‘CAPITÃO DE ABRIL, CAPITÃO DE NOVEMBRO’
De coronel Sousa e Castro
Edição Guerra & Paz
Lisboa 2009
Livro com 424 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro.
Da contracapa:
“(...) é curioso ver como Rodrigo de Sousa Castro Chegou a 1974, como descreve o 16 de Março, o 25 de Abril e o 25 de Novembro, como critica Spínola ou Otelo, como faz sobressair Vasco Lourenço, Melo Antunes e Eanes, como conta a sua experiência de conselheiro da Revolução.“
- Marcelo Rebelo de Sousa
“Mas Costa Gomes, ao assumir singelamente o comando das Forças Armadas, sabia duas coisas: estava a dar à enorme ambição e vaidade pessoal de Spínola, ponto de vista que não se coibiu de comentar connosco, e a guardar para si a verdadeira e única força político-militar credível no momento (as Forças Armadas), esperando que o tempo e a inabilidade política de Spínola fizessem o resto.
O que é fantástico é que Spínola, que andou com uma lente para ver quem é que podia ser primeiro-ministro, encontrou Vasco Gonçalves que pertencia na altura ao Conselho de Estado. Tinham-lhe sugerido o Melo Antunes, mas ele disse que não, que esse era comunista!
Há quem sustente que o nome de Vasco Gonçalves lhe foi sugerido por Costa Gomes.”
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO
Por Marcelo Rebelo de Sousa
Convite que é também uma advertência ao leitor
Dia 25 de Novembro de 1975
Capítulo I
VÉSPERAS
- O massacre no Soba Gango
- Um pai, um filho e as comissões de serviço em Angola e Moçambique
- A minha primeira comissão de serviço
- A visita ao meu tio Aurélio, a caminho do curso de comandos
- Um percurso de Comandos muito pouco ortodoxo
- Entre comissões de serviço, a instrução dos cadetes milicianos
- A segunda comissão e um ‘cabo do rancho’ como comandante
- ‘Nó Górdio’ ?
- A guerrilha chega à Gorongosa
- Kaúlza e Spínola, duas faces da mesma estratégia militar
- Operação ‘Fronteira’
Capítulo II
AS CONSPIRAÇÕES NO TERRENO
- O Movimento dos Capitães
- O PAIGC muda a sorte das armas
- Banazol, um tiro no escuro ?
- A politização do Movimento e o tabu ultramarino
- O Movimento ganha força e estatuto
- Spínola joga ‘PORTUGAL E O FUTURO’
- A Kaúlzada
- Frade Júnior ou cardeal de Kaúlza ?
- Choque e reacção
- O 16 de Março
- O Movimento é curto-circuitado
- Exaltação, rebelião, ilusão e embuste
- Aprendizes de feiticeiro. Simplificar o absurdo
- Quando somos os últimos a saber
- As razões do fracasso
- Otelo, uma antestreia infeliz
- Bons figurantes com fracos argumentos
- Os capitães não são todos iguais
- Do fracasso à redenção
Capítulo III
O 25 DE ABRIL
- A preparação e o plano de batalha
- A participação dos civis
- Um coelho que ‘borrega’
- A missão do engenheiro Silva e Costa
- 25 de Abril de 1974
Capítulo IV
O PERÍODO PÓS-REVOLUCIONÁRIO
- O enviado de Lenine
- Spínola, o direito á autodeterminação dos povos africanos e outras evidências de incapacidade política
- Vasco Gonçalves, um primeiro-ministro improvável
- O escriba de Spínola
- E se Melo Antunes fosse de cavalaria?
- Otelo no COPCON, o segundo pecado mortal
- Para Lisboa, a todo o vapor! A nomeação para o Conselho da Revolução
- 11 de Março de 1975. Quarto pecado mortal
- As facturas da Revolução
- Fantasmas sul-americanos
- Spínola - Melo Antunes. Um match point perverso
- A grande marcha para o Socialismo
- A crua realidade da economia
Capítulo V
O VERÃO QUENTE DE 1975
- O caso do jornal ‘REPÚBLICA’
- RALIS - MRPP, KGB e CIA?
- Rádio Renascença, o profano e o sagrado
- Alfeite e S. Julião da Barra, Assembleia-Comício, Seminário e PAP
- A rebelião dos Nove
- A Assembleia do MFA e a quadratura do círculo
- Otelo e a alternativa do Campo Pequeno
- Obviamente, demiti-me !
- O pronunciamento de Tancos
- Ferro e fogo. Um frustrante apelo á Igreja Católica
- O labirinto de Otelo
- Sexto governo. Uma tomada de posse atribulada
- Ainda Otelo. Uma lua-de-mel com as armas em ‘boas mãos’
- Adensam-se as nuvens, contam-se espingardas
Capítulo VI
O 25 DE NOVEMBRO DE 1975
- Tarefas de um espectador privilegiado
- Jaime Neves: Que herói?
- A figura incontornável de Costa Gomes
- Cai o pano e emerge Ramalho Eanes
- Vasco Lourenço e a vivência de uma ilusão
- Rosa Coutinho, um percurso de poder pessoal e político-militar
- A recomposição do Conselho da Revolução e o dossier PIDE/DGS
- Dois generais e um capitão
- A polémica com a actividade da Comissão de Extinção da PIDE/DGS
- Define-se o rumo da Revolução de Abril
- Angola. Reconhecer tarde e a más horas
- Candidatos de olhos nos olhos
- O desnorte do vice-rei
- Presos políticos: Um denominador incomum
- Os loopings de Morais Silva
- Souto Cruz, almirante em mar encapelado
- Enteados da revolução
- Da legitimidade na confrontação ao iníquo esquecimento da Justiça
- ‘Piedosos’ lamentos
- As injustificáveis justificações
- Do(i)s pesos e d(u)as medidas
- Dores e mágoas no percurso democrático
Pequena reflexão sobre o percurso do país: Valeu a pena!
Da infância e do fascínio das fardas à Academia Militar
Agradecimentos
Bibliografia
Índice onomástico
Preço: 42,50€;
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