sexta-feira, 17 de maio de 2019

Portugal & PREC - ‘VIVER E MORRER EM NOME DAS FP-25’, de António José Vilela - Lisboa 2005 - RARO;







Portugal & PREC - Toda a história de um processo polémico que marcou o país no pós 25 de Abril de 1974, a que esteve ligado Otelo Saraiva de Carvalho, o ‘cérebro’ daqueles acontecimentos 


‘VIVER E MORRER EM NOME DAS FP-25’ 
De António José Vilela 
Editora Casa das Letras 
Lisboa 2005 


Livro com 356 páginas, ilustrado (com a reprodução de alguns documentos), e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.
 

Da contracapa: 
“ * A tentativa de tomada do poder pelas armas 

* Homicídios, sabotagens e ataques bombistas 

* Dezenas de assaltos a bancos, empresas e repartições de Finanças 

* As pressões governamentais sobre as investigações em redor do processo 

* As ameaças, as discussões e os medos 

* A história de amor vivida entre uma magistrada do Ministério Público e um dos mais importantes réus do processo 

* As fugas das prisões, através de cordas de lençóis, disfarces com botas brancas e celas deixadas abertas 

* Advogados de defesa ‘desaparecidos’ e outros detidos durante um almoço 

* Contínuos a ‘defenderem arguidos’ 

* A morte de um ‘arrependido’ em vésperas do julgamento “ 


Da badana: 
“Escrito como se de uma grande reportagem se tratasse, este livro é o resultado de um longo trabalho de investigação (judicial e policial), que envolveu a consulta de mais de 250 volumes e a realização de um importante conjunto de entrevistas, incluindo o juiz Martinho de Almeida Cruz e a Magistrada Cândida de Almeida (instrutores do processo); António Coutinho, antigo inspector da Judiciária, e Paulo Bernardino, que urdiu o plano para acabar com as FP; ou ainda, o juiz Adelino Salvador, presidente do colectivo que procedeu ao julgamento. 

Trata-se, no caso, de uma autêntica ‘viagem’ ao interior de um processo que, pontuado por ameaças, discussões, medos e situações mais ou menos rocambolescas, se arrastou ao longo de quase 25 anos. O desenlace final aconteceu realmente só em 2004, quando o Tribunal Constitucional deu por extinta a Força de Unidade Popular (FUP). Para trás, ficaram, entretanto, assaltos e mortes, sabotagens e ataques bombistas, pressões e fugas, constituindo um pedaço da história contemporânea portuguesa, aquela em que uma organização terrorista ditou leis, influenciou decisões e marcou, de algum modo, o país.“ 



O AUTOR: 
“ANTÓNIO JOSÉ VILELA (1968)  é licenciado em Comunicação Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa, onde exerce a docência, como assistente convidado, nas cadeiras de Técnicas de Imprensa, Seminário de Investigação e Documentação Jornalística. Está a preparar um trabalho sobre o recrutamento partidário no âmbito do mestrado em Ciências políticas. 

Jornalista desde Setembro de 1992, já trabalhou nos diários ‘Correio da Manhã’, ‘Público on-line’, na revista ‘Tempo’ e nos semanários ‘O Independente’ e ‘Euronoticías’. Colaborador da ‘Notícias Magazine’ e ‘Grande Reportagem’, é, actualmente, redactor da revista ‘Sábado’. 

Ganhou dois prémios de reportagem, o último dos quais - Prémio Orlando Gonçalves (2004) -, com o texto ‘O BISPO MALDITO’, sobre a perseguição da PIDE/DGS ao bispo de Nampula D. Manuel Vieira Pinto.” 



Do ÍNDICE: 

Glossário 

DA INVESTIGAÇÃO A UM TEMPO SOCIAL  

O PROJECTO GLOBAL 
- Objectivos e componentes 
- A rede de subcomponentes 
- A importância da informação 
- A tipificação do modus operandi 

EVOLUÇÃO POLÍTICA - O CASO DA FORÇA DE UNIDADE POPULAR 
- Organização Unitária de Trabalhadores: das presidenciais ao não partido 
- Força de Unidade Popular I - o fracasso de um projecto de unidade 
- Força de Unidade Popular II - a extinção... 20 anos depois 

AS FUGAS CÉLEBRES 
- Daniel Horácio, do hospital para a liberdade 
- Maria Susete, lençóis, salto e fuga 
- Estabelecimento Prisional de Lisboa, portas abertas e arma esquecida 

A DIRECÇÃO CENTRAL DE COMBATE AO BANDITISMO 
- A reestruturação legal, em 1977, da Polícia Judiciária 
- Os alertas dos relatórios anuais 
- A criação da Direcção Central de Combate ao Banditismo 
- A Lei Antiterrorismo 

INSTRUÇÃO, ADVOGADOS & JORNALISTAS 
- As dificuldades da defesa 
- Os jornalistas incómodos 
- Ministério Público ‘ataca’ advogados 

OS ARREPENDIDOS 
- Bilhete de Identidade - primeiro processo 
- Bilhete de Identidade - segundo processo 
- O percurso de Barradas e Figueira 
- Jardim do Carregal: o azar das FP-25 
- Das ameaças às denúncias 
- Barradas acompanha a Polícia Judiciária 
- O arrependimento de Delfim e Benevides 
- O surrealista Macedo Correia 
- Macedo abre a boca 
- O trajecto de Luís Gomes 
- Até à confissão de Guedes Monteiro 
- Mário Lamas, o operário 
- A morte de Barradas 
- A vida dos arrependidos 
- Epílogo 

O ÚLTIMO FÔLEGO DA ORGANIZAÇÃO 
- O assalto dos 108.000 contos 
- O Conclave 
- A via dos engarrafamentos 

OTELO SARAIVA DE CARVALHO 
- Nota prévia 
- Um breve perfil 
- Da detenção a Caxias 
- Interrogatório, a falta de memória 
- Prisão preventiva, recursos e ofertas 
- O julgamento 
- As testemunhas de defesa 
- A condenação 

OS BASTIDORES DO JULGAMENTO DO SÉCULO 
- Quem é quem 
- Arrependidos, advogados e C.a 
- Colectivos, brigas e ameaças 

AS DEAMBULAÇÕES JUDICIAIS DO PROCESSO PRINCIPAL 
- As penas aplicadas 
- Primeira instância, o voto de vencido 
- Da Relação ao Supremo, do Supremo ao... 
- A (não) decisão do Tribunal Constitucional 

O PROCESSO DOS OPERACIONAIS 
- Quem é quem 
- O julgamento esquecido 

O PERCURSO DOS INDULTOS E DAS AMNISTIAS 
- O movimento de solidariedade 
- O relatório de Almeida Santos 
- Amnistia de 91, o falhanço 
- Os indultos de Soares 
- A amnistia de 96, o debate parlamentar 
- O recurso para o Tribunal Constitucional 

AS VÍTIMAS E AS INDEMNIZAÇÕES 
- As contas da Comissão para a Protecção de Vítimas de Crimes Violentos 
- Morte, a primeira 
- Primeiro pedido, quando não se chega ao fim 
- Tiros no banco, reclamação oblige 
- Mafra, palco de vingança 
- Nuno, o bebé agrário 
- Espírito Santo, a vida do bancário 
- Militão, o agente-condutor 
- Feira Internacional de Lisboa, a morte de Souto 
- O azar do construtor civil 
- Da Gilmar à Fábrica de Louça de Sacavém 
- Gaspar Castelo Branco, um caso especial 

O ATRIBULADO PERCURSO DOS CRIMES DE SANGUE 
- Megaprocessos e acusados 
- A condenação dos arrependidos 
- A desistência do Ministério Público 


ANEXOS: 

ENTREVISTAS 
- Martinho de Almeida Cruz 
- António Lourenço Martins 
- Paulo Bernardino 
- Carlos Picoito 
- António Coutinho 
- Cândida de Almeida 
- António Adelino Salvado 
- Romeu Francês 
- Teodosio Jacinto 
- António Rodrigues Maximino 
- Caetano Duarte 

CRONOLOGIA, RÉUS E PENAS 
- Índice cronológico 
- As penas do processo 23/85 
- As penas do processo 779/85 
- Réus do processo 396/91 (crimes de sangue) 

DOCUMENTOS ORIGINAIS 

Referências bibliográficas 


Preço: 47,50; 

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