Portugal & Descolonização - Um documento histórico sobre a vivência política e social em Timor, escassos meses após o 25 de Abril de 1974, com o derrube do regime do Estado Novo, quando o processo de descolonização avançava nas então províncias ultramarinas portuguesas, sob a direcção do MFA
‘A REALIDADE COLONIAL EM TIMOR-LESTE’
Edição da Casa dos Timores (12.12.1974)
Lisboa 1974
Documento com 16 páginas, policopiado, em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
Da Abertura:
“Assim como não existe fascismo liberal, também não há colonialismo democrático. A independência total sem qualquer exploração do Homem pelo Homem é a única via para uma real libertação.
Unamo-nos numa frente única, bem sólida, contra o colonialismo, na certeza de que este arrastará na sua queda o capitalismo.“
SINOPSE:
Os autores deste documento - nunca identificados mas conotados com a extrema esquerda timorense - analisam a situação de Timor, então província ultramarina portuguesa, denunciando a escassez de meios de assistência à população, o atraso e insuficiência de meios públicos a que sempre esteve votado o território, além da repressão que caracterizava a vivência em todas as parcelas do Império colonial sob o regime do Estado Novo.
Com a queda do regime colonial em Lisboa após o 25 de Abril de 1974 e o início dos processos de descolonização constantes nos objectivos do MFA (Movimento das Forças Armadas), Timor também assistiu ao surgimento de diversas forças políticas: A UDT (União Democrática Timorense), classificada pelos autores de ‘grupo pró Federação’, a APODETI (Associação Popular Democrática Timorense), classificada como ‘grupo fantoche, pró-integração na Indonésia’, a ASDT (Associação Social-Democrata Timorense), ‘uma associação partidária pró-independência’, organização esta que seria embrionária da FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente). A FRETILIN é classificada como ‘uma larga frente para concretizar a libertação nacional’, cujo inimigo comum é ‘o colonialismo’, apesar da ‘luta pela falta de Quadros’, concluindo ainda que a organização é ‘único e legítimo representante do povo Timor-Leste’.
E são anunciadas mais duas formações políticas, ‘lacaios do imperialismo’: o PTT (Partido Trabalhista de Timor) e a APMT (Associação Popular Monárquica de Timor).
A terminar, são denunciadas as tentativas de ‘pressionar a fusão da FRETILIN com a UDT’ , dado que esta última organização ‘preconiza a independência com os senhores exploradores’ e o ‘concluio das autoridades administrativas’ aquando da visita do Ministro Almeida Santos, tendo este ‘feito afirmações favoráveis à UDT’.
Preço: 97,50€;
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