Portugal - PREC & História - Numa edição especial dedicada aos acontecimentos do ‘Verão Quente’ de 1975, durante o período revolucionário do PREC e da descolonização, alguns dos mais significativos episódios históricos com depoimentos de muitos dos protagonistas
Revista 2 - jornal ‘PÚBLICO’, de 15 de Novembro de 2015.
‘O VERÃO QUE ACABOU EM NOVEMBRO’
Lisboa 2015
Exemplar com 30 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Temas em destaque:
- ‘O VERÃO QUE ACABOU EM NOVEMBRO’
- ‘FOI-SE O MEDO, A INCERTEZA E O SONHO’, por Manuel Carvalho
- ‘NO TEMPO EM QUE OS MILITARES FAZIAM A REFORMA AGRÁRIA’
Por Manuel Carvalho
‘Nas primeiras horas de uma manhã do Verão Quente de 1975, um grupo de homens acantonou-se numa herdade no Alentejo e envolveu-se numa troca de tiros com trabalhadores que se preparavam para a ocupar. Horas mais tarde, o exército tornava claro que a resistência à Reforma Agrária era fútil e perigosa. Daí para a frente, a ocupação de terras gerou delírio e uma onda de esperança que só começou a esmorecer no 25 de Novembro.’
Os Primeiros Capítulos
A Contra ofensiva
Depoimentos de José Andrade e António Gervásio
“No Alentejo, a mensagem da reforma agrária passou muito facilmente, até porque havia alguma razão de ser nessa mensagem”, diz José Andrade.
- ‘QUANDO O PS DESCEU À RUA’, por Lurdes Ferreira
‘1.* de Maio de 1975. O PCP e Intersindical tentaram por duas vezes impedir os socialistas de participar nas celebrações. À segunda, conseguem. No tumulto, Manuel Alegre, com um pontapé, trava a tentativa de esfaqueamento a Mário Soares. Nesse dia, separam-se águas na esquerda portuguesa, no primeiro grande duelo entre Soares e Álvaro Cunhal. Agora, 40 anos depois, os dois partidos dão sinais de entendimento.”
A Descolonização de Angola
- ‘O DIA EM QUE OS DISCOS DO ZECA FICARAM PARA TRÁS’, por Leonete Botelho
‘Falamos de menos sobre isto. Passou-se muito, muito tempo antes de voltarmos a conversar sobre aqueles dias que mudaram as nossas vidas. Na verdade, quase 40 anos. Metade dos seis que seguiam naqueles dois carros de Sá da Bandeira a Windhoek já não estão entre nós. E talvez tenham sido eles precisamente os que mais recordaram e retiveram aquele espaço.’
‘Os abastecimentos de Lisboa tornaram-se irregulares. As contas bancárias eram congeladas. Os aviões voavam quando podiam.’
Encontro (pouco) secreto
A asa partida
O dia mais longo
- ‘MADRID TEMIA SEQUESTRO DOS SEUS DIPLOMATAS EM LISBOA’
Por Nuno Ribeiro
‘Altos funcionários da delegação diplomática de Espanha são fotografados e dispersam-se por casas não referenciadas no fim-de-semana dos ataques. O presidente da república Costa Gomes é alertado, Melo Antunes avisa o COPCON e Carlos Fabião. RALIS não intervém e são os comandos da Amadora que dispersam assaltantes na Praça de Espanha. PSP detém na Rua do Salitre quatro jovens com 79 objectos recém-roubados. Tropa não chega a tempo ao Consulado-Geral do Porto porque estava de fim-de-semana.’
- ‘O CASO DO QUARTEL ONDE IA TUDO A VOTOS’, por Luís Miguel Queirós
‘Durante vários dias, em Outubro de 1975, a sede do Regimento de Artilharia da Serra do Pilar (RASP), em V. N. de Gaia, foi ocupado por soldados de várias unidades e esteve nas mãos de uma Comissão de Luta que aboliu a hierarquia, impôs a democracia directa na vida do quartel e desafiou abertamente a autoridade do comandante da Região Militar do Norte, Pires Veloso, exigindo a sua demissão. Com o PREC a encaminhar-se rapidamente para o 25 de Novembro, o Outono de 1975 foi, no Porto, ainda mais “quente” do que o Verão.’
Os SUV na rotunda - “Íamos fazer asneira” - “Acabaram-se as divisas” - Tanques na rua - Cowboys com lenços e bombas
“Estava lá muita gente de outras unidades, partilhávamos colchões e alimentação, e vivíamos num plenário permanente, em que todas as decisões eram sufragavas, ia tudo a votos”, diz António Marques
“Queríamos levantar uma G3 e era só ir ao armeiro e deixar um papel, tipo mercearia, e lembro-me de um tipo pegar numa arma e atingir-se a si próprio “, lembra Daniel Pereira Gomes
“Estávamos cansados, com a barba por fazer e chegam de repente os gajos do RALIS de macacão preto e lenço vermelhinho ao pescoço, todos janotas, a mandar bitaites”, recorda José Rocha
“Foram dias interessantes e não houve nenhuma tragédia a lamentar. Mas o Pires Veloso é que estava certo, não era eu”, comenta Ferreira Fernandes
Preço: 37,50€;
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