quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Descolonização & Ultramar - 'TIMOR - AUTÓPSIA DE UMA TRAGÉDIA', de Luís Filipe F. R. Thomaz - Lisboa 1977 - MUITO RARO;






Descolonização & Ultramar - Uma profunda análise e enquadramento dos protagonistas e dos acontecimentos da trágica descolonização que Portugal levou a efeito em Timor nos anos de 1974 e 75, da autoria de um dos mais experientes e conhecedores do território e das suas populações


'TIMOR - AUTÓPSIA DE UMA TRAGÉDIA'
De Luís Filipe F. R. Thomaz
Edição do autor
Lisboa 1977


Livro com 176 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.


Da contracapa:
"O AUTOR

LUÍS FILIPE THOMAZ nasceu em 30 de Junho de 1942. Fez os estudos secundários no Colégio Militar e os superiores na Faculdade de Letras de Lisboa, onde em 1965 se licenciou em História, com uma tese sobre a expansão portuguesa no sueste asiático, aprovada com distinção. É desde esse ano assistente da Faculdade em que se formou. Em 1969 ofereceu-se para prestar o serviço militar em Timor, que desejava conhecer - e, de facto, pôde percorrer em todos os sentidos. No gozo de licença visitou ainda os países vizinhos - Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia, Macau, Hong-Kong e Filipinas - o que lhe facultou um conhecimento bastante concreto da Ásia de sueste e seus problemas.

Mas foi, sem dúvida, em Timor que a sua experiência foi mais rica. O Tétum - língua veicular de toda a metade portuguesa da ilha - que depressa aprendeu a falar satisfatoriamente, facultou-lhe a possibilidade de um contacto íntimo com as populações que poucos militares puderam ter. A 'perfeita compreensão dos problemas específicos' das populações timorenses e a 'simplicidade e humanidade que emprestou aos seus contactos pessoais' com elas, mereceram-lhe na ocasião dois extensos louvores do comandante militar.

A sua actividade em Timor foi, aliás, multímoda: chefe de redacção do semanário 'A PROVÍNCIA DE TIMOR' editada pelo Comando Militar (em cujas páginas publicou cerca de duas centenas de artigos, na sua maioria sobre problemas do território), foi também professor de grego e de latim no Seminário Diocesano de Dare, repórter cinematográfico dos Serviços Cartográficos do Exército, e, episodicamente da RTP. Durante dois anos presidiu, a pedido dos respectivos sócios, à Mesa da Assembleia Geral da 'Associação Desportiva e Recreativa União' - o clube de Dili onde constava que se não queriam europeus. A verdade era porém outra, como do caso vertente se provou: o que se não aceitava era a mentalidade de certos europeus...

Foi ainda um dos fundadores e autor dos estatutos da 'Fundação Bispo Medeiros', associação do laicado católico da Província criada por iniciativa do respectivo prelado, D. José Joaquim Ribeiro, para promoção social das populações Timorenses.

As relações de amizade é a correspondência assídua que continuou a manter com numerosos Timorenses permitiram-lhe, estando longe, acompanhar de perto todo o 'processo de descolonização' e subsequente tragédia que se abateu sobre aquela terra. Fez parte do grupo de seis personalidades chamadas pelo Presidente Costa Gomes para servirem de medianeiras na libertação dos 23 prisioneiros detidos pela UDT: os contactos que conseguiu estabelecer com o Governo Provisório de Timor prepararam o caminho ao General Morais e Silva - de cuja viagem havia de resultar a libertação dos detidos.

Autor de vários trabalhos históricos e de numerosos estudos sobre Timor, é académico correspondente da Academia Portuguesa de História, vogal do Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, membro correspondente do Centro de Estudos da Marinha; é ainda sócio de outras instituições científicas, como a Sociedade de Geografia de Lisboa, a Hakluyt Society de Londres e a Malaysian Branch da Royal Asiact Society de Kuala Lumpur (Malásia).

Nas eleições de 1975 e nas de 1976 foi candidato a deputado pelo Partido Popular Monárquico, para cujo directório foi recentemente eleito."



Do ÍNDICE:

PREFÁCIO
De Henrique Barrilaro Ruas

TIMOR: AUTÓPSIA DE UMA TRAGÉDIA
INTRODUÇÃO

1 - UM MUNDO SUI GENERIS
- Um pouco de história
- Uma sociedade em equilíbrio estático
- Uma burguesia de escribas
- Duas gerações de letrados

2 - A FORMAÇÃO DOS PARTIDOS
- A 'União Democrática Timorense'
- A FRETILIN nasce de um enxerto
- Da Vicarda à APODETI
- Os outros dois

3 - O PAPEL DA INDONÉSIA
- Timor e a Indonésia
- A Indonésia e Timor
- A Austrália e a China

4 - A CORRIDA PARA O ABISMO
- O caos em três tempos
- Primeiro tempo: apalpando o chão
- Segundo tempo: exportando a revolução
- Terceiro tempo: o descalabro

5 - A CATÁSTROFE
- A profecia
- O golpe
- O contragolpe
- A reviravolta
- Independência por uma semana

6 - SOB UM MANTO DE SILÊNCIO
- A posição da Indonésia
- Na penumbra de Atambua
- A situação em Timor
- Portugal e a ONU
- Um drama ignorado

7 - A CAMINHO DO ENTENDIMENTO?
- Morais e Silva em Timor
- As conveniências de Jacarta
- De anjos a demónios
- A resistência
- David e Golias
- O que Portugal pode ainda dar

8 - QUE FUTURO PODE ESPERAR TIMOR?
- As hipóteses de integração
- A não-integração
- As fórmulas de compromisso

CONCLUSÃO



Preço: 60,00€;

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