Portugal & Moçambique - Semanário 'SEMPRE FIXE', n. 5, de 4 de Maio de 1974 ('TEM DE ACABAR JÁ O MURO QUE SEPARA OS PORTUGUESES NO ULTRAMAR') - Lisboa 1974 - Muito Raro;

Portugal & Moçambique - Informação muito actual sobre o 25 de Abril de 1974 e os novos dirigentes militares e políticos e uma importante entrevista de Almeida Santos dos democratas de Lourenço Marques


Semanário 'SEMPRE FIXE', n. 5, de 4 de Maio de 1974
(Entrevista de Almeida Santos: 'TEM DE ACABAR JÁ O MURO QUE SEPARA OS PORTUGUESES NO ULTRAMAR')
Lisboa 1974


Jornal com 16 páginas (1. caderno) e 8 páginas (2. caderno) e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.



Temas em destaque:
Uma capa interessante, sobre os políticos e militares oportunistas que pretendiam 'virar a casaca', ou seja, passar de apoiantes ou mesmo membros do regime do Estado Novo para o novo regime democrático. Um Trabalho do artista João Abel Manta.

Uma voz de Moçambique
- 'TEM DE ACABAR DESDE JÁ O MURO DE SILÊNCIO QUE SEPARA OS PORTUGUESES DOS DETENTORES DO PODER E DAS ETNIAS EM CONFRONTO NO ULTRAMAR'
Reclama o Dr. Almeida Santos, elemento preponderante do Movimento Democrático

Encontra-se em Lisboa (por circunstância fortuita desde o dia 24 de Abril) o Dr. António de Almeida Santos radicado em Moçambique há 21 anos onde exerce - exclusivamente como gosta de salientar - a advocacia. Escritor - 'A RÃ NO PÂNTANO', 'JÁ AGORA...' - a sua obra mereceu os louvores da crítica, a curiosidade do público e - triste glória - a atenção dos serviços de censura que impediram a livre circulação dos seus livros. Político, revelou-se em constância e com destemor inimigo figadal do antigo regime, aproveitando todas as oportunidades para desmistificar os ídolos e apontar os erros e perigos das soluções impostas. Cedo se revelou e foi aceite como um dos mais seguros e alertados chefes das forças democráticas de Moçambique.
Neste momento em que necessariamente vai ser reformulada a política nacional em relação ao Ultramar convirá, certamente, ouvir a opinião de uma tal personalidade, mesmo que pacificamente se aceite 'a circunstância fortuita' que determinou a sua presença em Lisboa na véspera da queda do regime.
Sem comentários e respeitando rigorosamente o esquema de perguntas e respostas para evitar os riscos de qualquer deturpação involuntária, registamos o depoimento do Dr. António de Almeida Santos.

- Muito antes dos metropolitanos, os democratas do Ultramar advogaram com ênfase e coragem o direito dos povos à autodeterminação.
- Tínhamos e temos perfeita consciência de que a hipotética aceitação de um esquema tipo federativo não constitui o fim das nossas apreensões.
- A aceitação do princípio da autodeterminação é um promissor passo em frente mas não é ainda o termo das nossas amarguras.
- São tão assinaláveis as diferenças de conjuntura económica, demográfica e militar entre Angola e Moçambique que têm de ser tomadas em conta por quem pretenda soluções viáveis para um e outro território.
- Não tendo feito a tempo o que nos cumpria fazer teremos de incluir a planificação do esforço económico entre os temas do diálogo a travar.


- 'UM DIA NO PALÁCIO DA PRESIDÊNCIA'

Veiga Simão:
- 'CONTINUO A SER INDEPENDENTE'

- 'IMPOSTO O NOME DE RIBEIRO DOS SANTOS PARA O LARGO DE SANTOS O VELHO'

- 'RAMIRO VALADÃO CONTINUA EM CASA'

- 'PARTIDO SOCIALISTA ADAPTA-SE À LEGALIDADE'

Mário Soares:
- 'UMA VIDA AO SERVIÇO DO IDEAL SOCIALISTA'
"Um certo outro caminho"
"Casamento e prisão"
"Guerra dos papéis "
Reabrir o processo do assassínio do general Humberto Delgado

Afirmou Isabel do Carmo:
- 'A QUEDA DO FASCISMO PODE LEVAR À ILUSÃO DE QUE TUDO ESTÁ RESOLVIDO'
Análise social
Que se passa em relação à extrema-esquerda?
Sobre a guerra em África

Como os repórteres do 'SEMPRE FIXE' viram o 1. de Maio
- 'JORNADA DE FRATERNIDADE NO ESTÁDIO DA ALEGRIA'
- 'SÓ OS CRAVOS MURCHAM'
- 'A FESTA'

2. CADERNO
1. de Maio
- 'O POVO EM LIBERDADE'


Preço: 22,50€;