Portugal & Ultramar - Uma obra em que o autor divulga os seus sentimentos críticos do conflito militar que enfrentou em Moçambique, em finais da década de sessenta, então uma província ultramarina portuguesa
‘MOÇAMBICANA - Memória contra a guerra colonial (1974-1968)’
De Agostinho Fernandes
Prefácio de José Manuel Mendes
Edição Húmis
Lisboa 2012
Livro com 136 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
SINOPSE:
“A memória da Guerra Colonial, como a dos períodos que cingem o percurso da humanidade a lugares de dor e transposição, não está encerrada. Nem, dir-se-á, estabelecida, enquanto historiografia, testemunho, elaboração literária por forma a prescindir dos documentos e contributos que dimanam de quem a viveu ou investigou.
Cinquenta anos após a eclosão dos movimentos emancipalistas e da luta armada pela independência das ex-colónias portuguesas, houve no país ciclos de debates, publicações, iniciativas, que, não obstante insuficiências, bem comprovam a premência de um tema que permanece cicatriz e ferida, ainda eriçado de interditos, malquerenças, incompreensões, a desafiar o futuro.
‘MOÇAMBICANA’ de Agostinho Fernandes, insere-se neste contexto de feição muito peculiar, assumindo a experiência concreta e, a partir dela, uma meditação que transcende a circunstância pessoal para relevar feitos e fracassos de um povo ao longo de séculos. Revisitando acontecimentos, medos, fascínios, interrogações, exprime a notação do quotidiano na frente de combate e as vozes do pretérito que o percutem, nos diferentes planos cognitivos, morais e estéticos.”
O Autor:
“AGOSTINHO PEIXOTO FERNANDES nasceu em Joane, em 1942. Após a instrução primária, ingressou na austera Ordem do Carmo, em Viana do Castelo, tendo terminado a licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Como professor do ensino Secundário ocupou, a partir de 1974, vários cargos de gestão em estabelecimentos de ensino. Entre 1980 e 1982 foi vereador da Cultura, pelo Partido Socialista, na Câmara Municipal de Famalicão, sendo Presidente Antero Martins do PSD, onde alicerçou uma política inovadora nesta área. Promoveu os Encontros Municipais e de Formação Autárquica, fundou o Boletim Cultural. Dinamizou o movimento associativo local.
Em 1983 foi eleito presidente da Câmara de Famalicão, cargo que ocupou até 2001. O seu trabalho de autarca a favor da educação, ensino e acção social (foi um dos primeiros autarcas do país a criar no seu concelho uma rede pública de infantários) foi reconhecido em 1993 pela UNICEF, que o declarou Presidente da Câmara Amigo das Crianças.
Ao longo dos seus sucessivos mandatos – que se estenderam por um período de quase 20 anos – o concelho transfigurou-se. A ele se deve a implantação de importantes infraestruturas como o Citeve, Matadouro Central, Universidade Lusíada, Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, Biblioteca Municipal, Artave, Centro Coordenador de Transportes, Casa das Artes, Museu da Indústria Têxtil e piscinas municipais.
Também tomou decisões polémicas, como a urbanização da parte dos terrenos de Sinçães, a instalação de grandes e médias superfícies comerciais à entrada da cidade, e a demolição do Cine-teatro Augusto Correia.
Foi um dos fundadores da Associação de Municípios do Vale do Ave, tendo, neste âmbito, enfrentando a maior contestação popular dos seus mandatos com a construção da ETRSU de Riba de Ave.
É sócio de inúmeras associações cívicas, culturais e de solidariedade social e foi mandatário concelhio de Mário Soares e Jorge Sampaio (1º mandato) nas suas campanhas à Presidência da República.”
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO - Premência e Revelação
Por José Manuel Mendes
Dedicatória
- Moçambicana
- Zambézia
- Milange
- EPI/Entrada para o inferno
- Os Zulus
- Musas do Tumbine
- Sob o tridente de Neptuno
- Entre Mandela e Pessoa
- Adamastor
- Bons sinais
- O rio Chire português
- À volta do Quilimanjaro
- O reino de Monomotapa
- Lourenço Marques
- Vasco da Gama
- Escravos negros = ouro
- Pelo Brasil
- A fuga da família real
- Tudo em nome de Deus
- Marfim, prata e escravos
- Alcácer Quibir
- Execranda inquisição
- Mas que grande Portugal
- O poder de Goa
- Aringas e insolência
- A grande língua portuguesa
- Angola e Guiné
- O terrível Tchaka
- Gungunhana e Mouzinho
- Grandes viagens e exploradores
- Lembranças de Mafra / Ramalho Eanes
- À volta de 800 dias…
- Amigos do tempo de guerra
- Laurentinas, 2M e catembes versus Hemingway e Camus
- O Cadillac cor de rosa
- Lado a lado com a verticalidade de Rommel
- À volta do Chiperone com Livingstone e Serpa Pinto
- Relatório de acção de pelotão
- Machamba e maningue de milandos e batuques
- Entre Mandela e Napoleão
- Valeu a pena ? …
- Tempo de ditadores
- Guerra Civil de Espanha (1936-1939)
- No inferno de Dante…
- Salazar não ouve
- O general sem medo
- Angola é nossa
- NATO ou Pacto de Varsóvia
- Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Eduardo Mondlane
- Adeus, até ao meu regresso
- De Milange para o Sabondo / Tete
- Publicação do DL 353/73
- O raiar do 25 de Abril
- Balanço: 10.000 mortos e 30.000 feridos em 13 longos anos !
- E dizem-se geração à rasca ?…
- Senhor, falta cumprir-se Portugal. É a hora !
Bibliografia
Preço: 27,50€;
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