Portugal - Estado Novo & História - O autor relata o ambiente vivido nos países do Norte de África, nomeadamente Marrocos e Argélia, onde os líderes dos movimentos de libertação das então colónias portuguesas encontravam asilo e apoio diplomático, e da oposição portuguesa, com recurso a documentos, testemunhos e a imprensa local com noticiário das actividades dos que combatiam o regime liderado por António de Oliveira Salazar
‘CASABLANCA - O INÍCIO DO ISOLAMENTO PORTUGUÊS’
Memórias Diplomáticas: Marrocos 1961 - 1963
De José Duarte de Jesus
Prefácio de Adriano Moreira
Edição Gradiva
Lisboa 2006
Livro com 190 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Da contracapa:
“O leitor tem nas mãos um livro de leitura empolgante que conte um dos períodos históricos ‘quentes’ de Portugal.
Colocado em Marrocos, um jovem diplomata assiste aos acontecimentos que aí se desenrolam, participando em episódios de extrema importância histórica. Entretanto, recolhe a documentação a que vai tendo acesso, pois o seu sentido de dever a isso o impele.
É graças a esses documentos e à memória do então jovem diplomata que se torna possível conhecer hoje com maior exactidão o que se passou verdadeiramente em Casablanca em 1961.
E, na verdade, Marrocos era na altura um verdadeiro turbilhão: com a morte de Mohamed V, ascende ao trono Hassan II: a guerra na Argélia dificulta as relações de Marrocos com os seus vizinhos: a equipa de Henrique Galvão desvia um avião da TAP em Casablanca: os movimentos nacionalistas das Colónias portuguesas surgem unidos na Conferência de Casablanca: Galvão e Delgado permanecem em Marrocos: os serviços secretos tentam assassinar delgado, que o embaixador protege. A guerra colonial inicia-se em Angola. Goa é invadida.
Em Portugal, o Ministro da Defesa, General Botelho Moniz, tenta um golpe de estado: outro grupo tenta tomar o quartel de Beja. Vive-se uma curta ‘Primavera de esperança’ com o jovem ministro Adriano Moreira.
E Casablanca ocupa sempre um lugar central nos acontecimentos da época.“
O Autor:
“JOSÉ MANUEL DUARTE DE JESUS nasceu em Lisboa, em Dezembro de 1935.
Com formação académica em História, Filosofia e Lógica Matemática, ingressou na carreira diplomática em Dezembro de 1960 e serviu como diplomata em diversos países da Europa Ocidental e de Leste, do Magrebe, da África Subsariana, da Ásia e da América. Foi afastado da carreira diplomática entre 1965 e 1974. Actualmente, embora ainda ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, é docente no Instituto Superior de Ciências Sociais, da Universidade Técnica de Lisboa.
Tem obra publicada, nomeadamente sobre a China e a Ásia.“
Do ÍNDICE:
Nota Prévia
PREFÁCIO - Por Adriano Moreira
Parte I
O INÍCIO NO PALÁCIO DAS NECESSIDADES E EM RABAT
1. - As três fases da diplomacia portuguesa do pós-guerra. Salazar e Sampayo marca a época da Segunda Guerra Mundial. Paulo Cunha representa a diplomacia do pós guerra. Marcello Mathias é o ministro da transição. Franco Nogueira protagoniza a diplomacia da guerra do Ultramar
2. - O Marrocos que antecedeu a minha chegada. O Marrocos que encontrei
3. - A Embaixada em Rabat e as primeiras experiências duma missão no estrangeiro. Manuel Homem de Mello, embaixador com qualidades invulgares
Parte II
ANNUS HORRIBILIS DO SALAZARISMO - VISTO DE MARROCOS
1. - Preocupações de Marrocos nas vésperas da independência da Argélia: o triângulo Ibérica-França-Marrocos. Encontro com Ferhat Abbas, o autor de ‘L’indépendance Confisqué’
2. - A Conferência de Casablanca reúne, pela primeira vez, os MLCP (Movimentos de Libertação das Colónias Portuguesas ‘, uma semana depois de se iniciar em Portugal a curta primavera Adrianista. O embaixador de Portugal é convidado a assistir. O papel preponderante de Marcelino dos Santos e de outras figuras ligadas ao movimento de emancipação de Goa. Amílcar Cabral
3. - O espião estrangeiro ao serviço da PIDE actua em África
4. - Humberto Delgado e Henrique Galvão em Marrocos: diferentes tomadas de posição sobre África. A operação ‘Vagô’. A tentativa de assassinato de Humberto Delgado em território marroquino e o papel da embaixada
5. - O golpe do general Botelho Moniz e a reacção marroquina
6. - A tomada de Goa. O primeiro baptismo diplomático. Declarações de Marcelino dos Santos e de Aquino de Bragança
7. - Emigração da comunidade judaica de Marrocos
8. - A crise de Bizerta. A preocupação marroquina
Parte III
1962 - 1963
1. - Mudança de embaixador e de estilo
2. - A apresentação de credenciais
3. - 1962 - O ano em que Hassan II procura estabilizar suas relações externas
4. - Continuação do imbróglio Argélia-Marrocos e suas repercussões internas e externas. A primeira Constituição
5. - A CONCP. As ajudas de Marrocos. A ida à Conferência do Cairo. Que queremos nós em África? Assembleia Geral da ONU. Tentativa de acreditar um embaixador residente em Madrid. Longas conversas com Abdelkrim Moussa
6. - A questão do armamento russo versus americano ou o perigo da chamada ‘infiltração soviética’ em Marrocos. A posição da embaixada face às diversas visões dos serviços de informação in loco.
7. - O fim de 62 e o início de 63 deixam antever instabilidade social e militar
8. - A questão de IFNI e as relações com a Espanha. O exemplo de Goa invocado pelo ISTIQLAL
9. - “Aí, Deus ! Acabaram-se os dias.”
Preço: 37,50€;
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