Portugal & Moçambique - As memórias de Eugénio Lisboa, nascido em Lourenço Marques, antiga designação da capital desta antiga província ultramarina portuguesa, um homem das ciências com grande sensibilidade pelas letras, a escrita e a bibliografia
‘ACTA EST FABULA - Memórias - Lourenço Marques Recisited (1955-1976)’
De Eugénio Lisboa
Edição Opera Omnia
Lisboa 2013
Livro com 526 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
Da contracapa:
“Era uma África estranha, aquela em que me encontrava. Sedutora e sibilinamente ameaçadora. Dos 198 milhões de habitantes (disseminados por uma superfície gigantesca de 11.262.000 milhas quadradas), só cinco milhões eram europeus (2,5%). E eram estes 2,5% que detinham , por todo o lado, o poder. Alguma coisa tinha de acontecer. E era a percepção deste desequilíbrio que introduzia uma música, muito em surdina, por enquanto, naquele meu novo estar em África; que já não era bem a mesma coisa que fora, nos tempos da Estrada do Zixaxa e da Mendonça Barreto. A cegueira - quase inocência - daqueles anos começava a sofrer brechas. Se eu começava a acordar, alguém começara, decerto a acordar, antes de mim. E com mais força.“
O Autor:
“EUGÉNIO LISBOA, se seu nome completo, Eugénio Almeida Lisboa, nasceu em Lourenço Marques (Moçambique), em 25 de Maio de 1930. Frequentou ali a escola primária e o liceu, tendo vindo a estudar engenharia electrotécnica, em Lisboa (1947), no Instituto Superior Técnico. A extrema alta qualidade de professores que teve, no Liceu, deu-lhe, para sempre, um amor não conflituoso pelas chamadas ‘duas culturas’. Os livros que seu pai lhe comprava, com evidente sacrifício e clandestino prazer, e o singular legado de um belo acervo bibliográfico feito por Abel Menano, colega de seu pai, permitiram-lhe, muito cedo, abrir-se aos marcos da cultura universal. Iniciação que, para sempre, o marcou.
No período final do seu curso de engenharia, coincidindo com o seu serviço militar em Portalegre, conheceu José Régio, que o marcou profundamente e foi responsável pela sua (relutante) iniciação como escritor.
Trabalhou, já de regresso a Moçambique, como engenheiro electrotécnico e como operador e gestor, no sector petrolífero, ensinou (literatura) em universidades da África do Sul e da Europa, foi Conselheiro Cultural, durante dezassete anos, na embaixada, em Londres, Presidente da Comissão Nacional da UNESCO (1995-1998) e terminou a sua vida oficialmente activa, como Professor Catedrático Visitante da Universidade de Aveiro, pela qual guarda especial carinho.
Ao longo da sua vida, publicou uma vasta bibliografia.“
Do ÍNDICE:
Agradecimentos
Esclarecimento
Regresso (1)
Espreitando o vizinho
BEIRA: Electricidade, amizades, tertúlias, decepções, aprendizagem
Meses sul-africanos
LOURENÇO MARQUES: ‘A luz intensa bela e dolorosa’
A entrada da felicidade
Amigos
‘A Voz de Moçambique’ (1)
O ‘Cine-Clube’ e o Cinema
Divergências e lutas
‘A Voz de Moçambique’ (2)
O TALM e a ‘Tribuna’
Alberto de Lacerda
Viagem à Europa
Regresso a Portugal
Regresso (2)
Cape Town
Regresso a Lourenço Marques
Julgamento de um poeta
A luta continua
Guerra & outras mortes
A morte de José Régio. A morte de Bertrand Russell. A morte em Veneza
Há governadores e governadores
Revolução
ANEXOS
- ‘A las cinco de la tarde…’ Crítica, críticos, jornais
- ‘The Servant’ - Uma falsa obra-prima
- Literatura Júnior
Índice de Nomes
Preço: 32,50€;
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