terça-feira, 1 de janeiro de 2019
Angola - 'ABC DO BÊ Ó', de Jacques Arlindo dos Santos - Luanda 1999 - Muito Raro;
Angola - História & Nacionalismo - Relatos da vida quotidiana e cultural da Luanda dos bairros na luta pela independência
'ABC DO BÊ Ó'
De Jacques Arlindo dos Santos
Edição Chá de Canxide
Luanda 1999
Livro com 322 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Da badana:
"Aferindo-se 'o direito de falar de Luanda e até mesmo de fazer um retrato dela', o nosso 'matuense de Calulo-Libolo', de sua graça Jacques Arlindo dos Santos (JAS), apresenta-nos uma imagem diferentes do BÊ Ó, esse 'mundo à parte' que, para muitos de nós, foi e ainda é sinónimo de zona do 'munhungu'.
É que, ainda que sejam Hortência e Interesse, duas mulheres da vida, as verdadeiras heroínas deste 'romance' do Bairro Operário, e a pitada de sal que, á medida certa, tempera as letras com que JAS coze (urde) está longa escritura, com estr ABC fica, de uma vez por todas, enterrara a má fama que sempre esteve aliada ao BÊ Ó. Porque é a partir deste livro que se fica a saber que o Bairro Operário foi o berço de uma plêiade nacionalista que muito contribuiu para a emancipação de Angola e, neste caso agora, toma assento nas cadeiras da governação. Nele viveu e cresceu o primeiro Presidente de Angola independente, António Agostinho Neto, havendo, como o autor refere uma 'relação nítida e taxativa entre o BÊ Ó e a luta de libertação nacional '.
... Aceite o convite que JAS nos formula, entramos sem bilhete - pois que o autor nos considera a nós, leitores da sua obra, personagens de eleição da mesma - na máquina do tempo onde ele nos apresenta rostos magníficos, vestes de espanto e elegância, acções romanescas uma é dramáticas outras, aromas de um tempo que já não volta mais, ...
... Não é só história do Bairro Operário que o autor aqui regista. Nas entrelinhas, lê-se avidamente, a história da grande urbe capitalina, erigida por nativos e colonos dos quais se destaca a figura emblemática do comerciante, vulgo fubeiro ....
... Este livro é amenizado por inúmeras cenas hilariantes, outras quantas dramáticas, que ilustram o seu lado criativo ou seja, lhe conferem o tom literário, que o fará, certa e seguramente, figurar entre as mais belas obras da nossa literatura. Cultiva um género que já fez escola com o percursor Óscar Ribas e teve exímios correligionários pela pena de Wanhenga Xitu, mas ao qual JAS empresta o seu estilo pessoal, ao qual já nos ambientou, um estilo mais fluido, a buscar na linguagem oral popular dos nossos dias, a necessária recriação, que só o génio é capaz de revelar ...
... E a visita guiada, para a qual JAS nos convidou, termina como começou. Com Zuza, mulato bêbado de Calulo, jogador de futebol como poucos, o primeiro homem do BÉ Ó que o autor conheceu! Mas não acaba mesmo. Porque a história do BÉ Ó está sempre a refazer-se e ninguém, nem mesmo autores devotados com JAS, pode algum dia acabar de contá-la. Em nós se cumpre à letra, depois desta 'incursão' aos segredos mais recônditos do BÉ Ó, a lei irrevogável de que 'quando se conhece o Bairro Operário, passa-se a ser, nem que seja por um só momento, do Bairro Operário.'
José Luís Mendonça"
DO ÍNDICE:
Agradecimentos
INTRODUÇÃO
O Bairro Operário
- PORQUÊ O BAIRRO OPERÁRIO ?
A
- AGOSTINHO NETO
B
- BAILES
- BAIRRO OPERÁRIO
C
- CABOVERDEANOS
- CARNAVAL
- CENTROS RECREATIVOS
- CINEMA
- COMBATENTES
- COMERCIANTES
- COMES & BEBES
D
- DEMÓSTHENES DE ALMEIDA
- DISCOTEQUEIROS
E
- ESCOLAS & PROFESSORES
F
- FAMÍLIAS
- FIGURAS INESQUECÍVEIS
- FREQUENTADORES DO BE Ó
- FUTEBOL
G
- G.V. (Gevê)
- GABRIEL LEITÃO
H
- HORTÊNCIA
I
- 'INTERESSE'
J
- JUVENTINO
K
- KALUSSOLO
L
- LICEU VIEIRA DIAS
- LITERATURA
M
- MODISTAS
- MÚSICA POPULAR ANGOLANA
N
- NGOLA RITMOS
O
- OSVARDO
P
- POLÍTICA
- PROSTITUIÇÃO
Q
- QUEIRÓS
R
- REBITA
- REPRESSÃO
- RUAS
S
- SALÕES DE FARRA
- SÍTIOS & LUGARES
T
- TERRITÓRIO DO BÊ Ó
- TRANSPORTES
U
- UNIDADE
V
- VIRIATO DA CRUZ
W
- WELLINGTON
X
- XENOFOBIA
Z
- ZUZA
Glossário
BIBLIOGRAFIA
Gravuras e mapas
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