terça-feira, 22 de outubro de 2019

Guerra do Ultramar (Angola, Guiné e Moçambique) - 'OS PÁRAS EM ÁFRICA', de John P. Cann - Lisboa 2017;




Guerra do Ultramar (Angola, Guiné e Moçambique) - A história e o desempenho dos Paraquedistas portugueses nos conflitos militares em territórios africanos nas décadas de sessenta e setenta, num estudo de um oficial superior norte-americano


'OS PÁRAS EM ÁFRICA'
De John P. Cann
Edição Tribuna
Lisboa 2017


Livro de 160 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente.
De difícil localização.
Raro.


Da contracapa:
"Entre 1961 e 1974, Portugal envolveu-se numa luta para manter as suas possessões africanas, que se estendiam desde o Atlântico até ao Índico, ao longo de milhares de quilómetros quadrados de territórios frequentemente inóspitos. Essas campanhas foram travadas numa das maiores frentes de combate da história moderna, e corresponderam a um esforço colossal para um pequeno país europeu com recursos económicos muito limitados e uma relativamente pequena população. A logística que envolveu levantar e treinar um importante exército, mobilizar armamento apropriado, transportar forças ao longo de grandes distâncias e criar táticas sociomilitares adequadas para uma guerra de contra insurreição num campo de batalha tão extenso foi surpreendente. Após 13 anos de luta, o impasse militar conseguido na Guiné e em Moçambique e a total recuperação da segurança em Angola foram feitos dignos de crédito que potencializaram a negociação para uma vitória política, mas a inflexibilidade dos dirigentes portugueses não viabilizou uma solução negociada com os movimentos independentistas, e acabou por gerar a desmobilização dos militares e uma revolução em Portugal em 1974.

As unidades de tropas Paraquedistas, operando conjuntamente com unidades de helicópteros da Força Aérea Portuguesa, actuaram nas montanhas, savanas, selvas e florestas da África Portuguesa suportando as dificuldades da progressão no mato e a distância dos campos de batalha, mas combateram sempre nobremente. O heroísmo patriótico dessas tropas de elite, que pagaram um alto preço pela sua abnegação, foi notável. Para África foram destacados quatro batalhões de caçadores Paraquedistas, uma força efectiva de cerca de 2000 homens que combateu nos teatros de operação da Guiné, de Angola e de Moçambique. Durante os 13 anos que duraram as guerras de contra insurreição, foram 160 os homens que deixaram a sua vida na África Portuguesa, no total de 9000 Paraquedistas que por lá passaram.

Os soldados Paraquedistas foram individualmente agraciados com um total de duas condecorações com a Ordem da Torre e Espada, 13 medalhas de Valor Militar com Palma, e 279 Cruzes de Guerra. Para eles, as guerras coloniais não foram perdidas no campo de batalha, mas sim no desânimo de uma liderança política imperfeita.

Os Páras foram criados e integrados inicialmente na Força Aérea Portuguesa, mas em 1994 o Corpo de Tropas Paraquedistas passou a fazer parte do Exército Português. E em 2006 foi integrado na sua Brigada de Reacção Rápida. A despeito destas reorganizações, os Pára-quedistas Portugueses continuam a ser orgulhosamente conhecidos como os 'Boinas Verdes'."




Do ÍNDICE:

Abreviaturas
INTRODUÇÃO

Capítulo I
O COMEÇO
- As primeiras largadas
- A experiência de Timor na segunda Grande Guerra
- Os anos de organização dos Páras entre as guerras
- O exercício Himba
- Desenvolvimentos no Ultramar
- Anarquia e independência do Congo
- Os movimentos nacionalistas angolanos
- O assalto ao norte de Angola
- O regimento de Paraquedistas

Capítulo II
AS OPERAÇÕES NO NORTE DE ANGOLA
- Uma UPA/FNLA mais perigosa
- As enfermeiras Paraquedistas
- Nambuangongo
- Quipedro
- Serra de Canda
- Sacandica
- Banza-Quina
- Fuessi
- Quipedro
- Inga e Banza-Quina
- Magina (Caluca)
- Cabinda
- A chegada do helicóptero
- Novas frentes de combate

Capítulo III
A GUINÉ
- Um teatro de guerra complexo
- Os Páras
- Operaçào Barracuda
- A missão do BCP 12
- Gandembel
- Spínola e Amílcar Cabral
- Cantanhez
- Gadamael

Capítulo IV
MOÇAMBIQUE
- Um teatro de operações difícil
- A FRELIMO
- Os comandantes das operações anti-subversivas portuguesas
- Ameaça de invasão britânica
- A experiência com os Páras
- Operaçào Zeta
- Uma velha teoria estratégica
- Operação Nó Górdio
- Uma campanha inacabada

Capítulo V
VITÓRIA À VISTA
- A estratégia dos guerrilheiros
- A estratégia portuguesa
- Operação Exarco
- Ninda
- Olhando para trás

Capítulo VI
CONSOLIDAÇÃO DO NORTE DE ANGOLA
- Criação da UTCI
- Operações de intercetção
- O facto-chave: a informação
- Sucesso da pressão constante

Capítulo VII
A TRAGÉDIA

Agradecimentos



Preço; 37,50€;

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