quarta-feira, 12 de junho de 2019

Angola - Da descolonização à guerra colonial - 'NA LINHA DOS CONFINS', de Albertino Almeida - Lisboa 1998 - Raro;



Angola - Da descolonização à guerra colonial - A multifacedada actividade política e diplomática deste jurista que chegou a ser assessor diplomático de Agostinho Neto e embaixador de Portugal em Moçambique


'NA LINHA DOS CONFINS'
De Albertino Almeida
Editorial CAMINHO
Lisboa 1998


Livro com 280 páginas e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente.
De muito difícil localização.
Raro


Da contracapa:
" 'ADEUS ATÉ AO MEU REGRESSO', foi assim que também ele dissera em pensamento, e na voz embargada a falar para dentro, ao casario, a perder-se ao longe, de Lisboa tão azul e branca ainda, para lá das lágrimas quando partia.

Mas que Lisboa e que vida lá estariam ainda , mais tarde, amreceber-me depois de eu já não ser o mesmo é ter naufragado mil vezes nas matas do Mucaba e de Songo, nas planuras do 31 de Janeiro e Damba, na serra da Canda, nas margens do Luquiche-N'Zadi, no Camatambo, no Luvolo, Quibocolo e Maquela do Zombo, no Itembe, e no Dondo, e em Luanda, sobretudo em Luanda em frente ao grande mar pachorrento, bonzão, luminoso é amigo, e em tanto, tanto lado por onde passei escondendo a angústia e fechando a morte nos novelos dos medos que nunca mais me deixaram?"



O AUTOR:
"ALBERTINO ALMEIDA nasceu em Marialva em Agosto de 1936. Frequentou a escola primária da sua aldeia e o Liceu Afonso de Albuquerque, na Guarda.

Foi aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra durante os quatro anos seguintes, mas só viria a concluir a licenciatura em Lisboa após a prestação do serviço militar em Mafra, Viseu, Leiria, na guerra em Angola, e finalmente nos Serviços Mecanográficos do Exército.

Foi, durante algum tempo, advogado estagiário em Lisboa, após o que voltou para Angola como Magistrado do Ministério Público. Foi Delegado do Procurador da República nas comarcas do Moxico e de Luanda, e interinamente Inspector dos Serviços Prisionais. Enquanto Delegado em Luanda, esteve em exercício de funções no Tribunal de Menores e simultaneamente no de Execução de Penas, o que lhe permitiu intervir decisivamente na libertação condicional de alguns presos políticos angolanos em cumprimento de penas no Tarrafal (entre outros, Luandino Vieira e António Jacinto, que deste modo viram antecipado o fim do seu longo cativeiro).

Depois, chegou a ser Notário na comarca de Quanza-Norte enquanto aguardava nomeação e colocação como jurista dos Serviços de Finanças de Angola.

Com o 25 de Abril de 1974 seguiu-se um período de intensa intervenção política no PREÇO em Angola. Foi um dos refundadores do MDA de Angola: fez parte da Comissão de Inquérito ao Campo de São Nicolau; foi assessor jurídico do Presidente Agostinho Neto nas conversações de Argel e também nas de Alvor e, depois, Director do Gabinete Jurídico do Primeiro-Ministro do Governo de Transição de Angola, Lopo do Nascimento.

Nomeado a seguir embaixador do Quadro Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, foi colocado em Moçambique como o seu primeiro embaixador, na data da independência deste país irmão. Exonerado do posto em Setembro de 1976, ficou a aguardar novo destino ou colocação junto da Secretaria-Geral do seu Ministério em Lisboa. Foi durante um curto lapso de tempo Director Editorial da África Editora onde, entre outras iniciativas, promoveu a criação da agora já extinta revista 'AFRICA' (de Manuel Ferreira).

É co-autor do livro 'MASSACRES EM LUANDA'. Actualmente continua a ser embaixador do Quadro Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros."





DO ÍNDICE:

PARTE I - A PARÓDIA DA JUSTIÇA
- Antes que anoiteça
- Ronda das cadeias
- O mundo de Menezes Inácio
- No reino do faz-de-conta, a dor a sério, o riso e o resto
- Dois pesos e duas medidas, na balança avariada
- Na roda de alcatruzes os ásperos alvores de Abril
- São Nicolau, feitoria do diabo
- Os feitores do entreposto
- As vítimas e as sombras,
- Os agentes liquidatários
- Transição
- Outros caminhos

PARTE II - OSTRAKON
- A corporação ao ataque
- Justiça de papel
- A paródia continua



Preço: 37,50€;

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