Angola & Literatura - De África para as ruas da capital portuguesa, o autor, quadro técnico da rádio angolana dá à estampa o seu livro de contos
‘SAKALUMBU - O Contador de Estórias’
De Artur Arriscado
Edição do Autor
Lisboa 2002
Livro com 152 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Da contracapa:
“ ‘SAKALUMBU - O Contador de Estórias’, é Artur Maria de Mendanha Arriscado, vulgo Coronel Hoffman, vulgo Man Riscas. Um caso singular na maneira de estar na vida - e que vida! - uma capacidade inexcedível de dar a volta por cima.
Nesta sua primeira compilação de contos expõe o ego sem temor nem pudor. Com perspicácia desconcertante, por vezes subtil ou irónico, outras vezes agressivo ou revoltado, outras, ainda, comovente, põe cá para fora tudo o que lhe vai na alma cada vez que é dominado por uma memória mais vincada. Transparente. O estilo oral que imprime às estórias, curtas, a criatividade linguística e a universalidade dos conteúdos asseguram a sua leitura de um só fôlego.
Forçado à diáspora por questões graves de saúde, Artur Arriscado passou de conceituado quadro técnico da rádio angolana, galante, espadaúdo e exímio dançarino, a indigente nas ruas de Lisboa com uma perna de prótese. Bateu no fundo. Longe de tudo e de todos que amava. Foi uma cacetada. Mas não a única nem a última. Só quem não conhece o Riscas. A sua fabulosa capacidade de recuperação e de manter a força anímica positiva, desarma qualquer um. Que o digam os médicos que já não apostavam um chavo pela sua vida e dois dias depois estavam a dar-lhe alta. A mim faz-me lembrar aqueles desenhos animados quando são passados a ferro por um cilindro e depois… - Kumé, Riscas?
- Tudo numa boa!
Este sakalumbu tem muitas estórias para contar.“
Rui Galhanas
Do ÍNDICE:
Dedicatória
INTRODUÇÃO
- Estórias do meu universo
- Evacuaçãooo!
- A vida dos que viveram o que outros lhes deram
- A gravidez é do outro mas a filha pertence-me
- A inveja do irmão
- A minha amiga do peito
- O homem que me ensinou a sobreviver
- A vida de mussequeiro
- Regras de Musseque
- António Carvalho, o Karipukas
- Dalatando nunca aceitou o nome de Salazar
- Esse tio João
- Mulatofes, mulataria e mulatos voadores
- Esta é de outro mulato…
- Feiticeiro, enfermeiro ou médico, o seu será?
- O gozo do gozador e o gozo do gozado
- O homem que levava da mulher
- O homem que relatava jogos de futebol
- O homem que se seduzia no espelho
- O leão faminto que pitô o fotógrafo
- O país é Luanda, a capital é Mutamba
- O vendedor de penicos
- O apelo dos comerciantes e criadores de gado
- Chefes de Posto
- Os meus ídolos
- A revolta dos oprimidos
- Se um dia os animais falassem
- Tchawana, o que come-de-graça
- Caçador de nervos de aço
- Mãe Maria ainda sofre os problemas da adolescência
- A menina que foi conhecer a sua própria mãe
- Conversa de caçadores
- Conversas de Tasca
- Spwka, o apicultor
- Disciplina é disciplina
- Granda tromuno!
- O homem que nunca quis nada
- O menino que queria ser grande
- O menino que se apaixonou de paixão por uma estrela
- As farras e os patos
- Conversar à sombra dos acontecimentos acontecidos
- À sombra da bananeira
- À sombra da mandioqueira
- Katolotolo… zazzz
- O apelo da menina
- O Tchinhanga alimenta o povo
- O homem que tratava os filhos com a simbologia dum baralho de cartas
- Kudissanga kwa makamba - encontro de amigos
- A gravidez do patrão que se intitulava padrinho
- Agora, a verdadeira estória do Zé das Krikas
- Ossapi, o homem da chave
Glossário
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