Timor & Colonização - 'O RÉGULO TIMORENSE D. ALEIXO CORTE-REAL', de Humberto Leitão - Lisboa 1970 - MUITO RARO

Timor & Colonização - A saga heróica deste líder tribal de provas dadas pela soberania portuguesa


'O RÉGULO TIMORENSE D. ALEIXO CORTE-REAL'
De Humberto Leitão
Edição do Grupo de Estudos de História Marítima
Lisboa 1970


Livro com 30 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO RARO.


Do prefácio:
"A respeito da maneira como o régulo timorense D. Aleixo Corte-Real foi aprisionado pelos japoneses, correm duas versões.
Segundo uma, D. Aleixo, após dias sucessivos de rijos combates com as tropas inimigas, que pretendiam conquistar a posição onde ele se instalara, vendo-se falto de munições e mantimentos, aceitara as propostas dos japoneses, que o convidavam a render-se com a promessa de não o molestarem nem a qualquer daqueles que serviam sob as suas ordens.
Diz a outra versão, de maneira geral, que o célebre régulo, considerada a penúria de munições de guerra e de boca, decidira dividir em dois grupos as forças que defendiam aquela posição para, durante a noite, indo cada um por seu caminho, tentarem romper o cerco das forças inimigas a fim de buscarem refúgio conveniente. Diz ainda que, durante essa operação, o grupo de D. Aleixo fora pressentido, cercado e aprisionado.
Não nos parece aceitável aquela primeira versão, nem, antes de conhecermos outra, nos agradou pelas seguintes razões:
D. Aleixo estava ao corrente das atrocidades cometidas pelos japoneses e pelas 'colunas negras' por eles organizadas e incitadas à violência e ao crime. Tinha conhecimento das suas dissimulações, soberba, espírito vingativo e falta de palavra. Nestas condições, render-se corresponderia a entregar-se aos algozes e entregar-lhes os próprios filhos, alguns outros parentes, Nai-Chico, amigo de sempre, e os seus bravos e leais companheiros, a fim de serem assassinados e, decerto, previamente sujeitos a tormentos.
Apesar de, por estas razões, estarmos convencidos de que deveria ser a segunda versão a que havia de estar mais dentro da verdade, decidimos pedir ao nosso Ex.mo amigo Sr. Comodoro Alfredo Mota - que sabíamos ter em Timor pessoa de família e ali residente há longos anos - o favor de, por meio dela, nos obter de certo parente de D. Aleixo resposta a algumas perguntas por nós formuladas num pequeno questionário. Assim, em resposta, houvemos a satisfação de vir às nossas mãos o relato de 'OS ÚLTIMOS DIAS DE D. ALEIXO CORTE-REAL', escrito por João César Corte-Real, neto daquele régulo e que, tendo estado também preso na secretaria de Hato-Udo, conseguira evadir-se(*). As hesitações que tínhamos em aceitar para este pequeno trabalho a segunda versão terminaram ao conhecer aquele relato. A primeira foi definitivamente posta de lado.

(*) - Nas sua linhas gerais, esta versão condiz com a que se encontra na obra 'FUNO - GUERRA EM TIMOR', do Dr. Cal Brandão."


Preço: 75,00€