Portugal - História & Ultramar - A trágica descolonização de Angola, antiga província ultramarina portuguesa da costa ocidental de África e os traumas causados aos portugueses e angolanos atingidos pela convulsão registada entre 1974 e 76, num livro com testemunhos fortes, directos e incómodos
‘DESCOLONIZAÇÃO - UM CRIME SEM CASTIGO’
Memórias e Testemunhos incómodos
De Luís Rodrigues
Edição do Autor
Bragança 2021
Livro com 320 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
SOBRE O LIVRO:
“E, claro, gosto dos livros que, sendo honestos, se ocupam de amigos meus. É o caso de ‘DESCOLONIZAÇÃO - UM CRIME SEM CASTIGO, da autoria de Luís Rodrigues.
Na casa dos noventa anos, o autor dá conta do que viveu em Angola, mais concretamente a norte, em Malange, declarando-se ‘sobrevivente dessa hecatombe’ que foi a descolonização. ‘Despojado e reduzido à escala zero, regressado a Portugal com mulher e três filhos’ acolhe-se à terra de origem. Dedica-se à vinha, aos 43 anos, inicia uma segunda vida, chegando, ‘entretanto, a velho sem dar conta do tempo passar’.
O livro de Luís Rodrigues é um ‘balanço final’, tecido de ‘memórias e testemunhos incómodos’, um livro honesto e corajoso, de alguém declaradamente sem pretensões a escritor. Também nele se fala e presta homenagem a um amigo nosso: Telmo Ferraz.
‘Por alturas de 1963 – pode ler-se em ‘DESCOLONIZAÇÃO - UM CRIME SEM CASTIGO’ Descolonização, – soube-se em Malange que no lugar de Culamuxito, a cerca de nove quilómetros da cidade, numa antiga fazenda conhecida por Lagoa da D. Chiça’ […] a Obra da Rua do Padre Américo ali iria instalar uma nova Casa do Gaiato’. O local resumia-se a um ‘caramanchão de floridas trepadeiras a rodear uma estreita porta de acesso a uma pequena casa em ruínas’. É então, escreve Luís Rodrigues, que aparece ‘na cidade um jovem Padre à volta dos trinta e cinco anos que irradiando uma bondosa e cativante presença, breve conquistou geral e enorme simpatia’. Num extraordinário fenómeno de solidariedade, Malange une-se a ele ‘e a Obra foi surgindo com a abnegação e dinamismo de um Homem extraordinário […] sempre a navegar num mar de dificuldades, desprovido de ambições pessoais, modesto e pobre de bens terrenos, dedicando toda a sua vida exclusivamente aos pobres e desprotegidos’.
Luís Rodrigues não esquece a ação do autor de ‘O Lodo e as Estrelas’, ‘na agreste e sacrificada vida dos operários da barragem do Picote em Portugal’, nem a sua passagem ‘pela barragem de Cambambe em Angola, depois de ter oferecido assistência e carinho à Colónia dos Leprosos de Dangeamenha’, terminando o seu testemunho grato pela felicidade de ‘em vida termos conhecido um verdadeiro Santo!’.
Quem conhece Telmo Ferraz ou quem leu, por exemplo, os livros ‘UMA VIDA, TANTAS VIDAS’ e ‘O homem que do lodo fez estrelas’ dirá que não há novidade neste testemunho. Posso até concordar, mas quem será insensível à unanimidade daquela afirmação? Não tenho dúvidas: há homens que têm encontro marcado com o futuro.”
Henrique Manuel Pereira - In ‘Mensageiro de Bragança’
Preço: 62,50€;
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