Portugal & Ultramar - História e recordações de Angola, antiga província ultramarina portuguesa da África Ocidental, relatadas pelo autor
‘ANGOLA NOUTROS TEMPOS’
Por terras do Golungo e de Ambaquistas
De Jerónimo Pamplona
Prefácio de Paulo Fernandes
Edição Pangeia Editores
Lisboa 2016
Livro com 262 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
SINOPSE:
"Este é um livro de crónicas, contos e poemas que percorre um tempo com início em 1482 e fim em 1974, através das seguintes etapas:
- Na Introdução relato a evolução da África antiga, desde o aparecimento do Homo Sapiens passando pelo surgimento da agricultura até à fundição do ferro.
Certo é que por volta de 400 a.C. a fundição era praticada na área da atual Nigéria e por volta de 1.000 d.C., outros povos da África Ocidental utilizavam igualmente esta tecnologia». na primeira parte abordo a chegada dos portugueses a Angola.
Incidindo sobre o reino do Ndongo, detenho-me um pouco mais sobre a figura mítica da Rainha Njinga. no final da visita o Governador estranhou que a Embaixadora não chamasse a escrava que se mantinha imóvel sobre a almofada. Njinga riu-se. ‘Deixaria a escrava, retorquiu. Não tinha por habito usar do mesmo assento mais do que uma vez’.
- Na segunda parte descrevo as personagens e o estatuto dos Ambaquistas e dos Assimilados.
Escrevo de nenhures. É este o meu solo materno pátrio; no qual busco a felicidade e me consolo.
- Na terceira parte centro-me na vida económica e social do Golungo Alto em meados do século XX.
No dia em que chegava o homem da máquina para passar o filme, o pessoal que quisesse assistir tinha que pagar o bilhete e levar um banco de casa, ou então sentar-se no chão.
- Na quarta parte, num estilo em que a paródia prevalece sobre a sátira, revisitando mais de 25 anos, conto 42 estórias/piadas, que ocorreram em diferentes lugares de convívio e que são aqui compiladas.
‘Para tomar banho?! Claro! Onde é que o Sr. toma banho? Eu?! Eu tomo banho no rio. no rio?! e os Jacarés? Oh, os Jacarés! Não há perigo. Já me conhecem!’
- Na quinta parte narro seis contos, no estilo que poderá chamar-se de short stories.
‘Ó Lia, tu tinhas de lhe dizer que aceitavas o namoro. Sabes, não parece mas, os homens são muito tímidos! Nós, mulheres, temos que, por vezes, tomar a iniciativa.’
- Na última parte percorro, num rally paper imaginário, as ruas do Golungo Alto visitando lugares que nos fazem recordar afetos e emoções vivenciadas.
‘Desde o Luínha para o Golungo lá seguiam; o comboio, automotora e a grazine assim andavam, devagar, devagarinho, nos morros e curvas até gemiam. Algumas vezes, poucas, vejam lá, até descarrilavam!’ “
Jerónimo Pamplona
Da contracapa:
“Idealizado para ser uma simples evocação da vila angolana Golungo Alto e das suas gentes doutros tempos, este livro ‘ANGOLA NOUTROS TEMPOS’ aparece enquadrado num projecto mais lato, que passou por uma retrospectiva da História Geral de Angola, numa síntese tão bem organizada como articulada. Optando pela História narração, em vez da História problema, com particular e inesperada habilidade, que enriquece sobremaneira contando pequenas estórias que, por outro lado, polvilha de apontamentos cheios de sabor, Jerónimo Pamplona acaba por recordar de maneira indelével especialmente o Golungo Alto das primeiras décadas do século XX, terra de tabaco e de café, de roças e de armazéns de aviados, de grandes florestas, e naturalidade da sua mulher de sempre, onde nasceram grandes personalidades angolanas como o famoso cónego Manuel das Neves, que foi um dos principais impulsionadores da luta de libertação nacional, os dirigentes políticos Mário Pinto de Andrade e o seu irmão Joaquim Pinto de Andrade e Manuel Pedro Pacavira, assim como o poeta José Luís Mendonça, atual director da revista ‘CULTURA’, e à qual estiveram sempre ligados figuras como o poeta António Jacinto, o dirigente político Lopo de Nascimento, o escultor José Rodrigues bem como os seus irmãos António Jacinto Rodrigues, notável arquiteto paisagista, e Irene Guerra Marques, grande figura da cultura angolana. De evocar o grande artista Roberto Silva, que viveu no Golungo Alto vários anos, cuja obra de decoração da Igreja de Santo Hilarião ainda hoje pode ser admirada.“
Rodrigues Vaz - Jornalista
Do ÍNDICE:
Dedicatória
Agradecimentos
PREFÁCIO
- Por Paulo Figueiredo (Antropólogo)
INTRODUÇÃO - A ÁFRICA ANTIGA
- As migrações Bantu (1000 AC - 1600 DC)
- África Central e Meridional até 1600
- Alguns termos de comparação
- O impacto do velho mundo
- O domínio colonial em África
- O Cristianismo na África colonial
Parte I - ANGOLA NOS SÉCULOS XV - XVII
Capítulo 1 - O eu africano e o outro europeu
Capítulo 2 - O Reino do Ndongo
Capítulo 3 - A Rainha Njinga
Capítulo 4 - Era assim no tempo da Rainha Njinga
Capítulo 5 - A escravatura em Angola
Parte II - ANGOLA NOS SÉCULOS XVIII - XX
Capítulo 1 - O Reino de Angola
Capítulo 2 - Os Ambaquistas em movimento
Capítulo 3 - Práticas colónias
Parte III - CRÓNICAS DO GOLUNGO ALTO
Capítulo 1 - A região do Golungo Alto
Capítulo 2 - O ciclo do Café
Capítulo 3 - O ciclo do Comércio
Capítulo 4 - Um homem de Deus & do Mundo
Capítulo 5 - O homem pensa, a obra nasce
Capítulo 6 - A Festa Rainha
Capítulo 7 - Farras e festas
Parte IV - NA HORA DO HUMOR
Capítulo 1 - Anedotas & Chistes
Capítulo 2 - Divertidos & Folgazões
Capítulo 3 - Figuras & Figurões
Parte V - NA HORA DO CONTO
Conto 1 - Érica Grade
Conto 2 - Núria Kasuva
Conto 3 - Petra Valadares
Conto 4 - Isadora Ramos
Conto 5 - Aromas Tropicais
Conto 6 - O tempo transforma tudo em tempo
Parte VI - NA HORA DOS AFETOS
Capítulo 1 - Baú de recordações
Capítulo 2 - Poetizar
Capítulo 3 - O olhar de poetas angolanos
ÍNDICE DOS MAPAS
I. - As Línguas das Etnias Angolanas
II. - África Central Ocidental - Regiões
III. - Localidades de Angola
IV. - População estimada (1845)
Reino de Angola
V. - População estimada (1845)
Reino de Benguela
VI. - Campanhas Militares e Legislação
Período de 1845 a 1900
VII. - Campanhas Militares e Legislação
Período de 1900 a 1926
Bibliografia
Glossário
POSFÁCIO
Preço: 32,50€;
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