Portugal & PREC - A única biografia deste militar revolucionário, desde os tempos do Estado Novo então liderado por Oliveira Salazar ao período da revolução do 25 de Abril de 1974 a 1975, e o seu exílio, primeiro em Angola e depois em Moçambique e a desilusão com as novas elites dirigentes destes dois países
‘VARELA GOMES - “Que outros triunfem onde nós fomos vencidos” ‘
De António Louçã
Editora Parsifal
Lisboa 2016
Da contracapa:
“(Varela Gomes) foi muito ovacionado, com a assistência em pé. Foi, de todos os oradores, aquele que mais atacou Sua Excelência o presidente do Conselho e todo o Governo.”
Relatório de um agente da PIDE, 4 de Novembro de 1961
“Um líder político emergente na esquerda (...) tinha sido considerado uma das futuras esperanças políticas daqueles que se opunham ao Governo do Dr. Salazar.”
‘New York Times’, 2 de Janeiro de 1962
“O provável veículo para trazer para Portugal o conceito (de Comités de Defesa da Revolução) foi a missão militar de Varela Gomes a Cuba no final de Abril deste ano.”
Frank Carlucci a Henry Kissinger, 9 de Julho de 1975
Da badana:
“Das biografias portuguesas contemporâneas, a mais silenciada na história dos vencedores é, sem dúvida, a de João Varela Gomes. Em Novembro de 1961, foi o primeiro militar no activo a candidatar-se pela oposição democrática. A sua enérgica agitação antifascista tornou-o rapidamente na figura mais popular da campanha eleitoral - por muitos considerado “um novo Humberto Delgado”.
Dois meses depois, assumiu o comando operacional da Revolta de Beja, tendo ficado gravemente ferido. Sobreviveu e, em 1964, enfrentou o Tribunal Plenário com um aguerrido discurso que teve eco na imprensa internacional. Cumpriu a pena, foi libertado e, na sequência do 25 de Abril, reintegrado no Exército como coronel.
Durante a revolução, dirigiu de facto a 5.a Divisão, que teve um papel decisivo para derrotar o golpe de 11 de Março de 1975. No 25 de Novembro, tentou opor-se ao estado de sítio, tendo, por isso, sido alvo de um mandado de captura e apontado no ‘New York Times’ e no ‘Le Monde’ como chefe de uma suposta insurreição.
Depois de ter sido, em 1962, o primeiro a pegar em armas contra a guerra colonial, era, em 1975, o último a depor as armas perante a contra-revolução. Exilou-se e regressou a Portugal em 1979, ao abrigo da Lei da Amnistia. Nas quatro décadas seguintes, manteve uma incansável agitação política, pela palavra falada e escrita.
Varela Gomes: “Que outros triunfem onde nós fomos vencidos” é a biografia de um homem que nunca se rendeu.“
Do ÍNDICE:
Agradecimentos
NOTA PRÉVIA
Primeira Parte
A MILITÂNCIA REVOLUCIONÁRIA
1. NA RESISTÊNCIA ANTIFASCISTA
- Da ‘posição sentada’ à vaga delgadista
- “São colónias e não são nossas”
- Eleições de 1961: “um líder político emergente na esquerda”
- A Revolta de Beja: ponto de não retorno
- Prisão, lugar de exílio
- Prisão, campo de BAT
- Os anos de liberdade vigiada
2. NA REVOLUÇÃO
- Antifascistas históricos no banco dos suplentes
- A Junta faz o primeiro preso político de esquerda
- A ‘Ponte Salazar’ muda de nome
- Melo Antunes muda de campo
- 11 de Março: golpe e contragolpe
- Dialética de manual : o ‘contra-contragolpe’
- A 5.a Divisão como ‘poder paralelo’: mitos e realidades
- A batuta da contra-revolução passa para as mãos de Carlucci
- O espectro da Revolução Cubana desconcerta Carlucci
- O ‘Verão Quente’ dentro das Forças Armadas
- 25 de Novembro: uma revolta sem direcção
3. DEPOIS DA DERROTA
- Nos exílios africanos
- De regresso a Portugal novembrista
Segunda Parte
REFERÊNCIAS POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS
1. A REPÚBLICA
- Vindicação da Primeira República
- Abominação da Segunda República
2. O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
- Revolta de Beja
- 25 de Novembro
- Crítica e autocrítica da esquerda militar
3. A REVISTA VERSUS
- Guerra Civil em Espanha
- Angola e Moçambique
- Crise do ‘socialismo real’
- Uma concepção do processo revolucionário
CONCLUSÃO
ANEXO
Abreviaturas
Fontes e bibliografia
Índice onomástico
Preço: 32,50€;
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