Portugal & Descolonização - A análise e memórias de um dos oficiais superiores do exército português que tendo participado nos acontecimentos do PREC e da retirada das colónias africanas em 1974 e 1975, denunciou as manobras políticas e a conivência entre militares e políticos e com os movimentos de libertação de cariz marxista
‘25 DE ABRIL DE 1974 - A REVOLUÇÃO DE PERFÍDIA’
De General Silva Cardoso
Edição PREFÁCIO
Lisboa 2008
Livro com 234 páginas e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
Da contracapa:
“O autor ao interromper de motu próprio as funções de Alto Comissário em Angola a 2 de Agosto de 1975, à chegada a Lisboa, foi recebido pelo Presidente da República com o qual manteve uma longa conversa que se arrastou por cerca de três horas. À saída, uma multidão de jornalistas surpreendeu-o. Não contava com a sua presença. Fixou-os e numa voz firme e explosiva exclamou:
- Trago ainda nos ouvidos os discursos demagógicos em que sistematicamente tudo se faz pelo povo e para o povo quando, no fim..., é o povo que sofre, e o povo que morre. Isto tudo devido a ambições desmedidas que não conhecem meios e que sacrificam tudo para atingir os seus fins.
Vim expressamente para falar com o Presidente da República, que me confiou aquela que seria talvez a nobre missão de defender a soberania portuguesa naquele território. Missão na qual empenhei todos os esforços, todas as minhas capacidades, missão que me causou grandes desilusões.
Já não acredito nos homens principalmente nos políticos e estou farto da mentira, das falsas promessas e das atitudes de fechada.
Venho cansado da miséria, de ver a miséria, de ver o ódio, de ver o desespero.
Venho cansado do egoísmo, da crueldade e da ambição desmedida.
Estou aqui em Portugal, estou aqui como sempre estive à disposição dos meus superiores hierárquicos para receber ordens, ordens para um militar que sempre fui, para um militar que nunca deixei de ser e que sempre serei.“
O AUTOR:
“O GENERAL SILVA CARDOSO nasceu a 3 de Fevereiro de 1928 na aldeia da Pedreira, no concelho de Tomar. Ingressou na Escola Naval em Setembro de 1947 como opção da carreira das armas na Marinha. Ainda 2. Tenente foi transferido para a aviação naval tendo, com a extinção desta, decidido integrar-se na Força Área Portuguesa.
Em 1961, com o deflagrar da insurreição nos territórios ultramarinos, foi nomeado para uma primeira comissão em Angola onde permaneceu três anos. Em seguida desempenhou as funções de Adido Militar na Alemanha e, no seu regresso, após uma passagem pelo Estado-Maior da Força Aérea, voltou a Angola até Setembro de 1973, donde regressou para frequentar o curso de Altos Comandos no IAEM.
A revolução de 25 de Abril de 1974 levou-o novamente a Angola, onde fez parte da Junta Governativa, ao mesmo tempo que era Comandante da 2.a região aérea. Na sequência do ‘Acordo do Alvor’ foi designado Alto-Comissário para Angola durante o período de transição, onde se manteve até Agosto de 1975.
Em seguida desempenhou ainda funções de âmbito militar destacando-se a de Comandante-Chefe dos Açores, Director do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e, por último, Presidente do Supremo Tribunal Militar.
Reformado em 1991 dá expressão à sua veia artística nos campos da escultura e pintura. Pública em 2000 o livro ‘ANGOLA - ANATOMIA DE UMA TRAGÉDIA’. É possuidor de inúmeros louvores e foi agraciado com cerca de duas dezenas de condecorações nacionais e estrangeiras, entre as quais se destaca uma Cruz de Guerra de Primeira Classe.”
Do ÍNDICE:
Abertura
PREFÁCIO
Por Joaquim Veríssimo Serrão
Nota do Autor
PREÂMBULO
Capítulo I
QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM
- Origens políticas da guerra do Ultramar
- O eclodir do terrorismo
- A URSS concentra-se no elo mais fraco
- A URSS muda de estratégia
- O injusto denegrir da 2.a república
- Spínola entra em cena na Guiné
Capítulo II
A SUBVERSÃO NA RETAGUARDA
- A evolução da guerra era-nos favorável
- As batalhas das armas e do desenvolvimento
- A primavera marcelista e a estratégia de Moscovo
- A preparação o golpe do PCP
Capítulo III
A AMEAÇA À LEALDADE
- A revolução dos cravos
- O tentáculo da Guiné
- Portugal e o futuro
- A Brigada do Reumático
- Um paralelismo histórico
- O 25 de Abril
Capítulo IV
A DESCOLONIZAÇÃO
- Entrega do Ultramar aos marxistas da URSS
- As guerras subversivas
- O protagonismo de Mário Soares
- A entrega da Guiné: ‘Acordo de Argel’
- A entrega de Moçambique - ‘Acordo de Lusaka’
- A entrega de Angola: ‘Acordo do Alvor’
- A entrega de Cabo Verde
- A entrega de S. Tomé e Príncipe
- A entrega de Timor
Capítulo V
PREC - Processo Revolucionário em Curso
- Manicómio em autogestão
- O confronto Soares - Cunhal
- Afinal o Manicómio tinha um gestor
Capítulo VI
OS CULPADOS DA DERROCADA TÊM NOME
- Os nomes da perfídia
- O ‘Imperador’
- O histórico ‘bluff’
Capítulo VII
REFLEXÕES FINAIS
- África, que destino ?
- Ainda as descolonizações
- São tristes as cerimónias fúnebres
Post Scriptum
- Os cravos do costume
- Rosas para a eternidade
Siglas e Acrónimos utilizados na obra
Bibliografia
Preço: 37,50€;
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