África & Portugal - A obra visionária e corajosa do Governador-geral de Angola nos anos iniciais da primeira década do século passado e fundador de Nova Lisboa / Huambo
‘A POLÍTICA DE NORTON DE MATOS PARA ANGOLA (1912-1915)’
De Maria Alexandre Dáskalos
Edição Minerva
Coimbra 2008
Livro com 208 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
Da contracapa:
“(...) A autora do estudo a que honrosa e gostosamente me associo, através destas palavras preliminares, assumiu a sua origem angolana e a sua ligação natal a Huambo (Nova Lisboa), cidade criada pelo general José Mendes Ribeiro Norton de Matos (1867-1955), enquanto Governador-Geral de Angola (1912-1914), como razão poderosa que justifica o seu interesse de cidadã, de jornalista e de investigadora por essa figura de militar, de republicano democrata, de adepto do ‘estilo inglês de vida’ em toda a sua plenitude e de colonialista com pensamento e acção marcantes, especialmente em Angola.
(...) avanço com o leitor pelo texto adentro, seguindo a escrita empolgada e desenvolta da autora e enaltecendo o seu valioso contributo para as historiografias colonial portuguesa e sobre Angola.“
Do PREFÁCIO - Armando Malheiro da Silva
“(...) Um vulto da grandeza de Norton de Matos, na I República, foi esquecido pelo Estado Novo, por razões que nos parecem óbvias. Porém, o facto de ele ter sido um colonialista provido de uma visão imperial correspondente à sua época levou também a que a evolução marcada pelo pós 25 de Abril e pela independência das colónias de África tenha relegado para um longo silêncio a sua obra em Angola.
(...) O que desejamos provar é que a Angola da modernidade nasceu com o projecto imperial de Norton de Matos neste primeiro período de governação e que muitas das suas ideias inovadoras apenas foram concretizadas mais tarde, quando o Estado Novo, isolado internacionalmente, as recupera. Possivelmente, a lembrança de alguns dos seus planos grandiosos, realizados ou não, não será estranha à transformação do seu nome num mito, ainda hoje recordado na ex-colónia.
(...) Foi nosso objectivo demonstrar que Norton de Matos foi o paradigma do modelo colonizador da República, visionário na questão do trabalho indígena, quando faz a integração da mão-de-obra autóctone na economia monetária e toma medidas contra tradicionais formas repressivas e anticapilalistas do trabalho forçado. Outros aspectos cruciais da sua política desenvolvimentista são, como observámos, a pretensão de transformar os indígenas em proprietários rurais, de introduzir novas culturas de modo a que a agricultura fosse a base do arranque económico de Angola e de defender uma forte intervenção do Estado no sector das Obras Públicas.“
Maria Alexandre Dáskalos
A AUTORA:
“MARIA ALEXANDRE GARCIA DE OLIVEIRA DÅSKALOS nasceu na cidade do Huambo (ex-Nova Lisboa, Angola) a 3 de Abril de 1957, tendo aí terminado os seus estudos primários no Colégio Ateniense, e secundários no Liceu General Norton de Matos. Fez o curso de língua Francesa no Centro Cultural Francês de Argel.
É Mestre em História Contemporânea com a tese ‘A Política de Norton de Matos para Angola (1912-1915), da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nova de Lisboa. (...)
Em Luanda, dirigiu uma empresa de formação informática ‘Datangola’ (1988-1991), foi funcionária do Departamento para o Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (1982-1985), pertenceu à Direcção Nacional de Formação de Quadros do Ministério da Agricultura (1976-1977), e integrou a Comissão Nacional de Dinamização de Cooperativas do Gabinete do Primeiro-ministro da República Popular de Angola (1975-1976).
Com várias obras publicadas, das quais destacamos:
- ‘O Jardim das Delícias’ - edição Caminho - Lisboa 2003;
- ‘Lágrimas e Laranjas’ - edição Caminho - Lisboa 2001;
- ‘Do Tempo Suspenso’ - edição Caminho - Lisboa 1998; “
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO
Por Armando Malheiro da Silva
Agradecimentos
INTRODUÇÃO
Capítulo I
As vésperas do primeiro governo de Norton de Matos em Luanda
Capítulo II
Uma nova ideologia colonial no consulado de Norton de Matos
1. A reforma administrativa
2. Povoamento e colonatos
3. Política de trabalho indígena
4. As infra-estruturas
a) As estradas
b) Caminhos de ferro
c) Urbanização
Capítulo III
A economia de Angola: suas vertentes
1. A agricultura
a) Regime de terras
b) Os baldios - os Palmares de Seles
c) Principais produtos vegetais da colónia
d) Fomento algodoeiro
2. A Pesca
3. O Comércio
4. A situação financeira
Capítulo IV
A República e os Angolenses
1. As oposições
a) O Nativismo
b) A oposição dos colonos
2. A ocupação militar: as campanhas de Norton de Matos
CONCLUSÃO
Fontes e Bibliografia
I - Fontes primárias
1. Arquivos
1.1 - Arquivo Histórico Ultramarino
1.2 - Arquivo Histórico Militar
2. Documentação de natureza oficial
3. Periódicos
4. Outras fontes impressas
II - Estudos e Obras Gerais
Preço: 52,50€;
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