‘OS DIAS DA UNAMET’
De Hernâni Carvalho
Edição Hugin
Lisboa 2000
Livro com 132 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
Da contracapa:
“Todo o terror que aconteceu em Timor, antes e depois da votação, antes e depois do anúncio do resultado da consulta popular, foi minuciosamente preparado. Maquiavelicamente estudado. Diabolicamente concebido. O que dói, o que mais amargura, è o facto de a UNAMET ter tido formalmente conhecimento prévio e atempado de todos os passos que a história preparou e concretizou em Timor-Leste. Algumas informações chegaram à sede da UNAMET com meses de antecedência... Exceptuando a destruição das pontes e da rede eléctrica, tudo foi previsto e concretizado ao pormenor. As pontes e a electricidade foram salvas apenas porque a INTERFET entrou no território antes do tempo calculado pelos militares indonésios. Nunca acreditaram que a mobilização e entrada da INTERFET em Timor-Leste fosse tão rápida e sempre tiveram fortes motivos para continuar esperançados nos bons ofícios que a Protecção americana prometia e havia alguns anos vinha cumprindo. Mantive esta convicção de forma instintiva até que, em meados de Outubro, algumas destas suspeitas me foram pessoalmente confirmadas pelo coronel indonésio Bwono - um homem da nova imagem do exército indonésio e alegadamente fiel a uma corrente oposta à do general Wiranto.
Não sei em pormenor que dirigiu as operações de Setembro. Sei quem as comandou desde o princípio, porque nenhum exército anda à solta, a cometer barbáries sem conhecimento das hierarquias. E sei que, para além das hierarquias, muitos militares indonésios destruíram, violaram e mataram, por puro prazer. Sei que muitos dos militares indonésios que estavam em Timor eram seres cuspíveis. Vomitáveis. Se alguma vez me senti racista, foi em Timor. Detestei o cinismo dos indonésios. De dia sorriam para as pessoas e depois, pela calada da noite, liquidavam-nas. Bastantes vezes, muitos timorenses foram espancados ou morreram só porque trabalhavam para a UNAMET ou para os portugueses.“
O AUTOR:
“HERNÂNI CARVALHO nasceu em Lisboa há 39 anos. Jornalista, ingressou nos quadros da RTP em 1982. Actualmente integra a equipa do Telejornal - Canal 1, onde se dedica às áreas da Defesa e Administração Interna.
Gâmbia, Bósnia, Honduras e Timor, são países onde assinou reportagens. Mas desde agenda a grande reportagem já fez de tudo um pouco...
Durante a década de oitenta fez essencialmente jornalismo de rádio - a sua grande paixão - e foi correspondente de alguns jornais internacionais.
Estudou psicologia, mas foi na área da sociologia do cristianismo que defendeu tese de doutoramento - O ‘não’ sacerdócio das mulheres no Cristianismo.
Actualmente cursa Ciência Política no ISCSP. Com apurado gosto pela comunicação, para além da docência, tem participado em inúmeras conferências em escolas e instituições.“
Do ÍNDICE:
Dedicatória
Em jeito de Prefácio
Advertência
RESULTADOS DE UM REFERENDO
1. A fé que move montanhas
2. Coronéis Tapioca
3. Na UNAMET
4. Só Armando!
5. INTERFET
OPERAÇÃO DESTRUIÇÃO TOTAL
1. A irrelevância de Timor
2. A UNAMET sabia de tudo
3. Sua eminência está a descansar
4. Um bispo indonésio para Timor
5. Milícias
6. Figurões
7. Nós
PELOS CAMINHOS DE TIMOR
Lulico
1. O Deus amigo do Deus católico
2. “Nesta não puseram eles a pata”
3. “Afinal eles voltaram”
4. Outras fés
5. Nas montanhas
O ACORDO SOBRE A CONSULTA POPULAR
1. O Acordo de 5 de Maio de 1999
2. O mosaico indonésio
ANEXOS
1. O Acordo de 5 de Maio
2. A lista dos jornalistas que ficaram em Timor
3. Alguns documentos entregues por um oficial no Quartel-General da UNAMET em Díli
Preço: 32,50€;
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