Portugal - Colonialismo & Ultramar - Análise de um Estatuto que foi polémico na sua promulgação e que gerou e gera interpretações diferentes muitas décadas após e que marcou a história colonial portuguesa, particularmente nas colónias africanas
‘O ESTATUTO DO INDIGENATO’
ANGOLA - A Legalização da Discriminação na Colonização Portuguesa
De Elisabeth Ceita Vera Cruz
Edição Novo Imbondeiro
Lisboa 2005
Livro com 180 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
Da contracapa:
“ ‘O Estatuto Político Civil e Criminal dos Indígenas’, vulgo Estatuto do Indigenato, foi o instrumento que permitiu aos seus promotores organizar e potenciar os desígnios coloniais que passaram pela ocupação das terras, condição primeira para a plena e efectiva colonização. O assenhoreamento das terras, do espaço, significou terras livres mas igualmente gentes desocupadas, na perspectiva dos colonialistas - não é por acaso que em todas as geografias onde se popularizou a expressão e o conceito indígena, a mesma significava primeiramente o desapossado, o sem-terra. Quer dizer, quando os colonialistas retiram as terras aos indígenas, estão simultaneamente a garantir mão-de-obra livre, desocupada.”
“Os Ambaquistas, grupo que à luz organização e compartimento da população autóctone pelos colonialistas se encontraria a meio caminho entre o assimilado, o destribalizado e o mestiço (…) são o exemplo acabado das contradições e ambiguidades do regime, do discurso e das práticas coloniais.“
A Autora:
ELISABETH CEITA VERA CRUZ
“Angolana, docente universitária e investigadora, com um percurso na área das Ciências Sociais e Humanas que abrange a Filosofia, a Antropologia e a Sociologia.
Elisabeth Ceita Vera da Cruz é autora de livros que espelham o seu ecletismo em domínios tais como o da poesia e o da língua portuguesa.
Com colaboração dispersa em livros e revistas, destaque-se a sua colaboração na imprensa onde tem relevante intervenção.
Desenvolve actualmente, no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), uma investigação na área da Sociologia da Juventude.“
Do ÍNDICE:
Dedicatória
Agradecimentos
PREFÁCIO, por Arlindo Barbeitos
INTRODUÇÃO
I PARTE
I - ENQUADRAMENTO TEÓRICO. COLONIALISMO E COLONIZAÇÃO: O CASO PORTUGUÊS
I.1 - A Problemática do Conceito de Indígena no Contexto Colonial Português
I.2 - Noções Operatórias
I.3 - A Especificidade do Sistema Colonial Português
II - Enquadramento Histórico-Legislativo da Política Colonial Portuguesa
II.1 - A Aurora do Capitalismo Colonial
II.2 - O Povoamento Colocado
II.3 - Alienação das Terras
II.4 - Mão-de-obra e Trabalho: a emergência do mito civilizacional
III - O Discurso Ideológico do Colonialismo Português: a pedagogia colonial(ista)
III.1 - Primitivo ou Primitivismo ?
III.2 - O Tradicional Anti-Racismo Português
III.3 - Missão Civilizacional
III.4 - Missão Cristã
II PARTE
IV - POLÍTICA INDÍGENA
IV.1 - O Estatuto Político, Civil e Criminal dos Indígenas e o Código do Trabalho dos Indígenas: a aliança necessária
IV.1.1 - Premissas
IV.1.2 - Cabo Verde: a excepção
IV.2 - O Indigenato
IV.2.1 - Dos Assimilados
IV.2.2 - Dos Destribalizados
IV.2.3 - Das Elites
IV.2.4 - Dos Mestiços
IV.3 - Política Social
IV.3.1 - Assistência
IV.3.2 - Ensino
III PARTE
V - ESTUDO DE CASO: ANGOLA - OS AMBAQUISTAS
V.1 - Os Ambaquistas: mito e realidade
V.1.1 - O Poder das Mucandas: de intérprete a tradutor, ou a oralidade à escrita
V.2 - Retrato do Colonizado pelo Colonizador
V.2.1 - Os Atributos de Cidadania
V.2.2 - Contradições e Ambiguidades do Discurso Colonial: o selvagem, o exótico e o civilizado
V.3 - Do Ambaquista ao Indígena
IV PARTE
VI - A REVOGAÇÃO DO ESTATUTO DO INDIGENATO
VI.1 - Tempo de Integração: ‘O Código do Trabalho Rural’
VI.2 - O Estatuto do Indigenato versus o Mito da Cultura
VI.3 - Levanta-se o Véu: Conclusão
Bibliografia
Preço: 42,50€;
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