domingo, 23 de junho de 2019

Angola, Moçambique & Literatura - LOTE DE 3 LIVROS - De Castro Soromenho - Lisboa 1944, 1965 e 1966 - Muito raros;





Ultramar - Moçambique, Angola & Literatura - Três magníficas obras deste grande escritor português, moçambicano, angolano, africano de grande raridade


- LOTE DE 3 LIVROS - De Castro Soromenho -
1. - 'A EXPEDIÇÁO AO PAÍS DO OIRO BRANCO' - Lisboa 1944
2. - 'NOITE DE ANGÚSTIA' - Lisboa 1965
3. - 'HOMENS SEM CAMINHO' - Lisboa 1966




1. - 'A EXPEDIÇÃO AO PAÍS DO OIRO BRANCO' - (37,50€;)
De Castro Soromenho
Livraria Clássica Editora
Lisboa 1944

Livro 232 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.

Do ÍNDICE:
Capítulo I
"PORTUGAL ESTÁ MUITO LONGE" - Os colonos de Sena e a Lei do mais forte - Brancos e negros no sertão - Os régulos e a escravatura;
Capítulo II
UM EXPLORADOR LUSO-BRASILEIRO ENTRE CAFRES BRANCOS E NEGROS - Na velha fortaleza de Sena - Fala-se na travessia de África e no Reino de Cazembe;
Capítulo III
O EXPLORADOR DE SERTÕES BRASILEIROS E O PROJECTO DA TRAVESSIA DE ÁFRICA, LIGANDO MOÇAMBIQUE A ANGOLA POR UMA ESTRADA IMPERIAL - A Europa começa a interessar-se pela África - O sonho de um grande império português no mundo dos negros;
Capítulo IV
A VILA DE TETE E OS SEUS MORADORES - Os régulos não respeitavam as terras da Coroa - Um país sem Lei - As primeiras notícias do Império do Oiro branco;
Capítulo V
UM 'PRÁTICO DO MATO' E A SUA VIAGEM ÀS TERRAS DO CAZEMBE - Chegada a Tete de uma Embaixada do Rei Cazembe - Comércio de marfim e de escravos - O 'CAMINHO DE ANGOLA';
Capítulo VI
AVENTUREIROS DE TRAZER POR CASA... - Os indígenas e a organização da Expedição - A tropa de 'cafres fardados' - Os expedicionários - Morre a mulher do explorador -
Capítulo VII
O TESTAMENTO DO EXPLORADOR - A largada da expedição de abertura do 'Caminho de Angola' - Rumo ao país do oiro branco;
Capítulo VIII
OS PRIMEIROS DIAS DA JORNADA - A fuga de cafres - Oficiais que não vigiam e carregadores que se esquecem do tempo... - O explorador rodeado de inimigos - Um sonho que não pode morrer - A caminho dos pais dos Marraves;
Capítulo IX
NO PAÍS DOS MARRAVES - O salvo-conduto dos chefes indígenas - A fuga de carregadores e o auxílio dos Marraves à expedição - O feitiço dos viajantes... - A terra, a gente e as aldeias do régulo Bive;
Capítulo X
O EXPLORADOR ÀS ORDENS DOS CAFRES - O medo do sertão - Num país de ladrões - A máscara do medo e a revolta dos carregadores - A traição de um expedicionário;
Capítulo XI
UM PRÍNCIPE NEGRO ARVORADO EM PROTECTOR DA EXPEDIÇÃO - Rivalidade entre os protectores de Lacerda de Almeida - Os Marraves assaltam a comitiva e agridem negros e brancos - Muízas antropófagos ao serviço da expedição - O explorador está gravemente doente - Num país pobre de ladrões, a expedição luta com falta de mantimentos - Nas terras do régulo Mucanda, o terror dos colonos dos rios de Sena;
Capítulo XII
NO PAÍS DAS MULHERES NUAS - Os Tumbucas, um povo que ama a terra que não é sua - Caperemera, 'o valoroso' - Negócio de escravos e marfim - Como os naturais caçam o elefante - Acabou o reinado dos cafres... - Uma aldeia de bebados - Por terras de fome e sede, em demanda do rio Arruangua;"
Capítulo XIII
ATRAVÉS DE UM PAÍS DE ANTROPÓFAGOS - A festa de 'Levantar Pombe' - Um régulo doido e poderoso - Por terras de sol e frio - A expedição chega ao rio Zambeze;
Capítulo XIV
NAS TERRAS DE ALÉM ZAMBEZE - Os Muízas e o comércio do marfim - O estado de saúde de Lacerda e Almeida agrava-se de dia para dia - Uma aldeia ornada com caveiras humanas - A última observação astronômica - A primeira aldeia de Cazembes - Em marcha para o Zimboé do Rei Cazembe;
Capítulo XV
ÀS PORTAS DO ZIMBOÉ DE CAZEMBE - A homenagem aos reis mortos - Na aldeia do Rei - O explorador está moribundo - O seu testamento - A agonia e a morte de Lacerda de Almeida - O novo comandante da expedição - As intrigas dos expedicionários e a impossibilidade de se Abr o 'Caminho de Angola' - O regresso a Tete da expedição perdida;

2. - 'NOITE DE ANGÚSTIA' - (27,50€;)
De Castro Soromenho
Capa de Victorino Martins
Editora Ulisseia
Lisboa 1965

Livro com 160 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.


3. - 'HOMENS SEM CAMINHO' - (25,00€;)
De Castro Soromenho
Capa de Rocha de Sousa
Editora Ulisseia
Lisboa 1966

Livro com 212 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
RARO.

Do ÍNDICE:
Obra dividida em 12 capítulos sem títulos.



Um dos escritores de maior referência na literatura colonial (nasceu em Moçambique e viveu de forma intensa em Angola), editou uma vasta bibliografia entre contos, novelas, romances e pesquisa etnográfica, esta edição foi desde logo proibida, face às suas posições críticas em relação ao regime do Estado novo. (Ver 'Livros Proibidos no Regime Fascista', Presidência do Conselho de Ministros – Comissão do Livro Negro Sobre o Regime Fascista, Lisboa, 1981).



Fernando Monteiro de CASTRO SOROMENHO (Chinde, 31 de Janeiro de 1910 – São Paulo, 18 de Junho de 1968):

"Foi um jornalista, ficcionista e etnólogo moçambicano.
É considerado um escritor do movimento neo-realista português e igualmente um romancista da literatura angolana.

Castro Soromenho nasceu em Moçambique e foi com um ano de idade para Angola. Era filho de Artur Ernesto de Castro Soromenho, governador de Lunda, e de Stela Fernançole de Leça Monteiro, natural do Porto e de família cabo-verdiana. Entre 1916 e 1925 estudou em Lisboa o ensino primário e liceal. Regressou a Angola onde trabalhou para a Companhia de diamantes de Angola e, em seguida, entrou para o quadro administrativo de Angola, na categoria de aspirante, servindo nos sertões do leste da colónia. Posteriormente, torna-se redactor do jornal 'Diário de Luanda'. Em 1937, regressa a Lisboa, colaborando em diversos jornais como: semanário 'Humanidade' do jornal 'Diário Popular', 'A Noite', 'Jornal da Tarde', 'O Século', 'Seara Nova', 'O Diabo', 'O Primeiro de Janeiro' e 'Dom Casmurro'. Encontra-se colaboração jornalística da sua autoria numa crónica sobre os "exploradores portugueses em África", nº 12 do semanário 'Mundo Literário' (1946–1948).

Em 1949, casou-se com Mercedes de la Cuesta na Argentina. Em virtude de fazer críticas ao regime salazarista, foi obrigado a ir para o exílio em França em 1960. Mais tarde foi para os Estados Unidos da América onde foi professor na Universidade do Wisconsin e ministrou o curso de literatura portuguesa. Regressou à França em Agosto de 1961 e colaborou com as revistas 'Présence Africane' e 'Révolution'. Em Dezembro de 1965, foi viver para o Brasil onde faleceu. No Brasil, regeu cursos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São de Paulo e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara.

Dedicou-se também ao estudo da etnografia angolana, tendo sido um dos fundadores do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo."

In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Monteiro_de_Castro_Soromenho


OBRAS:
- 'Lendas negras' (contos) (1936);
- 'Nhari: o drama da gente negra' (contos e novelas) (1938);
- 'Imagens da cidade de S. Paulo de Luanda' (1939);
- 'Noite de angústia' (romance) (1939);
- 'Homens sem caminho' (romance) (1941);
- 'Sertanejos de Angola' (história) (1943);
- 'A aventura e a morte no sertão: Silva Pôrto e a viagem de Angola a Moçambique' (história) (1943);
- 'Rajada e outras histórias' (contos) (1943);
- 'A expedição ao país do oiro branco' (história) (1944);
- 'Mistérios da terra' (etnografia) (1944);
- 'Calenga' (contos) (1945);
- 'A maravilhosa viagem dos exploradores portugueses' (etnografia) (1946);
- 'Terra morta' (romance) (1949);
- 'Samba' (conto) (1956);
- 'A voz da estepe' (conto) (1956);
- 'Viragem' (romance) (1957);
- 'Histórias da terra negra' (contos, novelas e uma narrativa) (1960);
- 'Portrait: Jinga, reine de Ngola et de Matamba' (1962); e
- 'A chaga' (romance) (1970);


Preço: 90,00€; (LOTE COMPLETO)
Vendemos avulso, pelos valores indicados, caso haja disponível.

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