se organizaram para um tipo de guerra não convencional. Formam um grupo com aptidões especiais, capaz de viver no meio do inimigo, persegui-lo e destruí-lo onde ele se encontrar. Esse grupo, tem o nome de código Rolling Stones e durante meses actua em todo o norte e oeste de Moçambique, dentro e fora de fronteiras. Realizam acções de enorme violência que os transfiguram para sempre. O narrador da história é um dos rapazes, o protagonista, Alex Baldaia, a quem chamavam Príncipe por ler Maquiavel. 

Quando são desmobilizados e largados no mundo, estes rapazes sentem-se perdidos sem o poder das armas que os fez crescer, incapazes de organizar a sua vida num contexto de paz. Apenas as mulheres da sua vida permanecem ligadas a eles por laços de afecto e amor.“ 


Da contracapa: 
ESTA É A HISTÓRIA DOS ROLLING STONES, TREINADOS E ARMADOS PARA O COMBATE NA DLORESTA, ‘IRMÃOS DE ARMAS’, SOBREVIVERAM A MORTES E DESVARIOS. QUANDO OS DESMOBILIZARAM, LARGÁRAMO-NOS NO MUNDO, INCAPAZES DE SOBREVIVER SEM GUERRA. SÓ AS MULHERES DA SUA VIDA OS AMPARARAM NA ADVERSIDADE. 

TUDO COMEÇOU NO DONDO, MOÇAMBIQUE, EM SETEMBRO DE 1970. 

“Chamo-me Alex, Alex Baldaia, e comandei os Rolling Stones até à desmobilização. Decorreram décadas desde que passei o Bojador e na Guiné me alcunharam de Príncipe - o meu nome de guerra. Desconheço porque me deram esse nome. 
Talvez por me verem transportar na mochila com as rações de combate, o livro de Nicolau Maquiavel - sardinhas em tomate, feijão enlatado e intriga política - uma mistura explosiva a sacolejar nas costas. (...) 
Talvez porque em certas noites no acampamento, sob as estrelas, eu recordava aos soldados do pelotão as palavras de Florentino: 
‘A história é uma obra dos homens e não um conjunto de abstrações.’ 
E naquela época nós andávamos a fazer história. Oh, se andávamos!” 

“Uma história friccionada mas assente em vivências reais, minhas e de pessoas que conheci e com quem convivi, adornada por factos históricos mais ou menos conhecidos.“ 


O AUTOR: 
“ANTÓNIO BRITO nasceu entre as serras do Açor e do Caramulo, no concelho de Tábua, distrito de Coimbra. 

Aos dezoito anos, alistou-se na Força Aérea, nas Tropas Pára-quedistas. Mobilizado para a guerra em Moçambique, participou em algumas das mais importantes operações militares da Guerra Colonial. Com dezanove anos combatia em locais tão remotos como as florestas da serra Mapé, os pântanos do rio Rovuma, o planalto dos Macondes e o vale do rio Messalo. Em Moçambique, escreveu para jornais histórias de homens e de guerra. Depois da desmobilização licenciou-se em Direito, na Universidade Clássica. Durante anos foi director de empresas multinacionais, formador e consultor, até se estrear na ficção. 

Em 2007, publicou o romance ‘OLHOS DE CAÇADOR’, seguiu-se, em 2009, o romance ‘O CÉU NÃO PODE ESPERAR’. É também autor dos dois primeiros livros da série ‘SAGAL’: - ‘UM HERÓI FEITO EM ÁFRICA’ e ‘O PROFETA DO FIM’, ambos editados em 2012. 

‘IRMÃOS DE ARMAS’ comprova a sua extraordinária mestria narrativa e a sua arte de nos envolver numa trama que combina factos da história de Portugal com elementos romanescos.



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 

I - Heróis, diabos é loucos 
II - Sorvia a harmónica e o púcaro de aguardente 
III - Sobrevivia com penúrias e roupa amarrotada 
IV - Na alcofa da sopa levava a panela amolgada 
V - Tinha encontro com o destino e não sabia 
VI - Peregrino dos Rolling Stones 

Epílogo 


Preço: 32,50€; 

Ultramar & Colonialismo - ‘AS CAMPANHAS COLONIAIS DE PORTUGAL (1844-1941)’, de René Pélissier - Lisboa 2006 - Raro;








Ultramar & Colonialismo - Uma obra de grande profundidade sobre a consolidação do império colonial português, da autoria do estrangeiro que melhor conhece a história nacional nesta temática 


‘AS CAMPANHAS COLONIAIS DE PORTUGAL (1844-1941)’ 
De René Pélissier 
Editorial Estampa 
Lisboa 2006 


Livro com 448 páginas e ilustrado com mapas, em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


Da contracapa: 
“O Prof. RENÉ PÉLISSIER é um especialista na História Colonial de Portugal recente. Esta obra, escrita num estilo vivo, é fruto de quarenta anos de investigação e trabalho nessa área. 

Pela primeira vez, este livro revela a história global da conquista do enorme império colonial que Portugal  chegou a construir em África, na Índia e na Insulindia, a partir de 1844. Marcada por guerras quase permanentes no início do século XX, esta conquista durou até 1941. No seu apogeu, a extensão do império português foi proporcionalmente igual à do império francês. Como é que, sem dinheiro nem emigrantes numerosos, mas por meio de armas, este pequeno e pobre reino, que as grandes potências queriam desapossar, foi capaz de conseguir uma tal empresa? É o que nos conta está obra minuciosamente documentada. 

Assim que parte para a sua corrida imperial, o país regista logo de início uma série de humilhações militares... até ao dia em que a metralhadora se romena sua aliada indispensável e omnipresente. Em 1910 realizou já o essencial das suas conquistas. Se, em Moçambique, a guerra de 1914-1918 se transforma em pesadelo para Portugal, ela também lhe permite vencer em Angola uma batalha gigantesca. 

Abundante em informações, este livro magistral esclarece toda uma vertente de História quase desconhecida, cujas consequências não cessam de se repercutir no nosso mundo contemporâneo.“ 


OBRAS DO AUTOR:
01. - 'Los territorios españoles de Africa', Instituto de Estudios Africanos. Madrid, 1964;
02. - 'Études hispano-guinéennes', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1969;
03. - 'Les Guerres grises. Résistances et révoltes en Angola (1845-1941)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1978;
04. - 'Le Naufrage des caravelles. Études sur la fin de l'empire portugais (1961-1975)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1979;
05. - 'La colonie du Minotaure. Nationalismes et révoltes en Angola (1926-1961)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1979;
06. - 'Du Sahara à Timor. 700 livres analysés (1980-1990) sur l'Afrique et l'Insulinde ex-ibériques', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1991;
07. - 'Explorar. Voyages en Angola et autres lieux incertains', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1979;
08. - 'Africana. Bibliographies sur l'Afrique luso-hispanophone (1800-1980)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1981;
09. - 'Naissance du Mozambique. Résistances et révoltes anticoloniales (1854-1918)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1984;
10. - Participation à la rédaction du livre 'L'Afrique sous domination coloniale 1880-1935', volume 7 de 'L'histoire générale de l'Afrique', publiée par l'Unesco, édition Présence africaine, 1987;
11. - 'Don Quichotte en Afrique. Voyages à la fin de l'Empire espagnol', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1992;
12. - 'Timor en guerre. Le crocodile et les Portugais (1847-1913)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1996;
13. - 'Naissance de la Guiné. Portugais et Africains en Sénégambie (1841-1936)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 1996;
14. - 'Les campagnes coloniales du Portugal (1841-1941)', éditions Flammarion, département Pygmalion, Paris, 2004;
15. - 'Spanish Africa - Afrique Espagnole. Études sur la fin d'un Empire', éditions Pélissier, Orgeval, France 2005;
16. - 'Angola. Guinées. Mozambique. Sahara. Timor, etc. Une bibliographie internationale critique (1990-2005)', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 2006;
17. - 'Portugais et Espagnols en 'Océanie' - Deux empires: confins et contrastes', éditions Pélissier, Montamets, Orgeval (France), 2010;



Do ÍNDICE: 

INTRODUÇÃO 


1. BOLSA VAZIA E DENTES CERRADOS: O DESPERTAR DOS FIDALGOS 
- Um país fraco mas orgulhoso 
- Uma Marinha diminuída 
- Um Exército duvidoso, depois reforçado 

2. ENTRE A IMPOTÊNCIA E O RENASCIMENTO 
- Uma topografia sonhadora 
- Um Cabo Verde calcinado e uma Guiné obstinada 
- A pérola do império e a sua sombra: São Tomé e dependências 
- Um Brasil de todas as dores: Angola 
- Escalas transformadas em colónia: Moçambique 
- O relicário oriental: a Índia 
- Às portas da China: Macau 
- A rentabilização dos cortadores de cabeças: Timor 
- Precoces, precárias e amargas conquistas: uma vista de conjunto 

3. O TEMPO DAS HUMILHAÇÕES 
- Uma guerra de opereta sob o olhar dos estrangeiros: Bissau (1844) 
- As guerras comerciais no Cassange: Angola (1850-1852) 
- A fútil e dispendiosa conquista do Kongo: Angola (1855-1969?) 
- Terceira guerra no Cassange, um ‘desastre’: Angola (1861-1862)
- A vitória de um senhor contra o Napoleão do Angoche: Moçambique (1861) 
- Bonga, o obre de Massangano ou a humilhação suprema dos portugueses na Zambézia (1867-1969) 
- Uma nova derrota portuguesa entre os cortadores de cabeças: Timor (1868) 
- A vitória dos cabo-verdianos em Cachéu: Guiné (1871) 
- Revolta e independência dos Dembos: Angola (1871-1872) 
- Um defensor afro-napolitano de Portugal no Duque de Bragança: Angola (1874) 
- O ‘desastre de Bolor’: Guiné (1878) 
- Fulas e portugueses em guerra: Guiné (1881) 
- Progressão portuguesa na Guiné (1882-1884) 
- Capitalistas aliados a um senhor ambicioso: esperanças na Zambézia 
- Primeira revolta do Humbe: Sul de Angola (1885) 
- Gouveia, o senhor conquistador a oeste da Zambézia (1886) 
- Novas vitórias contra os Fulas: Guiné (1886) 
- Duas vitórias portuguesas contra os sucessores de Bonga: Zambézia (1887-1888) 
- Duas derrotas portuguesas no distrito de Moçambique e na Zambézia (1888) 
- Duas campanhas fáceis em Angola e em Timor (1889) 
- Um apocalipse imaginário: a humilhação do Ultimatum britânico (1889-1890) 
- À espera do apocalipse: vitórias abortadas na Zambézia (1889-1890) 
- O enterro do ‘sonho cor-de-Rosa’ no Bié: Angola (1890) 
- A conquista do Bié: Angola (1890) 
- A bofetada de Mucequece: Zambézia (1890) 
- Sangrento revés português: Bissau (1891) 
- Segunda revolta do Humbe e primeiro revés no Cuamato: Sul de Angola (1891) 
- Revés em Mucequece: Zambézia (1891) 
- Novo revés português no Massangano: Zambézia (1891) 
- O fim do senhor Gouveia: Zambézia (1892) 
- Êxito de algumas operações de manutenção da ordem: Guiné, Angola, Timor (1892-1893) 
- Uma enorme confusão: a terceira guerra de Bissau (1893-1894) 
- O fundo do cálice: Lourenço Marques ameaçada (1894) 

4. O TEMPO DOS CENTURIÕES 
- Suspender a decadência: uma guerra terapêutica no sul de Moçambique (1895) 
- Três vitórias portuguesas no sul de Moçambique: Marracuene, Magul, Coolela (1895) 
- Apoteose no sul de Moçambique: Chaimite (1895) 
- Na Oceânia, uma conquista que acaba mal: um massacre em Timor (1895) 
- Um motim é uma sublevação no Oriente: a Índia (1895-1896-1897) 
- A vingança de um governador implacável: Timor (1896) 
- Os centuriões recuam perante os Namarrais: norte de Moçambique (1896) 
- Derrota portuguesa na primeira guerra contra os Mandingas: Guiné (1897) 
- Regresso dos centuriões junto dos Namarrais: norte de Moçambique (1897) 
- O fim de Gaza militar: Sul de Moçambique (1897) 
- Terceira revolta do Humbe: Sul de Angola (1897-1898) 
- A conquista de Maganja da Costa: Zambézia (1898) 
- A grande campanha contra os Yaos: norte de Moçambique (1899) 
- Uma grande guerra ocultada contra Manufai: Timor (1900) 
- Em obscuros combates: Guiné (1902) 
- Contra o insuportável: o centro de Angola em guerra (1902) 
- Uma guerra para a glória no Barué: Zambézia (1902) 
- A guerra dos búfalos: Timor (1902) 
- A grande vitória dos Ovambos: Sul de Angola (1904) 
- A grande campanha da desforra contra os Ovambos: Sul de Angola (1907) 
- O início da reconquista dos Dembos: Angola (1907) 
- A guerra do fisco e o revés da quarta guerra de Bissau: Guiné (1908) 
- A conquista do Angoche: Moçambique (1910) 
- Um imperialismo regenerado e realista 

5. O TEMPO DAS LIQUIDAÇÕES 
- Endurecimento da conquista republicana 
- O fim do Cassange: Angola (1911) 
- O vermelho e o negro na Oceania ou como liquidar uma grande revolta: Timor (1912) 
- Um quarteto de vitórias portuguesas: Índia, Moçambique, Sul de Angola (1912) 
- A exterminação dos Namarrais: Moçambique (1913) 
- ‘Eu e Abdul’ ou a pacificação do Oio pelos mercenários: Guiné (1913) 
- A repressão da interminável revolta do Congo: Angola (1913-1915) 
- A pacificação em acção entre os Manjacos: Guiné (1914) 
- O arrasamento dos Balantas: Guiné (1914) 
- Naulila ou a derrocada de trinta anos  de esforços: Sul de Angola (1914) 
- A ‘libertação’ de Bissau e a ‘erradicação’ dos Papéis: Guiné (1915) 
- Môngua, o auge da conquista portuguesa: Sul de Angola (1915) 
- As revoltas continuam: Angola oriental (1916-1917) 
- O fundo do cálice, operações irrisórias: Moçambique (1916-1917) 
- A última grande revolta zanbeziana ou o triunfo dos mercenários: Moçambique (1917-1918) 
- Um Junker no inferno: Norte de Moçambique (1917-1918) 
- Uma explosão contra a exploração do Amboim-Seles e do Lobito: Angola (1916-1917) 
- Requiem pelos Dembos do Sul: Angola (1918-1919) 
- Os últimos alentos da guerra: Guiné (1919), Nordeste de Angola (1920-1926) 
- Canhambaque ou a última ilha insubmissa: Guiné (1925, 1935-1936) 
- A perseguição aos Cuvales ou a aviação contra os ladrões de bois: Sul de Angola (1940-1941) 
- Para não concluir 


ANEXOS 
Glossário 
Orientação bibliográfica 
Índice remissivo 
Índice dos mapas e créditos 


Preço: 37,50€; 

Angola & Literatura - 'NÃO ADIANTA CHORAR (Contos coloniais)', de Alfredo Bobela-Motta - Luanda 1979 - Muito raro;






Angola & Literatura - Obra literária de um escritor de ascendência portuguesa e adopção angolana, localizados nos inícios do século passado em plena colonização 


'NÃO ADIANTA CHORAR (Contos coloniais)' 
De Alfredo Bobela-Motta 
Edição UEA (União dos Escritores Angolanos) 
Luanda 1979 


Livro com 150 páginas e em bom estado de conservação. Algum desgaste nas capas. 
De muito difícil localização.
Muito raro.


Da contracapa e biografia:
"A. BOBELA-MOTTA chegou em 1924 a Angola para, durante onze anos chefiar o remoto posto da Baía dos Tigres, iniciando uma carreira administrativa que terminaria dezasseis anos depois com o seu regresso a Portugal em 1940. De Portugal, onde frequentou meios literários e progressistas e publicou o seu livro de poesia 'DESAGUISADOS' (1948), regressou a Angola em 1950, para ali se dedicar a uma imensa actividade literária e cultural, que acabou por o levar ao jornalismo profissional. Foi um dos dirigentes da Sociedade Cultural de Angola, extinta pelo Governador-Geral S. S. Marques em 1965, chefiou a redacção do 'ABC' de Machado Saldanha, fundou e dirigiu o semanário 'SUL' em Moçâmedes, e foi redactor principal de 'O COMÉRCIO' em 1971. 

Tem imensa colaboração na Rádio e em quase todos os jornais e outras publicações de Angola. Ficaram memoráveis as suas intervenções em polémicas históricas e literárias, designadamente as relativas ao livro 'ANGOLA DO MEU CORAÇÃO' de João Falcato ('ABC', 1962), ao I ENCONTRO DE ESCRITORES DE ANGOLA ('ABC', 1962) e à topónima arqueológica da Costa do Sul de Angola, que originou o seu opúsculo 'MANGAS TROCADAS' (1962).

Manifestando-se sempre profundamente antifascista e apoiando o nacionalismo angolano, depois do julgamento dos poetas angolanos António Jacinto, Luandino Vieira e António Cardoso (14 anos de Tarrafal), do primeiro dos quais foi testemunha de defesa, foi preso pela PIDE, em Luanda, e encarcerado 'punitivamente' durante cem dias, e, em 1965, depois de se ter organizado um inquérito-farsa para justificar a sua expulsão e a dos advogados Eugénio Ferreira e Antero de Abreu, de Angola (acusados de intervenções variadas na atribuição de prémios literários ao escritor Luandino Vieira) - expulsão que não se consumou por a ela se ter oposto o Conselho Económico e Social de Angola - foi forçado pela PIDE a abandonar o jornalismo profissional. 

Continuou, no entanto, a colaborar na imprensa com o pseudónimo de Luís Vilela, produzindo centenas de crónicas, algumas das quais foram coligidas num livro a que deu o título 'LETRAS DESCONTADAS', que, por estranha coincidência foi lançado no dia 25 de Abril de 1974. 

A queda do fascismo, lançou A. Bobela-Motta em intensa actividade política. Fez parte do primeiro directório do Movimento Democrático de Angola, que se fundou naquela altura. Foi o autor do Relatório daquele Movimento, publicado pela África Editora com o título 'MASSACRES DE LUANDA'.

É membro fundador da União dos Escritores de Angola." 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO - De Manuel Ferreira 
'A COISIFICAÇÃO COLECTIVA DO HOMEM NEGRO' 


NÃO ADIANTA CHORAR 
(Quissama, 1939) 
I - MUXIMA 
- Firmino Alberto 
- Zé Bento 
- Maria Paula 
II - CUANZA 
- Paola 
- Farmácias 
- Polo dia Dibulu 

O MIÚDO 
(Andulo, 1936) 

CONTRATO 
(Baía dos Tigres, 1935) 

LADRÕES DE GADO 

CONFLITOS DE JURISDIÇÃO 
(Porto Alexndre, 1929) 

HONESTIDADE 
(Gambos, 1925) 


Preço: 32,50€; 

sábado, 17 de julho de 2021

Ultramar & Estado novo - 'O BANDO DE ARGEL - RESPONSABILIDADES NA DESCOLONIZAÇÃO', de Patricia McGowan - Lisboa 1979 - MUITO RARO;





Portugal - PREC & Descolonização - As divergências na oposição e nos guerrilheiros que lutaram contra a administração colonial portuguesa nas diversas colónias africanas 


'O BANDO DE ARGEL - RESPONSABILIDADES NA DESCOLONIZAÇÃO'
De Patricia McGowan
Editorial Intervenção
Lisboa 1979


Livro com 260 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO. 


A autora, membro da oposição democrática ao regime de Salazar e Marcello Caetano, recolheu informações sobre as divergências entre a oposição portuguesa e mesmo entre os líderes dos diversos movimentos guerrilheiros de Angola e Moçambique e Guiné. 


Da contracapa: 
“Patrícia McGowan Pinheiro, co-autora, cm Peter Flyer, de ‘OLDEST ALLY: A PORTRAIT OF SALAZAR’S PORTUGAL’ (Dobson, Londres, 1961), traduzido para francês, espanhol e checo, filha de pai português e mãe britânica, participou nos movimentos de oposição ao regime desde os 17 anos de idade. Além de entrar como voluntária no exército britânico durante a segunda guerra mundial, filiou-se no Partido Comunista Inglês do qual se tornou dissidente depois da revolta da Hungria, em 1956, esmagada pelos tanques soviéticos. 

De 1962 a 1966 viveu na Argélia onde foi redactora do jornal argelino ‘RÉVOLUTION AFRICAINE’. 

Traduziu para inglês ‘QUANDO OS LOBOS UIVAM’ de Aquilino Ribeiro e ‘OS MAIAS’ de Eça de Queirós. Foi-lhe proibida a entrada em Portugal de 1961 a 1971. Cursou Direito na Universidade de Liverpool e McGill University, Montreal. 

É licenciada em Ciências de Educação e Gestão de Empresas pela Universidade de Londres. Vive em Portugal desde Julho de 1974.“ 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 
Chave de Abreviaturas 
Documentos citados 


Primeira Parte: AS ORIGENS DO BANDO 
1. - Conspiração comunista? 
2. - O complot de Marrocos 
3. - Piteira Santos inicia o seu consulado 
4. - As prepotências do bando 
5. - As dissidências começam 

Segunda Parte: DELGADO EM ARGEL 
6. - Uma suspeita legítima 
7. - Os problemas políticos de Cunhal 
8. - A chegada de Delgado 
9. - A guerra 

Terceira Parte: OS MESES DO FIM 
10. - A Frente Portuguesa 
11. - Ben Bella aposta no bando 
12. - O desaparecimento de Delgado 
13. - O bando desmascarado 
14. - As prisões dos portugueses 

Quarta Parte: UM COMENTÁRIO ESQUECIDO 
15. - A oposição portuguesa depois da morte de Delgado 

Quinta Parte: O INÍCIO DA ‘DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR’ 
Os interesses dos pró-soviéticos 
16. - Os falsos anti-colonialistas 
17. - O MPLA e a sua guerrilha de fachada 
18. - A OUA reconhece a FNLA de Holden Roberto 


Preço: €42,50; 

Angola & Guerra Civil - ‘O LEÃO VERMELHO - Memórias de um combatente’, de Pedro Arregui - Lisboa 2014 - Muito Raro;






Angola & Guerra Civil - O relato verídico de um militar cubano, voluntário à força no teatro de guerra angolano, quando o contigente de Cuba ali chegou em 1975 para ajudar o MPLA a derrotar a UNITA 


‘O LEÃO VERMELHO - Memórias de um combatente’ 
De Pedro Arregui 
Edição Cavalo de Ferro 
Lisboa 2014 


Livro com 176 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Sobre o livro: 
“Estava tudo em silêncio. Soldados caminhavam apressados de um lado para o outro. Um mapa gigante de Angola projectado num ecrã de cinema no fundo do palco prendia a nossa atenção. Depois de vários minutos sentados, fez a sua entrada o comandante-chefe Fidel Castro. A sala levantou-se ovacionando-o e aplaudindo até que nos pediu que nos sentássemos. Iniciou uma longa exposição sobre aquela que o Estado-Maior baptizou com o nome de ‘Operação Carlota’, outorgado em honra de uma escrava que se sublevou contra o colonialismo espanhol na região de Matanzas (...). Mas o esgotamento físico dos presentes, depois de tantos dias de tensão e de quase ausência de sono, começou a fazer estragos nas tropas. Por esse motivo, não me causou estranheza observar como, ao olhar em volta, boa parte dos presentes não ouvia o discurso. Estavam a dormir nos seus lugares! Talvez alguns dos adormecidos tivessem aberto nem que fosse um olho quando, quase no final da sua intervenção, o máximo líder disse: 
Esperamos desembarcar em Angola e expulsar o inimigo.“ 


Da contracapa: 
“Certa madrugada, os motores pararam. Aproximámo-nos da escotilha e conseguimos vislumbrar, à distância, as luzes de uma cidade. Não restavam dúvidas. Aquilo que estávamos a ver era Luanda. Entregáramo-nos as mochilas e os fuzis e mandaram-nos vestir os uniformes. Ao amanhecer, avistava-se a costa. No dia 27 de Novembro, o navio ‘Vietname Heróico’ atracava no cais. (...).” 


“Em finais de 1975, Fidel Castro decide intervir em larga escala na guerra civil que alastra em Angola e ordena o envio maciço de tropas cubanas para esse país de África, naquela que designou como ‘Operação Carlota’. Em Novembro desse ano, desembarca em Luanda o primeiro regimento cubano de artilharia, formado por militares reservistas.

Este livro, intenso e raro testemunho pessoal, relata em primeira mão a crónica dos primeiros anos dessa intervenção militar, que se prolongou no tempo, envolvendo não apenas soldados, mas engenheiros, médicos e professores.“ 


O AUTOR: 
“PEDRO AREGUI nasceu em 1948 em Nueva Gerona, ilha da juventude, Cuba, onde transcorreu a sua adolescência. Mecânico de profissão, integrou o primeiro contigente militar cubano que participou na guerra civil de Angola, operação militar desse país caribenho em África que ficou conhecida pelo nome de ‘Operação Carlota’.

Vive actualmente em Espanha, dedicando-se à escrita.“ 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
Nota do autor 
PRÓLOGO 

PREPARAÇÃO E CHEGADA A ÁFRICA 

II 
FRENTE SUL: OS CADÁVERES INSEPULTOS 

III 
FRENTE LESTE: TERRA DE FOME E DE MORTE 

IV 
REGRESSO INFERNAL E CHEGADA TRIUNFAL 


Preço: 52,50€;

Angola & Descolonização - ‘O PAÍS FANTASMA’, de Vasco Luís Curado - Lisboa 2015;





Portugal - Ultramar & Descolonização - A odisseia de duas famílias em Angola entre os massacres de 1961 e a ponte aérea de 1975 


‘O PAÍS FANTASMA’ 
De Vasco Luís Curado 
Edição Dom Quixote 
Lisboa 2015 


Livro com 502 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 


Da contracapa: 
“O PAÍS FANTASMA 
O alferes Capelo está a cumprir o serviço militar em Angola quando se dá o massacre de centenas de brancos em povoações isoladas do Norte; é por isso chamado a participar na primeira resposta militar contra os rebeldes e acaba por fazer duas comissões na Guerra Colonial e já não regressar à metrópole, casando-se e tornando-se proprietário de plantações de Café. Na mesma altura, Mateus, funcionário público e amante da poesia e do xadrez, é iniciado em Moçâmedes nas relações de poder entre colonos e colonizados, assistindo à prisão e tortura de rebeldes e guerrilheiros; manda vir a família e instala-se na Gabela, cruzando-se com Capelo, já desmobilizado, ambos desconhecendo que assistem aos últimos estertores do Império. Na verdade, o 25 de Abril muda tudo: o Governo de Lisboa prepara a independência das colónias e, na Gabela, as atenções dividem-se entre o MPLA e a FNLA, a que pertence a filha mais velha de Mateus, que namora uma rapaz oportunista que se faz passar por herói da independência. 

Quando rebenta a guerra civil, a população branca aflui aos portos e aeroportos e aproveita-se o caos para fazer ajustes de contas pessoais. Mateus e a família são agora refugiados que aguardam embarque na maior ponte aérea civil alguma vez realizada entre dois continentes e chegam a Lisboa com milhares de outros desalojados em pleno PREC. 


‘O PAÍS FANTASMA’ é um romance sobre o fim do período colonial, com descrições impressionantes da violência recíproca que moldou Angola antes, durante e depois da guerra, é o relato de como muitas famílias testemunharam, da pior maneira, o fim de um ciclo que durou mais de quinhentos anos.“ 


O AUTOR: 
“VASCO LUÍS CURADO nasceu em 1971. 
Publicou um livro de contos, ‘A CASA DA LOUCURA’, a Novela ‘O SENHOR AMBÍGUO’ e os romances ‘A VIDA VERDADEIRA’ e ‘GARE DO ORIENTE’, este último finalista do Prémio Leya. 

Psicólogo clínico de formação, pelo ISPA, publicou uma tese de mestrado na área da psicopatologia,
intitulada, ‘SONHO, DELÍRIO E LINGUAGEM’.“ 



Do ÍNDICE: 

Luanda e Uíge, 1961 
Moçâmedes, 1956-1961 
Uíge, 1961-1964 
Gabela, 1964-1974 
Gabela e Luanda, 1975 
Malange, 1975 
Nova Lisboa, 1975 
Lisboa, 1975 

EPÍLOGO 


Preço: 17,50€; 

Portugal & Estado Novo - ‘OS SINDICATOS E O SALAZARISMO’, de José Pedro Castanheira - Lisboa 1983 - Muito Raro;





Portugal & Estado Novo - A história do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas entre 1910 e 1969 


‘OS SINDICATOS E O SALAZARISMO’ 
De José Pedro Castanheira 
Edição Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas 
Lisboa 1983 


Livro com 442 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Da contracapa: 
“O essencial da história do sindicalismo português no último meio século passa pela classe bancária, e designadamente pelo Sindicato do Sul e Ilhas. Este livro prova-o, de forma irrefutável, no que respeita ao período salazarista. 

Primeiro sindicato corporativo a ser constituído no continente, em 14 de Dezembro de 1933, o Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do distrito de Lisboa é um organismo de vanguarda do Estado Novo. Líder indiscutível do sindicalismo corporativo, ocupa um lugar de relevo dentro do próprio regime. 

A sua história é paralela ao percurso político do fascismo: a implantação do corporativismo, repressão do movimento operário, a guerra civil de Espanha, a segunda guerra mundial, a esperança de uma ruptura democrática, a decadência dos anos 50, a guerra colonial, o aumento da contestação, o advento do marcelismo. 

Na classe bancária, a era corporativa coincide com a longa passagem de Salazar pelo poder: nasce com a ascensão do ditador à presidência do Conselho, e morre com a fatídica ‘queda da cadeira’. A história do sindicato acaba, assim, por ser a narração, feita de um ângulo muito especial (até agora inédito), do salazarismo. 

Quando Marcelo Caetano sobe ao poder, já os bancários romperam com o corporativismo e se preparam para ocupar, de novo um lugar de vanguarda - desta feita, porém, na luta contra o próprio regime. 

O autor do trabalho é o jornalista José Pedro Castanheira. Com 31 anos de idade, é redactor do semanário ‘O JORNAL’ e tem-se especializado na informação sobre a área laboral e sindical. 

A Edição é do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e insere-se nas comemorações do cinquentenário do Sindicato e dos 72 anos do associativismo bancário.“ 



Do ÍNDICE: 

Apresentação 
INTRODUÇÃO 
- Uma forma especial de viver o salazarismo 

DA REVOLUÇÃO DE 5 DE OUTUBRO AO ESTATUTO DO TRABALHO NACIONAL 
(1910-1933) 

VIDA E MORTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS EMPREGADOS BANCÁRIOS 

OS PRIMEIROS PASSOS DO SINDICATO NACIONAL DOS EMPREGADOS BANCÁRIOS DO DISTRITO DE LISBOA 

A GERÊNCIA DE JAYME FERREIRA (1934-1939) 
O corporativismo de raiz fascista 
- Um presidente que encarna o sindicato 
- Vanguarda do Estado Novo 
- Da rua Augusta à rua da Palma 
- Soldado de um regimento chefiado por Salazar 
- CCT: o sonho transforma-se em pesadelo 
- Vítima de si próprio e da democracia 
PERÍODO DE PEREIRA FERRAZ (1939-1951) 
O corporativismo de inspiração católica 
- Líder incontestado de uma equipa homogénea 
- O arrumar da casa 
- Casa do bancário: um projecto de longo prazo 
- Pioneiro do abone de família 
- Um contrato colectivo por ano 
- Uma Federação bancária sem o apoio do maior sindicato 
- Uma ala trabalhista dentro do regime 
- Os caminhos (impossíveis) da congestão 
- 13 anos depois, a demissão 
OLIVEIRA MARTINS E RAFAEL SOARES (1951-1957) 
Ingerência do governo no sindicato 
- A gestão dos negócios correntes 
- A casa... do banqueiro 
- Serviços clínicos correm sobre rodas 
- Nas mãos do grémio 
- Perda da liderança 
- Derrotas dos herdeiros da solução administrativa 
A DIRECÇÃO DE ARROBAS DA SILVA (1957-1965) 
O princípio do fim do corporativismo 
- O advogado-sindicalista 
- A sede começa a ser pequena 
- A caminho dos dez mil sócios 
- A explosão dos serviços clínicos 
- A anexação da Índia e a guerra colonial 
- Mais meia hora de trabalho 
- À procura de uma direcção 
O TRIÉNIO DE RUI PIMENTEL (1966-1968) 
Uma fase de transição 
- Uma solução de compromisso 
- Oito mil contos de receita 
- Projectos adiados 
- Os sindicatos não se entendem 
- O fim da era corporativa 

ANEXOS 
- A Assembleia Geral da ruptura 
- Acta n. 1 da APEB 
- Estatutos da APEB 
- ‘Sessão inaugural’ no Teatro de S. Carlos 
- Estatuto do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do distrito de Lisboa 
- ‘Veteranos’ 
- ‘A hora chegou’ 
- Mensagem a Salazar 
- Salazar eleito sócio honorário do Sindicato 
- ‘A democracia social cristã triunfa na Europa’ 
- ‘Caderno reivindicativo’ 
- Pelo bem comum 
- Lista dos Corpos Gerentes do Sindicato 
- Relação das Assembleias Gerais do Sindicato 
- Lista dos contratos colectivos de trabalho 
- Tabelas salariais dos CCT’s 
- Evolução do número de sócios do Sindicato 
- Evolução das receitas do Sindicato 
- Relação percentual Receitas / Quotização 

Glossário de abreviaturas 
Bibliografia essencial 


Preço: 27,50€;