sexta-feira, 20 de maio de 2022

Angola & UNITA - ‘HEROÍNAS DA DIGNIDADE’, de Florbela Catarina Malaquias - Luanda 2020 - MUITO RARO;








Angola & UNITA - A autora foi importante quadro das estruturas político-administrativas da organização fundada por Jonas Savimbi e membro de uma às famílias mais intervenientes na história desta organização que denuncia os crimes que terão ocorrido na Jamba - a queima das bruxas - com a conivência e participação de toda a Direcção política então dominante...


‘HEROÍNAS DA DIGNIDADE’ 
De Florbela Catarina Malaquias 
Edição Book Link e autora 
Luanda 2020 


Livro com 
De muito, muito difícil localização. 
MUITO, MUITO RARO.


Da contracapa: 
“(...) O presente livro narra uma dura realidade diária, sob várias vertentes, apresenta um discurso limpo, simples, faz a descrição de factos e actos, numa linguagem directa, sem metafísica e acrescentos de dor. 

Retrata de forma clarividente, desnuda, em boa parte, a complexa personalidade de Jonas Savimbi, bem como as várias situações-limite que se multiplicaram num quotidiano de anos a fio, em círculos viciosos que se sucedem em série, muitos sem saída e sobretudo desumanos. 

A autora tem o cuidado de prestar uma ‘homenagem de dignidade’ através do registo escrito dos nomes das muitas vítimas, maioritariamente femininas, que viveram num ‘tempo inumano, tempo esse onde nada se constrói’ e muito se destrói.

Esta próxima leitura deste livro, pressupõe algumas pausas para reflexão e deciframento pessoal. Resta saber qual será a sua reacção enquanto leitor.

Será que manteremos a ‘indiferença pós-moderna’, em que a nossa memória perde força de acção, perante este quadro de horror de feminícidio? (...) 

(...) Uma ditadura é a formação de um Estadoem que todos têm medo de um, e cada um tem medo de todos. Claramente, é o despotismo que perpetua a ignorância, e essa mesma ignorância perpétua o despotismo. 

Um bom retrato está num trecho do livro, ‘O ÚLTIMO VOO DO FLAMINGO’ de Mia Couto, e diz o seguinte: ‘Uns sabem e não acreditam, esses não chegam a ver, outros não sabem e acreditam, esses não vêem mais do que um cego.’ (...) 

(...) Sem estas memórias do passado, sejam regionais, ou locais, ou do mundo, e sem as responsabilidades de concretizar o futuro (não é sonhar...), o momento do presente pode ser concretizado num vazio de inacção. 

Como referiu Nelson Mandela, num discurso em 2005, no seu país: ‘Por vezes cabe a aula geração ser grande. Podeis ser essa grande geração. Deixai a vossa grandeza florescer.’ (...)“ 
In PREFÁCIO 


A AUTORA: 
“FLORBELA CATARINA MALAQUIAS nasceu a 26 de Janeiro de 1959, no Moxico.
No ano de 2006, licenciou-se em Direito, pela Universidade Agostinho Neto, em Luanda.
Exerce desde 2008, essa actividade a tempo inteiro, onde se inclui a advocacia ‘pro bono’. É mestrada em ciências jurídico-empresariais. 

Entre 1976/1992, no período da guerra, desempenhou funções administrativas, foi também formadora e militar, atingiu a patente de capitão, mas onde mais se destacou foi como jornalista / radialista, entre 1980 e 1992. 

Durante 1992 e 1998, viveu um período bastante negro, onde foi raptada, feita cativa, mas graças à intervenção da Organização PEN-Internacional, que sobreviveu.

Foge do Bailundo em 1998, na altura em posse militar da UNITA, chega a Luanda, onde retoma a sua profissão de jornalista / radialista, na Rádio Nacional de Angola, entre 1999 e 2010. Integrou em 2011, o primeiro Conselho de Administração da Radiodifusão Nacional de Angola - EP. É membro da Ordem dos Advogados, da Associação Angolana das Mulheres de Carreiras Jurídicas e também do Sindicato dos Jornalistas de Angola. 

Aprecia a solicitude em liberdade, adora ler, sentir a natureza, rir, brincar, apreciar arte e outras coisas agradáveis da via. É uma mãe, orgulhosa dos seus quatro filhos, é uma avó feliz, de oito netos.“ 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
PREFÁCIO, pelo Editor 
PRÓLOGO 

1. Uma fuga de dezasseis anos 
2. A normalização da promiscuidade 
3. Grassava o obscurantismo nas fileiras 
4. Adeus, soldado-criança ! 
5. Vidas ceifadas pela foice ‘amiga’ 
6. O delta 
7. A criança ingere explosivo. A mãe desespera-se 
8. A Jamba 
9. O quotidiano na Jamba 
10. 7 de Setembro de 1983 
11. A visita da irmã 
12. A campanha passou por todas as bases 
12. Alguns maridos ‘entregaram’ suas esposas 
14. Porque é que o megafone chamava àquela hora? 
15. A reunião de emergência 
16. As canções e os gemidos 
17. Bela 
18. Às voltas que a vida dá 
19. Os programas no B.I, levavam o dia inteiro 
20. A recolha das pessoas e do feitiço 
21. A canção para a queima 
22. Vítima das suas próprias vítimas ? 
23. Obrigadas a pôr lenha na fogueira que as consumiu 
24. A chamada para a fogueira 
25. O delírio da grandeza ou o ego destroçado 
26. De que lado se colocaram os militares? 
27. Vinte e uma pessoas queimadas vivas 
28. O destino das prisioneiras 
29. Inquietações 
30. O silêncio do dia seguinte 
31. Não valeu a pena a ‘fuga’ 
32. O crivo 
33. O que a humanidade fez da sua fêmea 
34. Nos ‘espinafres’ 
35. O bom carcereiro 
36. Estavam perto do fim 
37. A humilhação 
38. O psicopata 

EPÍLOGO 
Anexo fotográfico 


Preço: 77,50€; 

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