quarta-feira, 7 de julho de 2021

Guerra do Ultramar - ‘OS FUZILEIROS - Em África (1961-1974)’, de John P. Cann - Lisboa 2018 - Raro;















Guerra do Ultramar - Uma análise do papel e da actividade desenvolvida pelo corpo de fuzileiros portugueses no conflito africano nas antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné e Moçambique 


‘OS FUZILEIROS - Em África (1961-1974)’ 
De John P. Cann 
Edição Tribuna 
Lisboa 2018 


Livro com 142 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


SINOPSE: 
“Este livro trata da atuação dos Fuzileiros Portugueses, um corpo militar com quase quatro séculos de tradição, criado em 1621 com o Terço da Armada, reorganizado como Brigada Real de Marinha em 1797, depois Regimento da Armada, Batalhão Naval, Brigada da Guarda Naval, etc., até ser dissolvido em 1926. Em 1961 este corpo foi novamente reativado, com elementos da Marinha enviados a treinar nas Marinhas Francesa e Britânica e com a criação da Escola de Fuzileiros no Vale de Zebro. O primeiro destacamento de Fuzileiros Especiais (o DFE 1) é enviado em outubro de 1961 para Angola. Durante 13 anos de guerra, 12 500 fuzileiros combateram no designado Ultramar e 154 deixaram as suas vidas em África, 74 em combate. O heroísmo dos Fuzileiros foi lembrado com a entrega de quatro ordens da Torre e Espada, 12 medalhas de Valor Militar com Palma, 156 Cruzes de Guerra e 49 medalhas de Serviços Distintos com Palma.” 


Da contracapa: 
“Entre 1961 e 1974 Portugal envolveu-se numa luta para manter as suas possessões africanas, que se estendiam ao longo de milhares de quilómetros nas costas ocidentais e orientais do continente africano, numa das maiores frentes de combate da história moderna, um esforço colossal para um pequeno país europeu com recursos económicos limitados e uma população relativamente pequena.

As táticas militares de contenção das actividades de insurreição requerem, pela própria natureza do conflito, qualidades específicas das forças de intervenção militar, com substâncias meios humanos de atuação em acções de proximidade, intensamente treinados, motivados, que se querem de reputação temida pelo inimigo. Em suma, verdadeiras tropas de elite. Para esse fim o Exército Português criou as unidades de infantaria ligeira ditas de Comandos, aptas a operarem decidida e eficazmente em territórios inóspitos; a Força Aérea criou os Pára-quedistas, para actuações pontuais acompanhadas por helicópteros e apoio aéreo próximo, e a Marinha criou os Fuzileiros Navais e Especiais, para actuação nos rios e águas interiores africanos, bem como nas zonas de delimitação e vias de comunicação indispensáveis nos vastos territórios africanos. 

Este livro trata da atuação dos Fuzileiros Portugueses, um corpo militar com quase quatro séculos de tradição, criado em 1621 com o Terço da Armada, reorganizado como Brigada Real de Marinha em 1797, depois Regimento da Armada, Batalhão Naval, Brigada da Guarda Naval, etc, até ser dissolvido em 1926. No seguimento dos acontecimentos no Congo Belga em finais da década de 1950 e por empenhamento do Almirante Reboredo , em 1961 este corpo foi novamente reativado, com elementos da Marinha enviados a treinar nas Marinhas Francesa e Britânica e com a criação da Escola de Fuzileiros no Vale de Zebro. O primeiro Destacamento de Fuzileiros Especiais (o DFE I) é enviado em Outubro de 1961 para Angola. Os Fuzileiros foram submetidos a um dos mais longos e fisicamente exigentes treinos de infantaria do mundo, com uma duração de quarenta e duas semanas, uma percentagem de 15% a 35% de sucesso e a obtenção da desejada boina azul. Quando destacados em África, eram ainda submetidos a um período de aclimatação de semanas, que os preparava para o desconfortável clima húmido das matas fluviais e para poderem operar com destreza e imprevisível surpresa nas águas e nos lados dos rios e cursos de água interiores da Guiné, de Angola e de Moçambique. 

As unidades de Fuzileiros, dispersos pelos rios, lagos e mares estreitos da África portuguesa, sujeitas às dificuldades do isolamento nos mangais, vivendo nos espaços exíguos dos navios-patrulha e nas lanchas de desembarque e patrulhando incessantemente nos seus zodiaques de borracha, lutaram numa nobre missão que hoje é pouco conhecida ou lembrada. Para eles, a guerra não foi perdida no campo de batalha. Durante 13 anos de guerra, 12.500 fuzileiros combateram no designado Ultramar e 154 deixaram as suas vidas em África, 74 em combate. O heroísmo dos fuzileiros foi lembrado coma entrega de quatro ordens da Torre e Espada, 12 medalhas de Valor Militar com Palma, 156 Cruzes de Guerra e 49 medalhas de Serviços Distintos com Palma.“ 


O AUTOR - John P. Cann 
“Capitão-de-mar-e-guerra Aviador da Marinha dos Estados Unidos da América na reforma, sendo actualmente professor de Assuntos de Segurança Nacional no Instituto Superior de Comando e Estado-Maior do Corpo de Fuzileiros dos EUA. Com grande interesse pelo estudo da guerra que Portugal manteve no então Ultramar, doutorou-se no King´s College de Londres, em 1996, com a tese 'Counterinsurgency in Africa, The Portuguese Way of War, 1961-1974'. Conta já com duas edições em português da sua tese, tendo a segunda sido apresentada na Academia de Marinha em 2005.” 



Do ÍNDICE: 

Glossário 
INTRODUÇÃO 


Capítulo I 
PARA ÁFRICA 
- O Planeamento da Guerra Naval 
- Operações 
- O Inimigo 
- Os fuzileiros 

Capítulo II 
O NORTE DE ANGOLA 
- Uma terra admirável 
- A chegada dos fuzileiros 
- Postos ao longo do rio Zaire 

Capítulo III 
OS RIOS DA GUINÉ 
- Um teatro complicado 
- PTO 
- O empenhamento naval 
- Os Fuzileiros deixam a sua marca 
- A operação ‘Tridente’ 
- Operações em 1965 
- 1966 e 1967 - A ascensão do PAIGC 
- 1968 e 1969 - Os anos da mudança 
- Os fuzileiros africanos 
- A caminho da ‘MAR VERDE’ 
- Os últimos anos 

Capítulo IV 
O NIASSA E O OCEANO ÍNDICO 
- O problema dos rebeldes 
- O empenhamento naval 
- Operações no Niassa 
- Operações no oceano Índico 

Capítulo V 
O LESTE DE ANGOLA 
- O problema dos rebeldes 
- Ação e reacção 
- Projecção da força naval 

Capítulo VI 
O PREÇO 


Bibliografia 
Agradecimentos 


Preço: 47,50; 

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