segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Portugal & Ensino - ‘COLÉGIOS NUN’ÁLVARES DE TOMAR’ - AAVV - Tomar 2000 - MUITO RARO;
Ultramar & Colonialismo - ‘ECONOMIA DE ANGOLA - Evolução e perspectivas 1962-1969’, de Jorge Eduardo da Costa Oliveira - Luanda 1970 - MUITO RARO;
Ultramar & Colonialismo - Uma obra da autoria de um dos maiores especialistas do desenvolvimento económico desta antiga província ultramarina portuguesa, quando exercia as funções de Secretário Provincial da Economia
‘ECONOMIA DE ANGOLA - Evolução e perspectivas 1962-1969’
De Jorge Eduardo da Costa Oliveira
Edição do Governo Provincial de Angola
Luanda 1970
Livro com 158 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO;
Do ÍNDICE:
1 - O primeiro relatório da Secretaria Provincial de Economia
2 - O período a que o Relatório se reporta
3 - Os secretários provínciais de Economia de 1962 a 1969
4 - A elaboração do Relatório
5 - A estrutura do Relatório
6 - O pensamento informador da Política económica provincial
7 - Os problemas da integração e dos pagamentos interterritoriais
8 - O âmbito da Secretaria Provincial de Economia
9 - A evolução da economia de Angola de 1962 a 1968
9.1 - O sector industrial
9.1.1 - As indústrias extractivas
- O Ferro
- Os Diamantes
- O petróleo
- Outros minerais
- Reflexos na estrutura da economia da Província
- Perspectivas futuras
9.1.2 - As indústrias transformadoras
- O condicionamento industrial
- A descentralização industrial
- A nova Lei do condicionamento industrial
- Outras medidas estimuladoras da industrialização
- Perspectivas futuras
10 - A insuficiência dos resultados alcançados
11 - A fidelidade aos princípios defendidos
12 - Profissão de fé
1. - ANGOLA EM NÚMEROS
- Indústrias extractivas
- Derivados de pesca
- Indústrias transformadoras
- Comércio externo
- Comércio interno
- Construção civil
- Transportes
- Rede rodoviária
- Consumo de energia
- Ensino
- Saúde e assistência
- Receitas públicas
- Situação bancária
2. - ANGOLA NA ECONOMIA DA ÁFRICA INTERTROPICAL
- Indústrias extractivas
- Indústrias transformadoras
- Comércio externo
- Construção civil
- Transportes
- Energia
África & Corrupção - ‘BURLA EM ANGOLA - BURLA EM PORTUGAL’, de Susana Ferrador - Lisboa 2018;
África & Corrupção -
‘BURLA EM ANGOLA - BURLA EM PORTUGAL’
De Susana Ferrador
Edição Guerra & Paz
Lisboa 2018
Livro com 264 páginas e ilustrado com a reprodução de inúmeros documentos, em muito bom estado de de conservação. Como novo. Excelente.
Da contracapa:
“ ‘BURLA EM ANGOLA - BURLA EM PORTUGAL’ é uma história verídica. Em 1996, um modesto empresário português recebe uma encomenda das Forças Armadas de Angola. Em boa fé, investe e envia, a crédito, tudo o que é pedido pelas FAA e vai a Luanda receber. O que pensava ser um negócio normal converte-se, então, num pesadelo brutal.
A jornalista Susana Ferrador investigou este caso, que começa em Angola e se estende a Portugal. Em Angola, o esquema de corrupção é tão flagrante que provoca a reacção revoltada e impotente de alguns agentes da justiça militar. Mas o pequeno empresário é uma formiga em luta com um elefante: tem a vida desfeita e a empresa arruinada.
Recorre à diplomacia e à justiça portuguesas. É difícil dizer o que é pior, se o espectáculo da subserviência e da inoperância da nossa diplomacia, se o cortejo de clamorosas falhas da nossa justiça.
Burlado primeiro em Angola, Manuel Lapas, o empresário português, é burlado também em Portugal. A raiva da injustiça dá-lhe forças para uma luta de 16 anos. Conseguirá a formiga derrubar os elefantes angolanos e portugueses?
Este é um livro que nos ajuda a compreender muitas coisas: as teias de corrupção e a permissividade, que, durante anos, se cruzaram nas esferas do poder dos dois países.“
A AUTORA:
“SUSANA FERRADOR é jornalista, nasceu em 1987 e é natural de Baião. Doutorada em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais, na Universidade do Porto, é licenciada em cinema pela Universidade da Beira Interior, pós-graduada e mestre em Jornalismo, pela Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa. Presta serviços para várias empresas de media em Portugal. É também ghost-writer e guionista de programas de televisão, filmes e peças de teatro.
É formadora de comunicação.
‘BURLA EM ANGOLA - BURLA EM PORTUGAL’ é o seu segundo livro, depois de ‘LEVARAM-ME’ em 2010.”
Do livro:
“Surpreendentemente, num ápice, disse-nos que a Filapor não havia vendido nada às FAA. Proferindo isto com toda a calma do mundo, enquanto girava a sua cadeira de pele e apagava o charuto num cinzeiro sujo e velho. Julguei não ter ouvido bem e, por isso, repeti o que julguei ouvir, na esperança de que ele me dissesse que eu percebera mal.
- Desculpe, Sr. Tenente-General, julguei ter ouvido da boca de V. Excelência que a Filipor não vendeu nada às FAA?
- Sim, ouviu muito bem. Que Deus lhe conserve esses ouvidos - respondeu em tom calmo.
Não sei como não fui fulminado por um ataque cardíaco. Aguentei-me e pedi-lhe que repetisse de novo, tal era a minha incredulidade. Repetiu, acrescentando um pormenor desconhecido:
- A Filipor não vendeu nada às FAA, mas sim ao camarada Kamgamba.
- A quem? - Perguntei eu, sem resistir.
- Ao Bento Kamgamba. Foi ele quem lhe fez a encomenda. Portanto, que tenho eu a ver com isso? - diz o chefe, extremamente sério.
O ministério nada fez.
- Escrevem-me a dizer que me vão transferir 573,011,92 euros e de repente um sujeito em Portugal, com acesso ao dinheiro, só me quer entregar 329,877,73 euros? Além do meu infortúnio, ainda tenho de suportar outra burla. Ainda por cima no meu país e levada a cabo por um português. Só me faltava esta! - desabafava eu com Manuel Maximino.
Sempre sem qualquer resposta do antigo bastonário, rapidamente percebi que ele andaria a tramar alguma coisa e que não era boa. Pus-me à cautela.“
Do ÍNDICE:
Agradecimentos
Advertência
Nota da autora
Capítulo 1. - Imaginação (1995)
Capítulo 2. - Exportação para as Forças ArmadasAngolanas (1996)
Capítulo 3. - A burla (1996)
Capítulo 4. - Kamgamba
Capítulo 5. - Morrer ao nascer (1996)
Capítulo 6. - Depoimento (1997)
Capítulo 7. - Acusação (1998)
Capítulo 8. - Julgamento (2000)
Capítulo 9. - Primeira deslocação a Luanda após o julgamento (2001)
Capítulo 10. - O Juiz Presidente (2001)
Capítulo 11. - À revelia da Lei Constitucional (2001)
Capítulo 12. - Recurso extraordinário (2001)
Capítulo 13. - A última ida a Luanda (2002)
Capítulo 14. - Um regresso duro (2003)
Capítulo 15. - Organismos e personalidades envolvidas
Capítulo 16. - A primeira acção na justiça portuguesa (2003)
Capítulo 17. - A resposta de Angola (2003)
Capítulo 18. - Uma surpresa vinda de Angola
Capítulo 19. - Rufino Pinho e Gracinda Dias Ferreira (2004)
Capítulo 20. - O acordo
Capítulo 21. - A chegada do dinheiro
Capítulo 22. - As respostas da juíza
Capítulo 23. - O julgamento
Capítulo 24. - A sentença
Capítulo 25. - Manuel Maximino e Paulo Pimenta
Capítulo 26. - Os recursos
Capítulo 27. - Participações disciplinares e queixas-crime contra advogados
Capítulo 28. - As queixas-crime contra os juizes e o Ministério Público
Capítulo 29. - Procuradoria-Geral da República
Capítulo 30. - Augusto Lopes Cardoso
Capítulo 31. - Caça ao homem
Capítulo 32. - O desespero
Capítulo 33. - Queixas crime contra mim
Capítulo 34. - Perícias médico-forenses
Capítulo 35. - Julgamentos e desistências de queixas
Capítulo 36. - Uma vida consumida na defesa de uma causa
Capítulo 37. - A segunda acção na justiça portuguesa
Capítulo 38. - O início da queda
Capítulo 39. - Condenação da República de Angola
Capítulo 40. - O declínio de Augusto Lopes Cardoso
Capítulo 41. - O golpe de misericórdia
Capítulo 42. - O mistério do desfecho final
Documentos
Fontes
Preço: 27,50€;
Angola & Literatura - ‘INCONTÁVEIS VÉSPERAS’, de Wanda Ramos - Lisboa 1983 - Raro;
‘INCONTÁVEIS VÉSPERAS’
De Wanda Ramos
Edição Ulmeiro
Lisboa 1983
Livro com 168 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
“WANDA RAMOS - Nasceu no Dundo, Angola, em 1948. De volta a Portugal nove anos depois, aqui prosseguiu os seus estudos, tendo-se licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa.
Grande parte da sua vida profissional tem sido dedicada à tradução e revisão literária, mas desempenhou anteriormente funções de secretária e de professora do ensino secundário.
Tem colaborado, entre 1972 e o presente, em diversos jornais e revistas literárias, com crónicas, poemas e textos em prosa, e foi colaboradora permanente da revista ‘ÁFRICA’.
Das obras traduzidas, poder-se-ão citar autores como Christopher Hill, André Martinet, John Lyons, Michel Galmiche, David Cooper, Bruno Munari, Jan Morris, Henri Laborit.
Tem poemas e textos seus incluídos em algumas antologias, designadamente: ‘ANTOLOGIA DA POESA PORTUGUESA (1940-1977)’, 2. Volume, Moraes Editores, 1980, e ‘EXPERIÊNCIA DE LIBERDADE ‘, Diabril, Lisboa, 1975.
É membro da actual Direcção da Associação Portuguesa de Escritores.“
OBRAS DA AUTORA:
- ‘NAS COXAS DO TEMPO’, poesia, edição da autora (1970);
- ‘E CONTUDO CANTAR SEMPRE, poesia, Editorial Inova - Porto 1970;
- ‘QUE RIO VEM FORÇAR A ENTRADA DESTA CASA?’, poesia, in Ao Jovem Poesia Portuguesa ‘, Limiar - Porto 1979;
- ‘PERCURSOS (Do Luachimo ao Lucena’, ficção, Editorial Presença - Lisboa 1981;
- ‘AS INCONTÁVEIS VÉSPERAS’, Edição Ulmeiro - Lisboa 1983;
“Os estores do mundo descidos, pomadas em suas casas as parcas rebeldias, em simultâneo adolesciam duas vidas incompatíveis e, mesmo assim, andava a história arredada de Sara, bem como das amigas, criadas todas como que em viveiros, por hábito escondendo-se as privacidades-com-elas-próprias, decerto se envergonhariam julgando-se diferentes, como monstros segregando pela calada pensamentos aviltantes,inconfessáveis desejos, era o pecado aturdindo-as pela boca dos outros, o feio, o mal, o não-parece-bem - e até que ponto fariam batota, aprendendo com as mães a acobardar-se, o uso enraizando-se de simular.
Assim com Sara: enquanto pudeste fazendo-te convencida de que te feriras, incauta a unha raspando ao lavares em manhã de frio, apressado esses sítios esconsos, oblíquos, e o sangue que não estancava, as roupas tingindo-se, comprometendo-te, ou seria doença mortal, daquelas entre-dentes comentadas pela mãe com as amigas e, portanto: o pânico recalcado, o segredo, diria, a diferença de tu assim nova assim condenada.“