Descolonização - ‘ANGOLA - INDEPENDÊNCIA ENVENENADA’, de Georges Lecoff - Lisboa 1977 - MUITO RARO;

Angola & Descolonização - Guerra colonial, do ultramar e África - As peripécias, os interesses e a manipulação dos movimentos de libertação angolanos por parte das potências estrangeiras (EUA, URSS, China, Cuba, Zaire e RSA)


'ANGOLA - INDEPENDÊNCIA ENVENENADA'
De Georges Lecoff
Prefácio de Major Mariz Fernandes
Edição Flecha
Lisboa, 1977


Livro com 176 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.


Livro dedicado à descolonização e guerra civil em Angola, sendo o autor um jornalista que correu riscos de vida para exercer a sua actividade, relatando os conflitos que opuseram em 1974 e 1975 os guerrilheiros da FNLA, FLEC, MPLA e UNITA, entre eles e depois os respectivos aliados: forças mercenárias, o exército zairense, sul africano e cubano.

Livro muito interessante e recomendado para conhecer todas as facetas do conflito angolano. Ilustrado com algumas interessantes e elucidativas fotografias.


Da contra-capa:
"Mais de 10.000 homens das tropas cubanas, poderosamente armados pela União Soviética, foram combater, a vários milhares de quilómetros dos seus quartéis, para fazer inclinar, para o campo comunista, uma nova nação africana - Angola - fruto da 'descolonização exemplar' portuguesa.
'...os soldados cubanos - como escreve o jornalista Georges Lecoff, neste livro - encarregar-se-ão, em seguida, de fazer a "sua" guerra, com as armas do Kremlim. Portugal, nestas condições, só tem uma solução: retirar-se nos bicos dos pés do lamaçal angolano. Sem cerimónia. Deixando a chave na fechadura: quem puder, que a vá buscar...'
Georges Lecoff assistiu à intervenção da URSS nesta terra africana. Foi um dos raros jornalistas ocidentais tolerados pelas autoridades da República Popular de Angola. Assim, foi-lhe possível avaliar, no local, a importância da intervenção soviética e o significado desta retumbante vitória do bloco comunista, graças à passividade dos Estado Unidos, traumatizados pelo drama vietnamita.
O seu livro é um testemunho, uma sucessão de imagens de uma 'independência envenenada' - a da antiga província ultramarina portuguesa de Angola."


"...como foram ingénuos - escreve o 'DAILY TELEGRAPH' de 04.04.1977 - os dirigentes políticos da Europa e da América que, após a invasão russa de Angola, com tropas cubanas, se convenceram de que este era um caso 'único' e que daí para a frente, a Rússia mostraria comedimento e cooperaria com a América na política de desanuviamento... Por detrás destes cálculos errados está a dificuldade em compreender, primeiro, a natureza global do imperialismo soviético...
Em consequência das hesitações e divisões das potências ocidentais, a Rússia pode agora introduzir-se numa zona onde possui um controlo estratégico total e interesses vitais... Que hipocrisia enjoativa, por parte do Kremlim, esta de armar em libertador - o Kremlim tem 100 milhões de súbitos europeus, meio milhão de prisioneiros políticos e os seus próprios filhos encarcerados em hospitais psiquiátricos e em campos de trabalho no Ártico !"



Do ÍNDICE: 

Capítulo I
- UMA PRENDA ENVENENADA;
Capítulo II
- O ÊXODO DOS BRANCOS;
Capítulo III
- CINCO SÉCULOS DE COLONIZAÇÃO, CATORZE ANOS DE REVOLTA;
Capítulo IV
- A BATALHA DE LUANDA;
Capítulo V
- UMA PARTIDA SEM GLÓRIA;
Capítulo VI
- 11 DE NOVEMBRO, A LIBERDADE;
Capítulo VII
- A FESTA ACABOU;
Capítulo VIII
- A ORDEM NOVA;
Capítulo IX
- A COLUNA 'BRANCA';
Capítulo X
- 'VOLUNTÁRIOS' CUBANOS E ARMAS SOVIÉTICAS;
Capítulo XI
- O DESMORONAR DA FRENTE NACIONAL DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA E DA UNITA;

- 'A LUTA CONTINUA'.


Preço: 62,50€.;