Angola & Literatura - Uma obra de ficção, sobre problemas reais da sociedade e política angolana nas suas vivências pós-independência
’KAMBONHA’
De Mota Yekenha
Edição EUROPRESS
Lisboa 1992
Livro com 216 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
Da contracapa:
“ ‘KAMBONHA’
Nesse ano todos estavam vivos. Asseguravam que tinham suportado um longo pesadelo. Se fosse a recomeçar tudo de novo, fariam as coisas de maneira diferente, de outra maneira. É precisamente uma destas maneiras de crer, pensar e fazer que se tenta fazer em Kambongo.
No atlas, desafio o leitor, não existe Kambongo. Nas cúpulas governamentais, tão pouco encontrará um PAIK; nas savanas jamais esteve Nikila-Ya-Luimbi. Multidões totalmente desprezíveis, que nunca as haja!
Só como fragmento de imaginação da vida.“
Da badana:
“Há três décadas, Dumont deixou o aviso - a África começou mal. Viradas páginas dos calendários, Dumont confirma-se.
Disto se fala no cenário imaginado de Kambongo. Aí, nas frechas da Ordem estabelecida, outra ordem se estabelece: a do ‘esquema’, a da duplicidade, a da resistência na qual heróis são os que sobrevivem. Universo orwelliano transposto para o continente negro, este o que escritor angolano nos oferece.
Se ao princípio era a Ordem, a Ordem se fez Caos. Porque q Ordem confronta o Homem e o Homem confronta a Ordem. Kambamba é a personalização do Poder habitando o Palácio. Fora do Palácio há outro Poder - Kambonha. Ele é o espírito que Póvoa o muito e o Muceque, que ressoa nas marimbas, que sopra entre entre a ramaria das acácias e dos imbondeiros. Espírito dionisíaco, satânico, subversivo; por isso também divino, por isso encarna.
Eis o que concebe que Kambonha seja Kambamba e anti-Kambamba. Seja o todo e a parte. O antes e o depois.
Este universo de Kambonha, ficção - pintada a cores vivas da realidade africana - relatando o hoje.
A África começou mal. Mas, chão úbere, dele despontam seivas, dele ecoam vozes, nele xinguilam corpos, nele mungomba vontades.
Terminada a mungomba, a vida retoma o curso como a formiga ressurge depois da queimada. Afinal, espírito dos subterrâneos, Kambonha é espírito sobre as águas e sobre a terra. É feitiço. Africano.“
O AUTOR:
“MOTA YEKENHA
Nasceu a 27 de Fevereiro de 1962, em Tchipeio, Huambo. Região do centro de Angola, aí viveu a sua infância e juventude. Frequentou a escola primária da missão católica local. Mais tarde cursou filosofia e teologia no Seminário Maior do Huambo.
Por virtude da sua profissão, convive com as principais tribos angolanas, ouve os seus anseios, as suas mágoas, as suas vicissitudes quotidiana PS. Conhece os seus usos e tradições, recolhe a sua vivência, aqui transmitidos no relato de Kambonha.“
Do ÍNDICE:
Dedicatória
PRÓLOGO
- UM
- DOIS
- TRÊS
- QUATRO
- CINCO
- SEIS
- SETE
- OITO
- NOVE
- LONGO EPÍLOGO
Glossário
Preço: 25,00€;
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