sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Guerra colonial & Angola - 'BATALHÃO B. CAÇ. 595 (1963-1966)', de Luís Corrêa de Sá - Lisboa 2003




Guerra colonial & Angola - A guerra em África nos meados da década de sessenta revelada por um dos seus participantes em todos os pormenores


'BATALHÃO B. CAÇ. 595 (1963-1966)'
De Luís Corrêa de Sá
Edição Medialivros
Lisboa 2003


Livro com 198 páginas, capas duras e sobre-capas, de grandes dimensões (26 x 32 cm), muito ilustrado e em muito bom estado de conservação.
Um álbum com grande qualidade gráfica, de papel e acabamentos.
De muito difícil localização.
Muito raro.


O autor foi oficial subalterno no exército português e serviu na guerra em Angola onde cumpriu a sua missão. Munido de uma câmara fotográfica, foi recolhendo as imagens do dia-a-dia, tanto na vida quotidiana e burocrática do aquartelamento, como das missões militares em que participava.

Assim, com todas esta informação e documentação, elaborou um excelente e pormenorizado album da vida dos militares portugueses na guerra colonial de Angola e será eventualmente o melhor livro do género alguma vez editado.

Obra muito procurada e de muito difícil acesso, dada a pequena edição saída para venda. Um documento imprescindível sobre as guerra coloniais portuguesas de África em meados do século XX.


Do ÍNDICE:
- PREFÁCIO;

- MAFRA
Terça-feira, 22.01.63;

- 'CAÇADORES 5'
Quinta-feira, 13.06.63;

- MAGINA NOVA
Sexta-feira, 06.12.63;
Terça-feira, 19.01.1965;

CANGOLA
Terça-feira, 02.02.1965;
Quarta-feira, 09.02.1966;



LUÍS MEM CORRÊA DE SÁ
"Visconde de Soveral, neto do primeiro e único marquês de Soveral, um dos Vencidos da Vida, conhecido diplomata biografado por Paulo Lowndes Marques.
Tem 72 anos e duas filhas, Camila e Carlota, a residir na Bélgica. É filho de pai português e de uma senhora de rara elegância de origem norueguesa, cujo apelido baptizou um vinho do Porto: Krohn.
Licenciou-se em HEC (Hautes Études Commerciales) na Universidade de Lausanne (Suíça), em 1962, viveu sempre entre o estrangeiro, Lisboa e Sintra, e esteve, durante 26 anos, à frente dos destinos de uma grande empresa de catering fornecedora de plataformas de prospecção petrolífera, do Brasil à Sibéria, passando por Angola.
Mas foi sobre este último país, Angola, e a respeito de um tema bem diferente, que a conversa se desenrolou: o veterano combateu na Guerra de África como alferes miliciano durante dois anos, entre 1964 e 1965, numa missão, embora arriscada, mais estratégica do que bélica: informar companhias de outras geografias da passagem de grupos inimigos, cuja missão era abastecer as tropas que combatiam o exército português. Foram dois anos que considera terem resultado na mais marcante experiência da sua vida, pela heterogeneidade do convívio num cenário de risco onde os laços se estabelecem de uma forma impossível de esquecer e a origem não conta.
Enquanto militar em África, registou as suas vivências e memórias num diário único e actualizado ao dia, publicado em 2003 e contendo mais de 200 fotografias extraordinárias tiradas pelo próprio sobre o quotidiano do teatro de guerra."

VIDA MILITAR - Datas marcantes:
- A 22 de Janeiro de 1963 foi incorporado como soldado-cadete na EPI-Mafra.
- E a 16 de Junho promovido a aspirante-a-oficial miliciano atirador de infantaria, colocado no BC5-Campolide e integrado na CCac535/BCac595.
- Foi mobilizado para o Ultramar. A 01 de Novembro foi promovido a alferes miliciano.
- Em 10 de Novembro embarcou em Lisboa no navio 'Vera Cruz' com o seu batalhão, rumo a Luanda.
- A 29 de Novembro ficou instalado com a sua sub-unidade na Magina (região fronteiriça de Angola com o ex-Congo Belga), um dos 'corredores infiltrantes' da FNLA, organização dirigida por Holden Roberto.
- A 02 de Dezembro o aquartelamento da Magina é alvo de flagelação do IN.
- A 18 de Fevereiro de 1964 o aquartelamento sofre nova flagelação do IN.
- A 15 de Abril a sua sub-unidade sofre cinco mortos durante um emboscada do IN.
- A 26 de Janeiro de 1965 o seu batalhão instala-se em Sanza Pombo, e a CCac535 em Cangola com um pelotão na Quicúa.
- A 20 de Janeiro de 1966 recua com o seu batalhão para o Campo Militar do Grafanil.
- A 05 de Fevereiro inicia no porto de Luanda a viagem de regresso a Portugal.


Preço: 140,00€

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