segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Angola & Literatura - ‘OS CAMINHOS DA TERRA’, de Fernando Fonseca Santos - Lisboa 1997 - Raro;


 




Angola & Literatura - Uma obra cujo cenário se localiza no centro e sul do país, entre a descolonização, a independência e a guerra civil que decorreu entre 1975 e 1992 


‘OS CAMINHOS DA TERRA’ 
De Fernando Fonseca Santos 
Edição Quetzal Editores 
Lisboa 1997 


Livro com 396 páginas e em bom estado de conservação, capa com algum uso.
De muito difícil localização. 
Raro.


Banda promocional: 
“VAI VOLTAR NO HUAMBO 
Lá no fundo deste morro enterrou, mal enterrado, o Coronel… Pode ser, quando tem as hienas, elas já comeu os restos que a granada deixou…
Agora, quando eu vai voltar aqui para ver o Sombreiro e Benguela, vai sempre virar para ali… Pode ser, quando eu pensa, vai lembrar direitinho o que aconteceu com a gente…”


Da contracapa: 
“E era tudo o que era só seu e não conseguirá nem soubera pôr no que havia escrito e deveria dizer da terra, da guerra, da morte, do medo, dos homens, e o que não ficará nas palavras onde não havia nem os sons, nem a luz, nem a cor, nem a dolência das vozes, nem o que estivera nos olhos das pessoas, muito,é-nos o que suspeitara nas almas de quem conhecera e com ele partilhará o pão e a água, os anseios e as dores, os medos, os receios, a carne e o sangue, a comida colhida e caçada, as vinculadas, intuídas e primevas certezas, os seus amigos que lhe ensinaram da morte, que ali se repartia e era mais viva por ser mais vivida, porque vivia neles acordada e eles sabiam como com ela se podia viver e como é que ela se fazia e de que é que ela se fazia, porque fazia fazer, com consciência acendida, quando estava a ser feita. 

Ah! a fraternidade a que ali conhecera o sentido verdadeiro que pusera no lugar onde antes estava apenas o significado virtual de uma palavra, a fraternidade de repartir a água que havia para beber, a carne que conseguiam caçar e as vidas que tinha visto darem-se num superar tranquilo que apagava o que poderia haver de sacrifícios nesses actos. 

E agora o seu vazio, feito de que podia haver e era, minguado, um pouco de todas essas parte, o que estava nele e nele se refazia, na mão que segurava a carta, a mão com que escrevera no caderno as notas e os trechos que procurará pôr inteiros, sem encontrar o caminho que o pudesse aproximar de um gesto que vira o Velho fazer, esculpindo no ar o que para ele devia ser inteiro, a mão onde estivera a imprudência maior de não saber sequer se nela havia jeito, e fizera o que não era para guardar, mas que só se poderia repartir com quem tinha caminhado com ele nessa jornada, e antes - dos que estavam vivos -, com esse que conhecia os trilhos que os elefantes traçaram ‘no tempo que era de antes do tempo dos homens antigos’ e soubera mostrar-lhos, antes de o levar pela mão pelos caminhos da terra.“ 


O AUTOR: 
“FERNANDO FONSECA SANTOS é advogado de profissão, natural de Benguela, nascido numa família de fundas raízes angolanas e já tem publicado outro romance, ‘SÓ SE FOI AMANHÃ’, edição Relógio d’água, 1992.” 



Do ÍNDICE: 

Capítulo I 
Capítulo II 
Capítulo III 
Capítulo IV 
Capítulo V 
Capítulo VI 
Capítulo VII 
Capítulo VIII 
Capítulo IX 
Capítulo X 
Capítulo XI 
Capítulo XII 
Capítulo XIII 
Capítulo XIV 
Capítulo XV 
Capítulo XVI 
Capítulo XVII 

NOTA 
Elucidário 


Preço: 25,00€; 

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