sexta-feira, 15 de maio de 2020

Angola & Cabinda - Guerra do Ultramar - 'CAVALEIROS DO MAIOMBE (B. CAV 3871)', de Inácio Nogueira - Coimbra 2004 - RARO;




Angola & Cabinda - Guerra do Ultramar - Um pormenorizado relato da comissão militar do Batalhão de Cavalaria 3871 em terras do Maiombe, provavelmente a zona mais quente do conflito militar com os guerrilheiros da UPA/FNLA, FLEC e MPLA


'CAVALEIROS DO MAIOMBE (B. CAV 3871)'
De Inácio Nogueira
Edição do autor
Coimbra 2004


Livr com 200 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.


Da contracapa:
"A morte na guerra não é uma coisa abstracta, a morte está ali, apalpa-se. Durante muitos meses ela ocupou os nossos sonhos e os nossos medos, ocupou-nós todos os dias. Morrer na guerra, é bem diferente do que acontece hoje na morte social. A guerra, os sinos nunca dobram, e não é possível afastar a morte. Muitas vezes, os mortos eram transportados com muito sacrifício pela mata, com os ramos a rasgarem, ainda mais, a sua carne.

A morte estava presente nos mortos.

O Batalhão teve oito mortos em combate e 68 feridos. Teve sete mortos em acidentes de viação e 22 feridos. Durante a comissão, foram evacuados por períodos maiores ou menores, por doença ou por ferimento, 152 militares.

Foi com o sangue e o sacrifício destes rapazes, que viviam num país onde as oportunidades eram quase nenhumas, que as páginas da guerra colonial foram escritas.

Hoje, são desconhecidos, nem heróis nem traidores. Que sejam heróis da Liberdade e não heróis de um império que moribundo, e hoje enterrado, nunca se coibiu de comprometer o seu futuro e a sua vida, sem lhes ter dado nada em troca.

Afinal, as mortes e os sacrifícios não serviram para nada e a guerra colonial também não. O seu arrastamento, só serviu em Angola para criar novos antagonistas que perpetuaram a guerra e elites que se afastaram do povo que juraram defender.

Afinal, os miúdos de Sanga não encontraram utopas.

Foi pena!

E a mim, a espécie de clausura a céu aberto em que vivi, 1546 dias e duas horas, transformou-me noutro homem: escuto muito, falo pouco, rio-me poucas vezes.

Não sei porquê!..."




Do ÍNDICE:

Abertura
Dedicatória
PRÓLOGO
Ao abrir...
Nascer em Estremoz

- Crescer com o Lema: "À chegada vimos todos"
- Partir rápido. Deixar tudo. Será que voltarei?
- Chegar a Luanda: o belo inebriante do primeiro cheiro africano
- Agarrar na trouxa e partir à descoberta do Maiombe
- No Maiombe: aprender a viver com a guerra
- A brincar também se aprende
- Aprender a fazer colunas entre Belize e Miconje
- Sofrer no Maiombe: o clima, o terreno, a mata
- Cabinda: terra de lendas, Tratados, guerras, riquezas e muita pobreza
- MPLA: o inimigo dos Cavaleiros
- "Esquadrinhar" o território para desencorajar o MPLA
- O início da comissão: um falso sossego
- Em cima sentimo-nos pássaros. Em baixo tudo nos limita, tudo nos sufoca
- O despertar do nosso desassossego: 30 de Junho de 1972
- Nascer de novo. Só a guerra dá esta possibilidade
- Os incidentes da guerra: um desafio à estabilidade psicológica
- Em busca de um território libertado: 'Operação Oxalá'
- O Natal de 1972: na guerra, as horas desta noite têm mais segundos
- As TE: com pequenos nadas podem-se conquistar vontades
- 31 de Dezembro de 1972; tocam já as badaladas nos corações dos Cavaleiros
- Jurei à memória dos mortos das Bitinas que comigo tudo iria ser diferente
- A construção do novo Quartel de Sanga: era enorme esta empresa
- A guerra continua: o poder da mata e o poder que ela gera
- Aí se vive e não vive, vegeta-se
- A ingenuidade de um 'Capitão de Aviário' ou uma outra forma de fazer a guerra
- Já não somos todos à chegada. Acabou o mito
- O jornal 'CAVALEIROS DO MAIOMBE' e a Divisa 'Ad Ombia Apti'
- No Miconje, deitar lixo borda fora, é perigoso!
- Entre a burocracia da guerra e o teatro
- Miconje: o Tarrafal de Angola
- A Gulf Oil está preocupada e nós também
- Cavaleiro perde um pé no labirinto do Lombe
- O Miconje a ferro e fogo
- Muitos tiros e granadas: uns cantam, outros costuram, algumas assobiam
- A verdade à maneira do inimigo
- A guerra no Miconje continua e as polícias são cada vez mais confusas e mais difusas
- Coisas da guerra: histórias, notícias, preocupações, constatações
- As armas do inimigo
- O itinerário Cabinda - Miconje tem muitas histórias para contar
- A 'Cilinha', a carta de Alforria e os 'cacimbados'
- Cozinhando a guerra
- A amargura salgada da noite de Natal
- As Forças Armadas em crise
- Passagem do ano: entre a utopia e o arame farpado
- A notícia feliz
- Uma loucura na guerra
- A rendição: os 'maçaricos' chegaram
- A alegria de Um Adeus sofrido
- Em Lândana para esquecer a guerra
- 24 meses é muito tempo de guerra
- E agora Cabinda? Eis que te deixo
- Estar perto de Luanda já é uma benção
- A Fazenda Tabi: parece ter magia e cheiros inebriantes
- TABI: uma pintura de sonho
- No 25 de Abril: tempo(s) de dúvida(s) e de sobressalto(s)
- Afinal era a revolução da liberdade!...
- A sofreguidão da liberdade
- Luanda já não cheira tanto a frutas e a maresia
- Acompanhei-os até à subida para as nuvens
- Deixar Angola. Chegar a Lisboa

AO FECHAR
Posfácio

Relação de siglas



Preço: 32,50€;

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