Guerra colonial - Angola, Guiné e Moçambique - As razões do colapso militar numa análise do ex-Ministro da Marinha do governo de Marcelo Caetano
'PORQUE PERDEMOS A GUERRA'
De Manuel Pereira Crespo
Edições Abril
Lisboa, 1977
Livro com 168 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Nesta obra, editada escassos dois anos após a revolução de 25 de Abril de 1974 que abriu portas à independência das ex-colónias africanas e, consequentemente, à tomada de poder pelos antigos movimentos guerrilheiros que combateram Portugal de armas na mão, MPLA, PAIGC e FRELIMO, respectivamente em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, surgiu pela autoria do Almirante Manuel Pereira Crespo a explicação para o resultado da guerra colonial.
Um livro raro e muito importante para o entendimento da guerra do ultramar e das posições do antigo regime, e para perceber pela versão do autor o que realmente se passou.
O autor foi um brilhante militar e intelectual com obra na cartografia da Guiné, e foi Ministro da Marinha do governo de Marcelo Caetano de 1968 a 1970, por isso uma voz autorizada sobre as matérias abordadas.
Da contra-capa:
"E o povo, mais uma vez enganado, nas vésperas da mais desastrosa derrota da sua história, cantava, nas ruas e nas praças, que jamais seria vencido."
O AUTOR:
“MANUEL PEREIRA CRESPO (1911-1980) começou uma carreira na Marinha em 1930, que terminou, a seu pedido, em 29 de Abril de 1974, no posto de contra-almirante. Foi o último ministro da Marinha em termos absolutos, dado que a estrutura militar saída da Revolução de 25 de Abril extinguiu o cargo, integrando inicialmente as funções no CEMGFA e, mais tarde no ministro da Defesa.
Nomeado para o governo em 1969 pelo Dr. Salazar, o almirante Crespo foi o único membro desse elenco governativo que permaneceu continuamente em funções até ao derrube do Estado Novo. Foi em certa medida defensor da guerra como solução extrema para enfrentar o problema colonial, o que lhe valeu a oposição dos sectores da Marinha contrários ao conflito e ao regime. Estas divergências, que oscilavam entre manifestações claras e directas e a resistência discreta ou mesmo clandestina, não perturbaram o relacionamento entre o Ministro e a sua Marinha, que se inscreveu sempre num quadro de lealdade e respeito mútuo.
A carreira militar e política de Manuel Pereira Crespo ficou marcada por um sóbrio mas intenso e consistente sentido de serviço à Marinha e a Portugal. O almirante Manuel Pereira Crespo, de certo modo, uma antítese do ‘grande homem’ , de quem nunca se fez uma história de vida oficial ou oficiosa, apesar das diversas homenagens e evocações que, depois da sua morte, lhe foram dedicadas por grupos de cidadãos e pela Marinha, que o fez patrono do curso admitido na Escola Naval em 2005. O seu carácter reservado, feito de uma sobriedade que subentendia um apurado sentido cívico, desafia a procura da compreensão do seu pensamento político, designadamente em relação ao Ultramar, como um contributo para, conhecendo o personagem, conhecer melhor a Marinha e o País do seu tempo.”
Preço: €37,50€;
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