sábado, 18 de novembro de 2023

Portugal & Ultramar - ‘MOÇAMBICANA - Memória contra a guerra colonial (1974-1968)’, de Agostinho Fernandes - Lisboa 2012 - Raro;






Portugal & Ultramar - Uma obra em que o autor divulga os seus sentimentos críticos do conflito militar que enfrentou em Moçambique, em finais da década de sessenta, então uma província ultramarina portuguesa 


 ‘MOÇAMBICANA - Memória contra a guerra colonial (1974-1968)’ 
De Agostinho Fernandes 
Prefácio de José Manuel Mendes 
Edição Húmis 
Lisboa 2012 


Livro com 136 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


SINOPSE: 
“A memória da Guerra Colonial, como a dos períodos que cingem o percurso da humanidade a lugares de dor e transposição, não está encerrada. Nem, dir-se-á, estabelecida, enquanto historiografia, testemunho, elaboração literária por forma a prescindir dos documentos e contributos que dimanam de quem a viveu ou investigou. 
Cinquenta anos após a eclosão dos movimentos emancipalistas e da luta armada pela independência das ex-colónias portuguesas, houve no país ciclos de debates, publicações, iniciativas, que, não obstante insuficiências, bem comprovam a premência de um tema que permanece cicatriz e ferida, ainda eriçado de interditos, malquerenças, incompreensões, a desafiar o futuro. 
‘MOÇAMBICANA’ de Agostinho Fernandes, insere-se neste contexto de feição muito peculiar, assumindo a experiência concreta e, a partir dela, uma meditação que transcende a circunstância pessoal para relevar feitos e fracassos de um povo ao longo de séculos. Revisitando acontecimentos, medos, fascínios, interrogações, exprime a notação do quotidiano na frente de combate e as vozes do pretérito que o percutem, nos diferentes planos cognitivos, morais e estéticos.” 


O Autor: 
“AGOSTINHO PEIXOTO FERNANDES nasceu em Joane, em 1942. Após a instrução primária, ingressou na austera Ordem do Carmo, em Viana do Castelo, tendo terminado a licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. 

Como professor do ensino Secundário ocupou, a partir de 1974, vários cargos de gestão em estabelecimentos de ensino. Entre 1980 e 1982 foi vereador da Cultura, pelo Partido Socialista, na Câmara Municipal de Famalicão, sendo Presidente Antero Martins do PSD, onde alicerçou uma política inovadora nesta área. Promoveu os Encontros Municipais e de Formação Autárquica, fundou o Boletim Cultural. Dinamizou o movimento associativo local.

Em 1983 foi eleito presidente da Câmara de Famalicão, cargo que ocupou até 2001. O seu trabalho de autarca a favor da educação, ensino e acção social (foi um dos primeiros autarcas do país a criar no seu concelho uma rede pública de infantários) foi reconhecido em 1993 pela UNICEF, que o declarou Presidente da Câmara Amigo das Crianças.

Ao longo dos seus sucessivos mandatos – que se estenderam por um período de quase 20 anos – o concelho transfigurou-se. A ele se deve a implantação de importantes infraestruturas como o Citeve, Matadouro Central, Universidade Lusíada, Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, Biblioteca Municipal, Artave, Centro Coordenador de Transportes, Casa das Artes, Museu da Indústria Têxtil e piscinas municipais.

Também tomou decisões polémicas, como a urbanização da parte dos terrenos de Sinçães, a instalação de grandes e médias superfícies comerciais à entrada da cidade, e a demolição do Cine-teatro Augusto Correia.

Foi um dos fundadores da Associação de Municípios do Vale do Ave, tendo, neste âmbito, enfrentando a maior contestação popular dos seus mandatos com a construção da ETRSU de Riba de Ave.

É sócio de inúmeras associações cívicas, culturais e de solidariedade social e foi mandatário concelhio de Mário Soares e Jorge Sampaio (1º mandato) nas suas campanhas à Presidência da República.”



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO - Premência e Revelação 
Por José Manuel Mendes 
Dedicatória 

- Moçambicana 
- Zambézia 
- Milange 
- EPI/Entrada para o inferno 
- Os Zulus 
- Musas do Tumbine 
- Sob o tridente de Neptuno 
- Entre Mandela e Pessoa 
- Adamastor 
- Bons sinais 
- O rio Chire português 
- À volta do Quilimanjaro 
- O reino de Monomotapa 
- Lourenço Marques 
- Vasco da Gama 
- Escravos negros = ouro 
- Pelo Brasil 
- A fuga da família real 
- Tudo em nome de Deus 
- Marfim, prata e escravos 
- Alcácer Quibir 
- Execranda inquisição 
- Mas que grande Portugal 
- O poder de Goa 
- Aringas e insolência 
- A grande língua portuguesa 
- Angola e Guiné 
- O terrível Tchaka 
- Gungunhana e Mouzinho 
- Grandes viagens e exploradores 
- Lembranças de Mafra / Ramalho Eanes 
- À volta de 800 dias… 
- Amigos do tempo de guerra 
- Laurentinas, 2M e catembes versus Hemingway e Camus 
- O Cadillac cor de rosa 
- Lado a lado com a verticalidade de Rommel 
- À volta do Chiperone com Livingstone e Serpa Pinto 
- Relatório de acção de pelotão 
- Machamba e maningue de milandos e batuques 
- Entre Mandela e Napoleão 
- Valeu a pena ? …
- Tempo de ditadores 
- Guerra Civil de Espanha (1936-1939) 
- No inferno de Dante… 
- Salazar não ouve 
- O general sem medo 
- Angola é nossa 
- NATO ou Pacto de Varsóvia 
- Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Eduardo Mondlane 
- Adeus, até ao meu regresso 
- De Milange para o Sabondo / Tete 
- Publicação do DL 353/73 
- O raiar do 25 de Abril 
- Balanço: 10.000 mortos e 30.000 feridos em 13 longos anos ! 
- E dizem-se geração à rasca ?… 
- Senhor, falta cumprir-se Portugal. É a hora ! 

Bibliografia 


Preço: 27,50€; 

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