Portugal & Ultramar - Estudo antropológico do colonialismo e das relações entre a administração colonial e os nativos em Moçambique até à independência em 25 de Junho de 1975
‘A INVENÇÃO DO ASSIMILADO’
Paradoxos do Colonialismo em Moçambique
De Lorenzo Macagno
Edições Colibri
Lisboa 2019
Livro com 220 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
Da contracapa:
“Lourenzo Macagno estabelece um diálogo profícuo e bem-sucedido entre. História e a antropologia. Ao abandonar a tese clássica que opõe a política oficial de assimilação à política concreta de discriminação, demonstra como uma não podia existir sem a outra, tanto na produção do pensamento colonial como na sua aplicação prática. Além disso, o autor analisa a evolução deste pensamento desde os homens da Geração de 1895, passando pelo Estado Novo, até aos novos teóricos da nação ‘una’, multirracial e pluricontinental, do final do período colonial. Este livro terá uma utilidade óbvia para os estudantes de História de África e da História Colonial, mas também para quem se interesse pela história da ideia nacional em Portugal.“
Michel Cahen, Université de Bordeaux, CNRS/Sciences Po Bordeaux,
Les Afriques dans le Monde (LAM)
“Esta obra é uma análise crítica da história do assimilacionismo na política africanista portuguesa no período que vai dos sinais do século XIX, com a geração de António Enes, à segunda metade do século XX, quando o tema é relançado por Adriano Moreira e Gilberto Freyre, e, mais tarde ainda, após a independência, quando ele é revisitado do discurso revolucionário de Samora Machel, para quem o tema da assimilação era uma questão de natureza pessoal. Um dos aspectos mais inovadores da presente obra é a atenção dedicada ao modo como a antropologia se foi relacionado com o processo de evolução ideológica do colonialismo africanista português.“
João de Pina-Cabral, Escola de Antropologia e Conservação,
Universidade de Kent, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa
O Autor:
“LOURENZO MACAGNO é professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Brasil, e investigador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Publicou os seguintes livros:
- ‘Apocalipsis al sur. Una protesta contra inmigrantes en el ‘desterro’ argentino’, Buenos Aires: Biblos (2002);
- ‘Outros Muçulmanos. Islão e narrativas coloniais’, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais (2206);
- ‘O Dilema Multicultural’, Curitiba, Rio de Janeiro: Editora UFPR; GRAPHIA Editorial (2014);
Foi também membro da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), entre 2017 e 2018.“
Do ÍNDICE:
Agradecimentos
Siglas
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO: COLONIALISMO COMO CULTURA
- Um excepcionalismo português ?
- Usos e costumes do colonialismo
- Nota sobre a bibliografia
1. - ASSIMILACIONISMO DESCENTRALIZADOR: O INDÍGENA DOMESTICADO
- A Geração de 95
- As guerras de ocupação
- Enes e a descentralização
- Igualar os homens, depois a lei
- Educar corpos para o trabalho
- O desafio missionário
- Digressão: assimilação e antropofagia
2. - ASSIMILACIONISMO E ESTADO NOVO: O INDÍGENA TOLERADO
- O Estado Novo
- O Acto Colonial
- O pensamento colonial de Marcelo Caetano
- A persistência da tutela
- Um colonialismo ‘primitivo’ ?
- Catolizar para assimilar
- Fragilidades da assimilação
3. - ASSIMILACIONISMO COMO GESTALT: O INDÍGENA IMAGINADO
- A produção simbólica dos usos e costumes
- Um passado para a Nação portuguesa
- Luso-tropicalismo e colonialismo português
- Um debate sobre trabalho indígena
- Assimilação / segregação: a Gestalt do colonialismo
4. - ASSIMILACIONISMO E ANTROPOLOGIA: O INDÍGENA OBSERVADO
- O jurista antropológo
- Assimilação evolutiva e assimilação legal
- Uma categoria intermediária: o evoluído
- Antropologia aplicada nas vésperas da luta armada
- 1961, o ano zero da descolonização
- Spínola e a razão cultural
- Do assimilado ao Homem Novo ?
CONCLUSÃO
Bibliografia
Preço: 37,50€;



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