segunda-feira, 11 de julho de 2022

África & Ultramar - ‘CASA DOS ESTUDANTES DO IMPÉRIO (1953-1961)’, de Helder Martins - Lisboa 2017 - RARO;














África & Ultramar - A CEI (Casa dos Estudantes do Império), instituição localizada em Lisboa desde os anos cinquenta e por onde passaram inúmeros jovens estudantes oriundos de todas as ex-colónias portuguesas (asiáticas e africanas) e que serviu de ponto de passagem para grande parte da elite que viria a formar os diversos movimentos de libertação e posteriormente a fazer parte dos novos governantes 


‘CASA DOS ESTUDANTES DO IMPÉRIO 
- Subsídios para a História do seu período mais decisivo (1953-1961)’ 
De Helder Martins 
Edição Caminho 
Lisboa 2017 


Livro com 264 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


Da contracapa: 
“Na CEI houve de tudo: bons e maus estudantes, uns que tiraram os seus canudos no tempo mínimo e com boas notas, outros que conseguiram atingir o almejado canudo com notas menos boas e/ou num tempo mais dilatado e ainda os que nunca tiraram curso nenhum, também os que mudaram de curso várias vezes e mesmo os que nunca passaram do 1.* ano. Esta realidade é afinal a realidade de muitas outras associações de jovens estudantes, onde há de tudo. Não fomos diferentes dos outros.” 

“Para mim, esta é a verdadeira face humana da Casa. Uma Associação de jovens onde há de tudo, dos mal-humorados, aos eternos bem-dispostos, dos estudantes exemplares, aos maus estudantes, dos sócios dedicados e empenhados, aos pouco participativos, dos engajados politicamente, aos ‘apoliticos’, dos simpáticos aos antipáticos. Nós éramos como outros jovens nos condicionamentos daquela época. Éramos humanos, com tudo o que há de grandeza na natureza humana e com tudo o que pode haver de mesquinhez. Transformáramo-nos hoje em ‘heróis’ é desumanizar-nos.” 

“Nos 5 anos de funcionamento, mais ou menos livre, entre 1956 e 1960, a Casa foi uma grande escola do nacionalismo africano e serviu para consolidar a consciência anti-colonial em muitos de nós, como aliás, tudo indica, que já tivesse sucedido nos últimos anos que antecederam a nomeação da Primeira Comissão Administrativa.“ 


Sobre o livro: 
“Este livro de memórias duma época é o testemunho duma etapa histórica da vida de muitos estudantes, que das Colónias portuguesas vinham para Portugal (Metrópole) fazer os estudos superiores.

O Dr. Helder Martins foi sempre um estudioso profundo, inteligente, muito trabalhador e organizado e nesta obra não deixou ficar os seus créditos em mãos alheias. 

Para a elaboração deste livro o Dr. Helder Martins recolheu contribuições de muitos colegas nossos contemporâneos, pesquisou exaustivamente tudo o que se escreveu sobre a CEI, o que permitiu grande rigor histórico em todas as descrições que fez e sobretudo nas datas dos principais acontecimentos. 

Os períodos que a Casa atravessou desde a sua fundação, os autores que a materializaram estão ali registados para a história, assim como o nome dos que voltaram a dignificar os estudantes das Colónias ao garantirem o retorno da independência da Casa ! 

Helder Martins não deixou, como dizia Fernando Pessoa, que ‘aquele tempo passasse como fumo de um vapor no mar alto’.“ 
Extractos do PREFÁCIO do Prof. Dr. Fernando Vaz 


O AUTOR: 
“HELDER MARTINS nasceu em Moçambique e é moçambicano. Em 1953 foi estudar Medicina em Lisboa, onde se formou em 1961. Foi um activista estudantil na Comissão Pró-Associação da Faculdade de Medicina e na Casa dos Estudantes do Império, tendo tido um papel importante, primeiro, na luta para a cessação da primeira Comissão Administrativa que foi imposta a esta Associação e, depois, na sua gestão. 

Foi um militante activo contra o fascismo e o Colonialismo. Incorporado no serviço militar obrigatório, na Marinha, desertou em Novembro de 1961, tendo ido para o Tanganica, onde foi aceite na UDENAMO. 

Foi fundador da FRELIMO. Participou na luta de libertação Nacional do seu país, tendo sido Director dos Serviços de Saúde da FRELIMO. No imediato pós-independência foi Ministro da Saúde durante 5 anos. 

Foi também funcionário sénior da OMS, onde, depois de reformado, participou e dirigiu vários Comités de Especialistas. Foi docente em Saúde Pública em vários países. É Doutor Honoris causa em Ciências da Saúde e Educação. 

Tem várias condecorações e Diplomas de Mérito. 
Tem inúmeras publicações e este é o seu sétimo livro.“ 



Do ÍNDICE: 

Agradecimentos 
PREFÁCIO, por Prof. Dr. Fernando Vaz 
Considerações prévias e marcos metodológicos 
Antecedentes: a criação da CEI e a primeira Comissão Administrativa 
- A criação da Casa dos Estudantes do Império 
- Algumas personalidades da CEI e a criação do Centro de Estudos Africanos 

A LUTA PARA A RESTAURAÇÃO DA LEGALIDADE DEMOCRÁTICA NA CEI 
- A experiência da Associação de Estudantes de Ciência e da Comissão Pró-Associação de Medicina 
- A digressão a Portugal da equipa de hóquei em patins da SNECI 
- Os bailes na mobilização dos estudantes para a Casa 
- Situação política mundial em relação ao colonialismo 
- Acontecimentos do plano interno 
- Movimentações para o regresso da Casa à normalidade estatuária 
- Governo fascista cede a pressões internacionais 
- Moçambicanos na CEI 
- Uma personalidade ímpar 

A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CASA ATÉ À SEGUNDA COMISSÃO ADMINISTRATIVA 
- Direcção de Fernando Vaz (1957) 
- Direcção de David Bernardino (1957/58) 
- Direcção de João Vieira Lopes (1958/59) 
- Direcção de César Monteiro (1959/60) 
- A Direcção de curta duração de José Jerónimo (Novembro / Dezembro de 1960) 
- Alguns comentários baseados nos factos 
- Outros moçambicanos na CEI 
- Nomeação duma nova Comissão Administrativa 
- Homenagem a alguns companheiros 

A CASA COMO CENTRO DE CONHECIMENTO MÚTUO ENTRE OS ESTUDANTES 
- A vigência da segunda Comissão Administrativa 
- O contexto internacional e as fugas de Portugal de sócios da CEI 
- Homenagem a outros estudantes meus contemporâneos na CEI 

A CASA COMO ESCOLA DO NACIONALISMO AFRICANO E DA CONSCIÊNCIA ANTI-COLONIAL 

INFLUÊNCIA DA CASA NAS LUTAS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL DAS DIVERSAS EX-COLÓNIAS 
- As ex-colónias asiáticas 
- Elementos comuns às ex-colónias africanas 
- Países onde não houve luta armada 
- Aspectos comuns aos países onde houve luta armada 
- Guiné-Bissau 
- Angola 
- Moçambique 

ANEXO: 
- Digitalização do abaixo-assinado 
- Referências bibliográficas 
- Índice onomástico 


Preço: 42,50€; 

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