África & Descolonização - ‘SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - UM PARAÍSO AINDA SEM RUMO’, de José Simões - Porto 2002 - MUITO RARO;

África & Descolonização - A história de São Tomé e Príncipe e das suas populações, da descoberta pelos navegadores portugueses, o seu povoamento, desenvolvimento e a descolonização e independência em meados de 1975 

‘SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - UM PARAÍSO AINDA SEM RUMO’ 

De José Simões 

Edição do autor 

Porto 2002 

Livro com 210 páginas e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente. 

De muito difícil localização. 

MUITO RARO; 

Da contracapa: 

“Decorridos trinta e tal anos após a descolonização, a população jovem tem mais escolarização mas sente-se desiludida e frustrada: e os mais velhos sentem amargura e desencanto face às expectativas criadas pelas elites e notáveis políticos que lideravam o processo de independência (muitos deles continuam actualmente ligados ao poder). 

A miséria grassa na generalidade da população, mas de uma forma mais acentuada na população do interior, para as quais a natureza é o único sustento mais seguro e certo. 

Trata-se de um paraíso oferecido aos turistas, mas as populações pouco ou nada beneficiam das mais-valias geradas no ‘país do sonho’ vendido pelos operadores turísticos.”

Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 

De António Barros Cardoso 

INTRODUÇÃO 

Capítulo 1 

RETRATO DE SÃO TOMÉ NO MUNDO APÓS AS DESCOBERTAS 

1. O seu lugar na história e na geografia do Atlântico 

2. Os primeiros habitantes e a sua organização social 

Capítulo 2 

ECONOMIA, INSTABILIDADE SOCIAL E POLÍTICA 

1. Os factores económicos e modos de vida até ao século XVIII 

2. As ilhas e a perda da independência portuguesa para os espanhóis em 1580 

3. Uma sociedade que não cuidava do futuro: ostentação e corrupção 

4. Declínio / ascensão económica e social versus fim da escravocracia 

5. Contexto sócio-laboral: um ‘Estado’ dentro de outro Estado 

Capítulo 3 

UM DESEMBARQUE (TURÍSTICO) EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 

1. Em busca do paraíso prometido: ‘DIÁRIO DE CAMPO’, primeiros registos 

2. Um primeiro olhar crítico do observador 

3. Um paradoxo: um ‘oásis’ paradisíaco no equador versus comunidade agriolhada na indignidade humana 

Capítulo 4 

EM BUSCA DE OUTRAS REALIDADES DE S. TOMÉ 

1. As primeiras incursões pelo ‘rural turístico’ 

2. Passagem obrigatória: Roça S. João, entre o turismo e a cultura de S. Tomé 

3. Circuito turístico: observação directa e indirecta 

4. São Tomé profundo: suas realidades sob um olhar sociológico 

5. A ‘timidez’ de um turismo rural sustentado: Roça Bombaim 

6. Novas formas de esclavagismo nas roças no pós-independência 

7. Um paradigma da presença colonial: Roça Vale Flor e a sua vida comunitária 

8. ‘Tropeando’ a costa norte: entre a ‘tortura’ de uma viagem e o deslumbramento 

9. A profundidade da pobreza: um outro lado, o lado da miséria 

Capítulo 5 

A CAPITAL E AS FRONTEIRAS DE UMA SOCIEDADE DUAL 

1. Os espaços dos ‘novos-ricos’ e os espaços dos outros (depauperados) 

2. Reganhar a excelência do cacau e café de São Tomé e a lição do mestre 

3.  Cidade adentro: territórios e interacção entre as pessoas 

4. Um trabalho insano: a sobrevivência das pessoas e seus espaços 

5. A pedagogia do incontornável circuito pelas memórias do colonialismo 

Capítulo 6 

CAMINHAR NA HISTORICIDADE DAS ILHAS PARA MELHOR PERCEBER O PRESENTE 

1. Influências chegadas a São Tomé: matrizes culturais multifacetadas do continente africano versus reprodução social 

2. Como os factores económicos estruturavam a sociedade esclavagista de S. Tomé 

3. O dilema ‘escravo’: conquistar a liberdade / ascensão social no sistema indisciplinado, acomodar-se, fugir, ou ser herói 

4. Profunda imbricação da Igreja católica nas políticas sociais, nos escândalos mundanos e negócios 

5. Uma triangulação quase perfeita: a Igreja, a reprodução social e o esclavagismo até ao 25 de Abril de 1974 

Capítulo 7 

DESCOLONIZAÇÃO: A ‘COMPLEXIDADE’ DE UM PROCESSO COMPLEXO 

1. Contornos, interesses político-económicos e medos inconfessáveis de novos colonialismos 

Capítulo 8 

UMA RECOLHA DIFÍCIL: TOTALITARISMO OU SOCIEDADE PLURAL? 

1. O estertor do socialismo totalitário e a adesão à democracia liberal 

2. O monopartidarismo e a diabolização do ocidente; um PREC à portuguesa? 

3. Cegueira político ideológica: da submissão política à dependência e económica 

4. Reflexão crítica e sua relevância política 

5. Transmutação de uma ideologia. Ventos de mudança? 

6. O ‘take-off’ para o desenvolvimento: primeira etapa, ou uma não-saída?

7. Um estado em crise recorrente: a orfandade do partido único’ e o difícil trilho democrático 

8. Embuste de regime democrático: resquícios totalitários e as mesmas práticas 

9. Promiscuidade do poder (fulanização) na actividade empresarial dos negócios 

Capítulo 9 

ESPAÇO CRÍTICO: O PESO DAS REALIDADES HISTÓRICAS E A SUA REPRODUÇÃO SOCIAL ATÉ À ACTUALIDADE 

MOMENTO CONCLUSIVO 

Bibliografia 

Preço: 35,00€;