terça-feira, 22 de agosto de 2023

Portugal - Ultramar & Descolonização - ‘A SÍNDROME DO IPIRANGA - Por que Angola não ficou um novo Brasil ?’, de Luiz Chinguar - Lisboa 2013 - Raro;






Angola - Ultramar & Descolonização - O drama do final do Império colonial, da trágica descolonização e subsequente guerra civil nesta antiga província ultramarina portuguesa, em relato emocional do autor, uma angolano nascido no extremo sul do território 


‘A SÍNDROME DO IPIRANGA - Por que Angola não ficou um novo Brasil ?’ 
De Luiz Chinguar 
Edição Ex-Libris 
Lisboa 2013 


Livro com 706 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


Da contracapa: 
“Brasil e Angola, ambos situados na zona tropical sul, “em frente um do outro”, estiveram ligados à mesma matriz colonizadora, até à data da independência do Brasil, em 1822. Depois desta data, Angola continuou com ligações ao Brasil, até ao fim do tráfico esclavagista. Colónias de Portugal, uma desenvolveu-se e tornou-se uma nação, enquanto a outra se atrofiou e só se independentizou no início do último quartel do século XX.
Por que se registaram caminhos tão diferentes? Por que Angola não ficou à imagem e semelhança do Brasil, atendendo a que houve sempre uma empatia entre as duas ex-colónias? Por que até mesmo as áreas com igual latitude, como o caso da bacia do rio São Francisco, Nordeste do Brasil e Angola, tiveram destinos diferentes?
Tornou-se fácil apontar como causa principal, para uns, a descolonização precipitada e, para outros, a teimosia de Salazar, continuada por Marcelo Caetano. Qualquer facto histórico provém de uma cadeia de acontecimentos, de atitudes e de outros factores, onde a geografia também conta. Ninguém, por si só, pode interferir no futuro de uma nação.
Portugal não se interessou na colonização de Angola, porque o Brasil absorvia todas as suas energias. Angola era apenas um “manancial” de escravos, até 1840. A colonização europeia de Angola só começou em 1920, quando o problema dos transportes foi resolvido com o aparecimento do automóvel. O cavalo e o burro nunca se adaptaram em Angola, morrendo sistematicamente.
Em 1910, a colónia em África começou finalmente a dar lucro, devido à introdução das ferrovias e, logo de seguida, o automóvel. Em Luanda, maioritariamente habitada por africanos e afro-europeus, começaram a surgir focos de autonomia: o Governo Central começou a descortinar laivos independentistas e arranjou processos de retardamento, ou seja, nunca permitiu qualquer decisão para Angola. E foi assim até à independência.
Os escassos 50 anos de colonização foram preenchidos com total autoridade metropolitana, consubstanciada em falta de cidadania para os Africanos, na total submissão da economia da colónia e na atroz lacuna do ensino. Angola só teria uma universidade em 1963. Todavia, nenhum Africano chegou a oficial general. A partir de 1961, sob forte pressão de movimentos pró-independentes, Angola experimentou um surto de progresso que não foi suficiente para travar o comboio da independência, que tinha iniciado a sua marcha em 15 de Agosto de 1947, quando a Índia se tornou independente.”



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 

1. - PRÓLOGO - Indagações 
2. - A Costa 
3. - O Mato - O relevo é os rios 
4. - O Clima e as Doenças 
5. - As Gentes 
6. - Mobilidade e transportes 
7. - Economia 
8. - Os esqueletos nos armários 
8.1 - Os ossos do colonialismo 
8.2 - Os ossos da colonização 
8.3 - Os ossos da descolonização 
9. - EPÍLOGO - Ilações 
10. - ANEXOS 
10.1 - Principais produtos exportados por Angola em 1973, em milhões de dólares 
10.2 - Angola, a gata borralheira 
11. - Bibliografia 


Preço:   0,00€ (Indisponível) 

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