Angola - Literatura & Ultramar - Um conjunto quase completo das obras deste escritor que dedicou a sua vida profissional e da escrita à terra que adoptou até 1975, data em que regressou a Portugal na sequência da trágica descolonização
LOTE DE. LIVROS DE REIS VENTURA
Luanda, Lisboa e Braga 1954 / 1981
FOTO 1
1. - ‘O APÓS GUERRA EM ANGOLA (Subsídios para a História duma época de transição)’
De Reis Ventura
Edição do Autor
Luanda 1954
Livro com 156 páginas, ilustrado, com as capas com algum desgaste, miolo impecável.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
2. - ‘A NOVA ANGOLA’
De Reis Ventura
Capa do pintor Neves Sousa
Edição do Autor
Luanda 1958
Livro com 264 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
3. - ‘CAFUSO - Memórias dum colono de Angola’
De Reis Ventura
Edição Livraria Civilização
Porto 1957
Livro com 254 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização
Muito Raro.
4. - ‘CIDADE ALTA (Cenas da vida de Luanda)’
De Reis Ventura
Capa do pintor Neves e Sousa
Edição Livraria Lello
Luanda 1958
Livro com 270 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
5. - ‘FILHA DE BRANCO (Cenas da vida de Luanda)’
De Reis Ventura
Capa do pintor Neves e Sousa
Edição Livraria Lello
Luanda 1960
Livro com 286 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
6. - ‘SANGUE NO CAPIM (Cenas da guerra em Angola)’ - I Volume
De Reis Ventura
Edição do Autor
Lisboa 1962
Livro com 190 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
7. - ‘SANGUE NO CAPIM (Cenas da guerra em Angola)’ - II Volume
De Reis Ventura
Edição do Autor
Braga 1973
Livro com 216 páginas, com as capas com grande desgaste.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
8. - ‘SOLDADO QUE VAIS À GUERRA’
De Reis Ventura
Capa de Carlos Augusto Carvalho
Edição do Autor
Braga 1964
Livro com 152 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
FOTO 2
9. - ‘O CASO DE ANGOLA’
De Reis Ventura
Editora PAX
Braga 1964
Livro com 220 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
10. - ‘ENGRENAGENS MALDITAS’
De Reis Ventura
Capa do António Lino
Editora PAX
Braga 1964
Livro com 296 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
11. - ‘FAZENDA ABANDONADA’
De Reis Ventura
Capa de Neves e Sousa
Edição Publicações Imbondeiro
Sá da Bandeira 1965
Livro com 396 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
12. - ‘CAMINHOS - Vida e paixão de um motorista de Angola’
De Reis Ventura
Editora PAX
Braga 1965
Livro com 246 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
13. - ‘QUEIMADOS DO SOL’
De Reis Ventura
Capa do pintor Neves e Sousa
Editora PAX
Braga 1966
Livro com 232 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
14. - ‘CIDADE E MUCEQUE’
De Reis Ventura
Capa de Haydée Moniz
Editora PAX
Braga 1970
Livro com 184 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
15. - ‘A 100.a C. CMDS (Uma Companhia de Comandos em Angola)’
De Reis Ventura
Editora PAX
Braga 1970
Livro com 318 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
16. - ‘SANGUE NO CAPIM (Cenas da guerra em Angola)’ - Volume único (Obra Comoleta)
De Reis Ventura
Editora PAX
Braga 1972
Livro com 328 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
FOTO 3
17. - ‘PORTUGAL: PROCURA-SE’
De Reis Ventura
Edição Literal
Queluz 1977
Livro com 180 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
18. - ‘SANGUE NO CAPIM ATRAIÇOADO’
De Reis Ventura
Edições FP (Fernando Pereira Editor)
Lisboa 1981
Livro com 320 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
19. - ‘SANGUE NO CAPIM ATRAIÇOADO’
De Reis Ventura
Edições FP (Fernando Pereira Editor)
Lisboa 1981
Livro com 320 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
FOTO 4
20. - ‘OS DIAS DA VERGONHA’
De Reis Ventura
Edições FP (Fernando Pereira Editor)
Lisboa 1976
Livro com 216 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
FOTO 5
21. - ‘QUATRO CONTOS POR MÊS (Cenas da vida em Luanda)’
De Reis Ventura
Capa do pintor Neves e Sousa
Edição PU (Publicações Unidade)
Luanda 1955
Livro com 304 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
FOTO 6
22. - ‘UM HOMEM DO OUTRO MUNDO’
De Reis Ventura
Capa do pintor Neves e Sousa
Editora PAX
Braga 1968
Livro com 288 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
FOTO 7
23. - ‘A GREI’
De Reis Ventura
Capa de Rui Vieira da Costa
Edição do Autor
Lisboa 1941
Livro com 178 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
FOTO 8
24. - ‘EM DEFESA DE ANGOLA’
De Reis Ventura
Editora PAX
Braga 1967
Livro com 204 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
FOTO 9
25. - ‘GENTE PARA AMANHÃ’
De Reis Ventura
Editora PAX
Braga 1972
Livro com 250 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
O AUTOR:
“REIS VENTURA (1910-1988)
Manuel Joaquim Reis Ventura, de seu verdadeiro nome Manuel Joaquim dos Reis Barroso, mais conhecido por Reis Ventura, foi um escritor, poeta e pintor português.
Nasceu a 23 Março 1910 em Ervedelo, concelho de Chaves.
Morreu em 29 Janeiro 1988 em Oeiras.
Reis Ventura esteve involuntariamente envolvido em 1934 numa célebre polémica sobre galardões literários, quando o seu livro ‘A Romaria’ (que assinou como Vasco Reis) obteve o prémio Antero de Quental do SPN. Inicialmente, a obra de um outro escritor tinha sido preterida e, aparentemente, só a intervenção pessoal do director do SPN, António Ferro (1895-1956), apaziguou o clima de contestação que se gerou – através da sua intervenção, nesse ano foram concedidos, excepcionalmente, dois galardões ex-aequo. O livro preterido tinha sido ‘Mensagem’, de Fernando Pessoa (1888-1935).
Tendo abandonado a vocação sacerdotal na década de 1930, Reis Ventura fixou-se em Luanda, Angola, onde veio a publicar o seu segundo livro, ‘A Grei’ (cuja edição refundida receberia em 1964 o título ‘Soldado que Vais à Guerra’). Embora nas suas obras iniciais tenha evidenciado preferência pela poesia e pela realidade portuguesa da então metrópole, Reis Ventura notabilizou-se pela escrita em prosa que retratou a realidade angolana da época, nomeadamente através da colectânea de narrativas ‘Sangue no Capim’ (1962 e 1963), da colectânea de contos ‘Cidade e Muceque’ (1970), e dos romances ‘Quatro Contos por Mês’ (1955), ‘Fazenda Abandonada’ (1965), ‘Caminhos’ (1965) e ‘Engrenagens Malditas’ (1965), entre outros. Publicou também um romance de ficção científica, ‘Um Homem de Outro Mundo’ (1968), em que o protagonista, Thull, um ser do planeta Mil, efectua um périplo pela Terra depois de aterrar nos arredores de Luanda.
Escritor cuja produção foi sempre conotada com a defesa do Estado Novo e do regime colonial, Reis Ventura é actualmente um autor marginalizado e esquecido, tanto em Angola como em Portugal.”
In - Blog da Rua Nove
“Reis Ventura é o pseudónimo literário de Manuel Joaquim dos Reis Barroso. Tendo começado a sua vida pela Ordem de São Francisco, onde professou com o nome de Vasco Reis e recebeu ordens sacras, estudou Teologia em Espanha, tendo seguido depois para Moçambique como missionário. Ali abandonaria não só os franciscanos como as próprias ordens sacerdotais, tendo regressado a Lisboa onde estudou então na Escola Superior Colonial. Em 1938 seguiu para Angola, onde trabalhou primeiro como funcionário administrativo e, ultimamente, como empregado da companhia de petróleos daquela então colónia. Regressou a Portugal em 1975, tendo-se fixado em Lisboa. Estreou-se como poeta com o volume ‘A Romaria’, que em 1934 recebeu o ‘Prémio Antero de Quental’ do Secretariado de Propaganda Nacional, ex-aequo com a ‘Mensagem’ de Fernando Pessoa. Para além de continuar a cultivar a poesia, dedicou-se depois a escrever crónicas, contos e romances de temática colonial, pelo que recebeu alguns prémios da antiga Agência Geral das Colónias. Está representado nas antologias: ‘Novos Contos D’ÁFRICA’, de Garibaldino de Andrade e Leonel Cosme, 1962; ‘Contos Portugueses do Ultramar’, de Amândio César, 1969; ‘O Corpo da Pátria’, antologia poética sobre a guerra colonial, de Pinharanda Gomes, 1971; e ‘Antologia do Conto Ultramarino’, de Amândio César, 1972.”
in - Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Lisboa, 1997
“Reis Ventura foi um dos escritores que integrou aquela que se pode classificar como a segunda fase da literatura colonial portuguesa de inspiração africana, no século XX. A primeira fase, representada por escritores como Henrique Galvão (1895-1970), Julião Quintinha (1885-1968) e Castro Soromenho (1910-1968), desenvolveu-se entre as décadas de 20 e 40 coincidindo predominantemente com a recuperação do conceito de império colonial, preconizado pelo Estado Novo. A segunda fase veio a coincidir com o início da autodeterminação dos países francófonos de África, já na década de 50, e com a sublevação nas colónias portuguesas, na década seguinte. Em Angola, esta fase cristalizou-se à volta do Grupo da Província, um conjunto de artistas e escritores que contribuíram para o Suplemento Literário do jornal ‘A Província de Angola’, logo a partir da década de 40.
Durante a década de 60, este grupo, apoiado tacitamente pelo governo e pela Agência Geral do Ultramar, veio a ser contestado, na sua literatura comprometida com o regime, por escritores de oposição ao colonialismo e ao Salazarismo, como José Luandino Vieira.
Em plena década de 60, devido à guerra, o compromisso ideológico de Reis Ventura para com o regime acentuou-se, vindo a sua literatura a ser fortemente condicionada por esse facto. A sua prosa passou a reflectir aspectos panfletários e dogmáticos, características já anteriormente sugeridas na personagem Bolchevique de ‘A Romaria’, congregando o reconhecimento do regime e dos defensores do sistema colonial. Nesta transição perdeu-se, contudo, a simplicidade, a clareza e a atracção de uma prosa corrida que o autor desenvolvera nos anos 50. Assim, talvez as suas obras literariamente mais conseguidas tenham sido precisamente as dessa década, merecendo particular destaque os romances que constituem a trilogia Cenas da vida em Luanda – ‘Quatro Contos por Mês’ (1955), ‘Cidade Alta’ (1958?), ‘Filha de Branco’ (1960), bem como o romance parcialmente autobiográfico ‘Cafuso’ (1956).”
In - Escritas.org
A QUESTÃO DO PRÉMIO ‘ANTERO DE QUENTAL’ - Do SPN:
“Quanto ao Padre Vasco Reis, anos depois secularizou-se, passando a ser o publicista Reis Ventura. Traumatizado durante toda a sua vida por ser publicamente acusado de ter sido o injusto ‘vencedor’ de Fernando Pessoa declarou em 1973 numa entrevista: “Tem corrido um equívoco a esse respeito, que profundamente me molesta. Não há termo de comparação entre a ‘Mensagem’ e o poema, dos meus 19 anos, chamado ‘A Romaria’ (...) Embora regulamentarmente figurasse ‘A Romaria’ em 1o. lugar, não pode haver dúvidas nem termos de comparação com a obra magnífica desse génio!”* E em 1985, numa carta dirigida ao director de ‘O Jornal’ e publicada em 19 de Novembro, reiterou que os seus “versinhos de adolescente nem sequer existem” e que quem ganhou o “primeiro prémio” foi Fernando Pessoa.”
* “Em diálogo com Reis Ventura” (entrevista do Major Manuel Barão da Cunha). Jornal do Exército, no. 159, Março de 1973, pp. 22-23.
BIBLIOGRAFIA COMPLETA DO AUTOR:
1. - ‘A ROMARIA’ - Edição Missões Franciscanas - Braga 1934;
2. - ‘A GREI’ - Edição do Autor - Luanda 1941;
3. - ‘UMA CAMPANHA POLÍTICA’ - Edição do Autor - Luanda 1953;
4. - ‘O APÓS GUERRA EM ANGOLA’ - Edição do Autor - Luanda 1954;
5. - ‘A PRIMEIRA FORÇA: Conferência no Lobito’ - Edição OPAL - Luanda 1954;
6. - ‘QUATRO CONTOS POR MÊS’ - Edição Publicações Unidade - Luanda 1955;
7. - ‘OS PROBLEMAS DE ANGOLA: No primeiro Congresso dos Economistas Portugueses’ - Edição (?) - Lisboa 1956;
8. - ‘CAFUSO - Memórias dum colono de Angola) - Livraria Civilização - Porto 1957;
9. - ‘A NOVA ANGOLA’ - Edição do Autor - Luanda 1958;
10. - ‘CIDADE ALTA’ - Edição Livraria Lello - Luanda 1958;
11. - ‘FILHA DE BRANCO’ - Edição Livraria Lello - Luanda 1960;
12. - ‘PALAVRAS AO VENTO…’ - Edição do Autor - Luanda 1960;
13. - ‘O ESPÍRITO DO INFANTE’ - Edição do Autor - Luanda 1961;
14. - ‘SANGUE NO CAPIM’ (Guerra em Angola) - I Volume - Edição Autor - Lisboa 1962;
15. - ‘SANGUE NO CAPIM’ (Guerra em Angola)’ - II Volume - Edição Autor - Braga 1963;
16. - SOLDADO QUE VAIS À GUERRA’ - Edição do Autor - Braga 1964;
17. - ‘O CASO DE ANGOLA’ - Edição PAX - Braga 1964;
18. - ‘ENGRENAGENS MALDITAS’ - Edição PAX - Braga 1964;
19. - ‘FAZENDA ABANDONADA’ - Publicações Imbondeiro - Sá da Bandeira 1965;
20. - ‘CAMINHOS - Vida e paixão de um motorista de Angola’ - Edição PAX - Braga 1965;
21. - ‘QUEIMADOS DO SOL’ - Edição PAX - Braga 1966;
22. - ‘EM DEFESA DE ANGOLA’ - Edição PAX - Braga 1967;
23. - ‘UM HOMEM DO OUTRO MUNDO’ - Edição PAX - Braga 1968;
24. - ‘CIDADE E MUCEQUE’ - Editora PAX - Braga 1970;
25. - ‘A 100.a C. CMDS (Companhia Comandos em Angola) - Edição PAX - Braga 1970;
26. - ‘SANGUE NO CAPIM’ (Guerra Angola) - Obra Completa - Edição PAX - Braga 1972;
27. - ‘GENTE PARA AMANHÃ’ - Edição PAX - Braga 1972;
28. - ‘OS DIAS DA VERGONHA’ - Edições Fernando Pereira Editor - Lisboa 1976;
29. - ‘PORTUGAL: PROCURA-SE’ - Edição Literal - Lisboa 1977;
30. - ‘SANGUE NO CAPIM ATRAIÇOADO’ - Edições Fernando Pereira - Lisboa 1981;
31. - ‘SANGUE NO CAPIM ATRAIÇOADO’ - Edições Fernando Pereira - Lisboa 1981;
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