domingo, 14 de julho de 2024

Portugal - Ultramar & Literatura - ‘O CASO DA RUA VOLONG’, de Emílio de Sam Bruno - Lisboa 1928 - MUITO RARO;






Portugal - Ultramar & Literatura - Uma obra da literatura colonial cujo ambiente e cenário fica situado em Macau, uma das parcelas do Império ultramarino português 


‘O CASO DA RUA VOLONG’ 
Scenas da vida colonial 
De Emílio de Sam Bruno 
Edição do Autor 
Impressão Tipografia do Comércio, Oficina Gráfica L.da 
Lisboa 1928 


Livro com 416 páginas e em muito bom estado de conservação. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


SINOPSE
“A decadência de Macau no fim do século 19, reflete a decadência da China dos últimos anos do regime monárquico. Uma é o espelho da outra nas palavras de um dos personagens: ‘Os portugueses e os chineses, têm a mesma moral. Viajei na América, conheço o sistema inglês dos Straits e vi que no carácter e na política os chineses e os portugueses pouco diferiam...’ (Bruno, 351). 
Na grande luta entre a Europa e a Ásia que tanto preocupava Jaime do Inso, A China está ganhando em Macau, uma China arcaica e anárquica, victoriosa no enclave porque permitida pela letargia a decadência de Portugal: ‘Em baixo a procissão chinesa continuava a desfilar com o mesmo pitoresco exotismo de há mil anos. Era bem a China impenetrável, retrógrada, rotineira, insubmissa à febril civilização ocidental, mas já minada no antigo respeito à lei pela anarquia latente entre os mandarins do Império./ Como a arcaica civilização chinesa se achava bem dentro da ronceira e velha colónia de Macau!’ (Bruno, 142). 
Como colonialista, e autor de um romance que ia concorrer para o prémio da Agência Geral das Colónias, San Bruno não podia acabar num tom tão pessimista. Como o seu contemporâneo, Jaime do Inso, cujo livro também ganhou um prémio da Agência, concluiu positivamente o seu romance, recorrendo a uma técnica já conhecida dos românticos: o narrador se distancia do período em que se desenrolou a acção da história, ao informar os seus leitores que o manuscrito tinha sido achado num velho baú. Refere, portanto, a uma situação que já não existia: ‘Hoje, Macau, já difere, em civilizado conforto, e em adequadas obras de fomento, do daquele tempo, em que o autor dos folhetos coloniais por lá andou.’ (Bruno, 413-4). 
San Bruno escrevia quando a ditadura de Salazar estava-se consolidando, criando as condições para a imposição da lei orgânica que ia entrar em vigor no império a partir da década de 30.” 
Excerto de artigo da autoria de David Brookshaw

*No fim do livro ficamos a saber que o nome verdadeiro de quem publica é Carlos Crispim da Cunha Carvalho. 
“Segundo ele conta; comprou numa velha sala de leilões uma pequena caixa de madeira de cânfora que continha diversas bugigangasfoi revolvendo com indiferença, e com a ponteira da bengala, aquele lixo colonial, que entreviu no fundo da velha caixauns cartões bafientos a capear umas folhas manuscritas.
Que seria?
O empoeirado maço de papeis estava atado e continha quatro fascículos! Cada um deles tinha o seu título e o mesmo autor, Emílio de San Bruno:
1º. - ‘GADIR E MAURITÂNIA’; 
2º. - ‘ZAMBEZIANA’; 
3º. - ‘A VELHA MAGRA DA ´ILHA DE LOANDA`.’; 
4º. - ‘O CASO DA ´RUA VO-LONG` , nº 7, em MACAU’.
Gulosamente decidiu ficar com a caixa de cânfora e seu conteúdo bizarro 
Leu com vagar os apontamentos dos folhetos, evidentemente escritos sob o pseudónimo de EMÍLIO DE SAN BRUNO...”


Preço:  0,00€; (Indisponível; 

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